Acordo com dores insuportáveis, o cheiro estranho me faz acordar, abro os olhos com dificuldade, me sinto presa e sufocada, tento me mexer, não consigo, com muita dificuldade consigo tira o cobertor de cima de mim, mas está tudo escuro, o cheiro me faz ficar tonta, tento levantar e então bato a cabeça em algo e alguém diz algo e eu sinto uma mão me tocando, me afasto e sinto uma pontada no estômago.
-Ei! Calma, calma, eu não vou machucar você! -Era uma voz de mulher.
-O que está acontecendo? -Falei assutada e com muita dor.
-Eu te encontrei em uma rua aqui perto, qual é seu nome? O que aconteceu? -Eu não estava entendendo, então uma pontada no estômago me atinge em cheio e eu bato a cabeça em algo duro e tudo fica turvo, agora minha visão começa a voltar, tomando forma, estava deitada em uma cama, olhei o teto e olhei para o lado vendo uma mulher e um homem me olharem apreensivos, então me dou conta de algo.
-Não sei! Não sei meu nome! -Eu fico desesperada. -O que aconteceu?
-Você não lembra de nada? -Me sento na cama olhando em volta como um animal encurralado.
-Não!
-Vamos chamar a polícia! -A mulher olha para o homem.
-Não! -Ele olha para ela como se não estava entendendo nada.
-Ela é a nossa filha! -E eu me espanto, ela era a minha mãe?
-O que? -O homem por sua fez ficou espantado, ela se levantou e pegou o homem pelo braço e o puxou num canto, eles cochicharam e me olharam por um momento, ele não parecia muito feliz, mais ela disse alguma coisa e ele fez que sim com a cabeça, ela tem o sorriso maior que o rosto.
-Querida, você precisa de um banho! Amanhã vamos nos mudar, e você precisa estar bem descansada! -A olhei.
-Eu não estou entendendo! O que aconteceu? Eu estou muito confusa. -Ela se senta do meu lado e me abraça de lado.
-Você caiu de bicicleta num barranco e eu fiquei muito preocupada com você, quando te achei você estava tão machucada, levei você pro hospital e os médicos cuidaram de você por 4 dias, depois deixaram você ir comigo pra casa, porque vamos nos mudar de casa, vamos para o interior aonde você sempre quis mora! -Minha cabeça não lembrava de nada daquilo, na verdade não lembrava de nada.
-Mais como eu me chamo!? -Ela olha para o homem a sua frente.
-Sofia! -O homem nega com a cabeça e sai do quarto.
-O que ouve?
-O seu pai esta um pouco cansado! -Meu pai? Me pergunto.
-Qual é o seu nome?-Ela me olha com os olhos doces de uma mãe.
-Elena, mais você sempre me chama de mamãe. -Eu não me lembro, não consigo lembrar, ela levanta e me aponta para a cama, eu deito e ela me cobre e me da um beijo na testa. -Boa noite meu amor.
-Mais...Eu não tinha que tomar um banho? -Ela sorri.
-Deixa pra amanhã de manhã. -Ela sai e apaga a luz, fico no escuro tentando me lembra de algo, até eu acabar pegando no sono...
[...]
Acordo as 7 e tomo um banho, vejo hematomas pelo meu corpo, meu estômago ainda dói e minha cabeça ainda tem cortes e sangra de vez enquando, parece que eu fui atropelada por um trem e não que eu tenha caído de bicicleta.
Visto uma roupa um pouco grande de mais pra mim, Elena, quer dizer, minha mãe, disse que eu perdi vários quilos e por isso ficaram um pouco grandes demais, ela disse que vamos compra algumas roupas novas.
As 9 da manhã saimos de casa, meu pai coloca algumas malas no carro.
As 9:20 chegamos a um lugar chamado "Deusas Da Moda" descemos eu e elena, meu pai saiu de carro para outro lugar.
Entramo na loja, eu estava de blusa de manga comprida e calça, elena disse para por um bone e um óculos escuros, pois meu rosto estava inchado.
Uma mulher veio até nós e nos atendeu.
Ela mostrou vestidos coloridos e calças que mais pareciam que um unicórnio vômitou todas as cores possíveis naquilo.
Elena me fazia provar aquilo, e eu odiava, ela ficava feliz e eu triste, andei pela loja e vi a seção que eu gostava ou que eu mais me senti a vontade, peguei duas calças jeans pretas e com rasgos na frente, peguei umas 5 camisetas cinzas e pretas e apenas uma branca, fui no provador e vi que elas me servirão tão bem quando feito sob medida.
Levei as roupas para elena e ela me olha espantada.-O que é isso?
-Vou levar essas! -Ela coloca a mão no peito.
-Mais Você não gosta dessas roupas! -Eu estreito os olhos.
-Talvez eu tenha mudado de gosto! -Ela suspira.
-Okay, vamos fazer um trato, você leva essas roupas mais eu escolho as suas roupas íntimas. -Eu a olhei e fiquei esperando ser piada, mais não era.
-Okay. -Disse e ela foi lá ver calcinhas e sutiãs, andei mais um pouco pela loja, levei mais um moleton e um shorts ambos pretos, elena achou ruim, mais sabia que era o trato, por vez ela escolheu calcinhas de florzinha e frutinhas, disse que era pra mim levar os dois vestidos que eu tinha provado antes, um amarelo e o outro azul celeste.
Ela se deu ao trabalho de compra meias e dois tênis, que de tanto eu insisti levamos dois brancos, e mais um chinelo.
Passamos na farmácia e ela comprou medicamentos e eu escolhi shampu e condicionador.[...]
Eram 4 da tarde quando finalmente chegamos a uma casa Branca de dois andares no meio do campo, era rodeada de árvores e tinha um grande lago atrás, ouvi meu pai (Cujo o nome eu não lembro) falar que teriam peixe a vontade.
Descemos e eu tirei minhas duas novas malas de dentro do carro, elena por sua vez correu para abrir a porta, entramos e a casa era enorme, tinha janelas gigantes e a parede que dava para o lado era toda de vidro, o sol ainda estava no céu e refletia na água do lado fazendo a casa parecer flutuar sobre as águas, os moveis todos brancos e alguns em madeira clara e alguns de vidro.
Elena me chama e eu puxo minhas duas malas escada a cima, ela fica parada na frente de uma porta e quando eu chego ela abre a porta e eu entro, me deparo com um quarto enorme, todo branco e alguns tons claros de rosa, olho para a cama grande a minha frente aos seus pés está um baú de couro, o carpete do chão e branco como leite, e é tão macio que nem precisava de cama, e ali novamente a parede que dava para o lago era toda de vidro, tinha uma estante com prateleiras cheias de livros e revistas, alguns filmes, do outro lado um guarda roupa enorme, e uma porta que dava para o banheiro, olhei em volta bem chocada com a beleza daquele lugar.-É o seu quarto! -Eu a olho sem entender, e então eu explodo de alegria.
[...]
Era 8 da noite, ajudei meus pais a desempacotarem todos os objetos e por eles no lugar, jantamos e depois subi para meu quarto, estava deitada na cama quando meu pai abre a porta e coloca uma caixa no chão.
-O que é isso pai? -Ele junta as sobrancelhas e depois suaviza o rosto.
-Suas coisas! -Ele então sai, hoje mais cedo arranquei todas as etiquetas das roupas e arrumei meu guarda roupa, fui até a caixa e coloquei em cima da cama, era pesada, abri e vi vários objetos dentro dela, mais não reconheci nem um, tirei uma máquina de tirar fotos impressas, um secador de cabelo, fitas coloridas pra por no cabelo e tiaras também, talvez seja quando eu era criança, por mais que eu não saiba que idade eu tenho, sinto que ja passei dos 20.
Depois de tirar várias coisas como ursinhos de pelúcia, amaradores colorido e etc, achei um porta retrato branco com as fotos dos meus pais e um bebê no colo, não dava para ver o rosto, mais suponho que seja eu, mais outro porta retrato, com meus pais e uma garotinha de costas olhando para o mar e o sol se ponto, e por fim a única coisa que me pareceu familiar, o último porta retrato com uma foto minha, somente o rosto, minhas sardas estavam mais evidentes nela, a foto foi a única coisa que eu aparentemente senti como fosse uma lembrança, a imagem era um pouco ruim, mais coloquei do lado da cama como se fosse um lembrete para eu voltar a me lembrar.
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O Primeiro Amor!
Romance[...] Queria poder acreditar que o garotinho que eu antes conheci, não podia fazer aquilo, ele era doce demais, não era possível que ele se tornou azedo em tão pouco tempo! [...]