Um crime quase perfeito

I

— Ahhhhhhh!! — acordo sobressaltado.

— Ei! Calma, assim você me assustou. — Ela sorri enquanto esquenta as mãos na fogueira.

— Me desculpe eu tive um pesadelo. — Coloco a mão em meu coração e sinto que bate rapidamente.

— Serio?! — Ela se vira para mim e começa a caminhar em minha direção. — Me conta como foi? — Ela se senta no chão e abraça os joelhos contra o peito.

— É...estava eu e você correndo  na floresta e eu escorreguei no chão me machucando, então um homem estava com uma faca na mão e ele iria me matar então você apareceu com uma pedra na mão e acertou a cabeça dele...foi ai que percebemos que ele estava morto, foi tão...

— Real?! — Ela fala com um sorriso no rosto.

— Sim. — Ela se levanta e limpa as roupas com as mãos.

— E foi...você desmaiou depois. — Ela sorri. — Foi até divertido não?

— Você é louca?! — me levanto e limpo minhas mãos.

— Eu disse que isso seria uma aventura, não chore...você me trouxe para isso. — Ela pega um mochila perto da fogueira e dela retira uma faca.

— Eu não aceitei participar de um homicídio.

— Agora vai fazer o que? Chorar? Ele esta morto seu idiota, morto. — Ela se vira irritada. — E não terminamos ainda.

—Como assim? Ainda tem mais?

— Sim, precisamos dar um fim no corpo e nas provas, precisamos voltar para a casa, limpar os rastros e nós mudar de país.

— Não estamos em uma série criminal , vamos ser descobertos. — Começo a entrar em pânico. — Devemos entrar em contato com a policia lá eles vão saber o que fazer

— E não estamos em um livro seu idiota não somos os bonzinhos, eles vão colocar a gente na cadeia.

— Era só pra ser uma transa numa casa abandona, como chegamos a esse ponto? — falo andando de um lado para o outro.

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