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— Achei que estava me levando para a diretoria? — falo assim que ele para atrás da quadra.

A nossa quadra da escola é meio abandonada digamos que os alunos''maconheiros'' tomou posse do local, então a diretora decidiu deixar ela aqui e montar outra perto da piscina da escola, então o local ficou completamente abandonado, da onde estamos podemos ver tudo porém não podem nos ver pos o mato alto não deixa e a imensa arvore ajuda um pouco.

— E você quer ir pra diretoria? — ele pergunta tirando o casaco do time de basquete e colocando no pé da arvore.

— Talvez...— Falo olhando para o céu quando volto meus olhos para seu rosto ele está com uma das sobrancelhas arqueadas. — OK confesso eu não queria. — Ele dá risada e dá alguns tapinhas no resto de tecido que sobrou desocupado da blusa.

— Sente-se aqui. — Vou andando em sua direção e jogo a bolsa e me sento apoiando minhas costas no tronco da arvore.

— E então é aqui que você trás as meninas e as mata? — Falo depois de alguns minutos de silêncio.

Ele olha assustado para mim.

— Como você descobriu?!! — Ele tenta segurar o riso.

— Eu assisto muito seriado criminal acho que eu não descobriria?

— Você é tão inteligente. — Agora ele ri.

— Então como as mata?

— Eu as enforco muitas vezes uso esse casaco que está sentada em cima e depois corto em pedaços e as enterro no meio desses matos.

— Então não sou só eu que assisto seriados criminais. — Falo rindo.

— E agora que você sabe será a minha próxima vitima. — Ele fala serio.

— Não seria tão burro de matar uma pessoa que pode te ajudar, seria? — Ele me olha por uns instante.

— É você poderia fazer a parte mais difícil.

— E qual seria?

— Aguentar elas falando. —Quando ele termina de falar caio na risada.

— Que maldoso você é... — Bato meu ombro no dele. — mas me diga a verdade porque me trouxe aqui?

Ele olha para o topo da arvore e olha para mim.

— Eu não sei...venho aqui para pensar e esse foi o primeiro lugar que me surgiu. — Seu olhar azul está fixado em mim e sinto uma eletricidade percorre pelo meu corpo.

— E o que um menino como você vem aqui pensar? — Pergunto mexendo nas alças de minha mochila.

— Ah milhares de coisas...como o que acontecerá quando sairmos da escola? Esse é o nosso último ano e ninguém pensa no que acontecerá quando isto acabar? O que acontecerá daqui a 2 anos ou daqui a 5 minutos?

— Olha não posso te dizer o que acontecerá daqui a 2 anos mais posso dizer que não será coisa boa que acontecerá daqui a 5 minutos. — ele me olha e sorri. — Se a diretora nós pegar aqui coisa boa não vai sair?

— E o que me diz de fugir? — Dou uma risada e ele se levanta. — Vem vamos fugir... — Ele me ajuda a me levantar e pega o casaco pego minha mochila e posiciono nas costas, ele pega minha mão e me leva mais para o fundo da quadra onde se pode ver o muro.

— Vamos pular?

— Gostaria de fazer as honras? — Ele fala pegando minha mochila das costas.

— Eu..eu nunca pulei um muro. — Falo olhando para ele e para o muro diversas vezes.

— Que bom está neste momento histórico. — Ele sorri. — É fácil, está vendo esses buracos coloca seus pés nele quando chegar no fim dá um impulso no corpo e se joga para o outro lado, lá existe outros buracos que ajudará você a descer.

— Ok. — Suspiro. — Só uma pergunta, quantas vezes você já fez isso?

— Seria idiotice contar, agora vai. — Ele me ajuda no começo e quando jogo meu corpo sobre o muro me sento e observo ele lá embaixo.

—Não seria melhor você jogar minha mochila? — Ele olha para cima.

— Você nunca pulou um muro seria capaz de eu jogar a mochila e você se desequilibrar e cair do outro lado.

— Assim você me ofende. — Mostro a língua para ele e termino de descer o muro. — Agora é a sua vez!!

Passa 3 minutos e nada dele aparecer.

— Ei!! É a sua vez!! — 5 minutos e nada dele. — Droga esse filho da puta me enganou....

— Olha a cabeça!! — Escuto quando já estou a ponto de pular o muro novamente

Me afasto do muro e vejo minha mochila voando no ar e caindo a alguns passo de mim pego ela e limpo colocando de volta em minhas costas.

— Acho que eu tinha te enganado e fugido com sua mochila? — Ele aparece no topo do muro se sentando.

— Imagina eu nunca pensaria isso, além do mais sei onde é a sua sala de aula desceria a paulada em você amanhã. — Falo cruzando os braços.

— Você é a agressiva...— Ele pula do muro. — Gostei.. — Ele sorri e limpa as mãos. — Vamos tomar um café senhorita esquentadinha. — Ele pega a minha mão novamente e me deixo levar.

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