III

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Eu e Nick nos conhecemos desde que nascemos, a mãe dele e a minha eram muito amigas então já deve saber o desenrolar da nossa amizade, eu e nick somos como irmãos, sempre juntos, não a nenhum momento da minha vida que não tenha o Nick e o mesmo com ele.

O pai de Nick morreu quando ele tinha 4 anos e o meu bom...o meu me abandonou ainda na barriga da minha mãe, ela nunca me falou nada sobre ele a não ser quando está brava ai nesse quesito eu sou o clone do meu pai.

Eu e Nick tivemos nossa infância em uma cidadezinha de merda, todo mundo conhece todo mundo e ela é meio parada, porém quando eu e nick completamento 15 anos decidimos que deveríamos animar aquele cidade e já viu na bagunça que deu.

Eu sei o que nick sente e ele sabe o que sinto, sabe meus gostos e sabe o que não gosto, sabe o tamanho do meu sapato e até o meu número de telefone ( uma coisa que eu não sei), porém de um tempo para cá Nick anda meio estranho não sei se é porque está se aproximando do dia da morte de seu pai ou se é porque o baile de primavera se aproxima também.

— Nick!! — Chamo ele. — Nick!!! — Balanço os braços na direção dele. — Nick !! — Jogo uma bolinha de papel em sua cabeça, ele me olha e olha para bolinha pega ele e joga em mim e se vira novamente para frente.— Mais que merda!!

— O que disse senhorita Moraes? — A professora de Historia levanta seus olhos para mim, olho para lousa e vejo que fala sobre a segunda guerra mundial.

— Eu disse que merda!! tanta gente morreu por um capricho de Hitler. — Ela me olha seria e volta para a leitura.

Arranco uma folha do meu caderno e escrevo um bilhete.

O que estava acontecendo com você? — Ass: Na

Jogo o papel em sua mesa e faço um gesto para ele abrir ele pega a folha e lê quando acho que vai responder ele rasga a folha.

— Qual é o seu problema?! — Falo me levantando da minha mesa e indo até ele.

— Naomi não estou com cabeça para isso! — ele fala revirando os olhos.

— Senhorita Moraes por favor sente-se!! — A professora fala.

— Eu não vou sentar até ele me dizer qual é o problema dele. — bato meu pé no chão.

— Escuta o que a professora está dizendo.

— Sente-se Naomi!!! — A professora fala zangada.

— Não!! Qual é a merda do seu problema? — Coloco minhas duas mãos em sua mesa e encaro ele.

— Nenhum!! Vai sentar!!!

— Não merda, não vou!!

— Senhorita Moraes, pegue suas coisas e saia da sala imediatamente se não vou chamar a diretora. — Olho para a professora e volto meu olhar para Nick.

— Então vai a merda Dominick. — pego minhas coisas e saio da sala bufando, vou andando pelo corredor. — o que foi que eu fiz? — falo andando pelo corredor vazio. — Será que eu o magoei sem querer?Não, Nick não é de se magoar fácil.

Vou fazendo perguntas para mim e nenhuma delas tem uma resposta, sem olhar por onde ando acabo esbarrando em alguém.

Você vai dizer que é clichê e talvez seja mesmo, mas acabo de esbarra com ninguém mais ninguém menos que Collins.

— Oh me desculpe eu estava distraída. — falo me levantando.

— Imagina eu estava apressado para chegar a minha sala, eu que tenho que pedir desculpa. — Ele fala sorrindo.

E puta sorrindo lindo.

— Está indo para onde? — Ele pergunta enquanto babo nele..

— É...diretoria...eu e meu amigo brigamos na sala.

— Ah é o ruivo? Aquele que está sempre com você. — Concordo com a cabeça. — E cadê ele? — Ele procura Nick.

— É...digamos que só eu que briguei.. — Ele sorri .

— Ah briga de uma só pessoa...é parece ser o seu estilo.

— Ei! Assim você me ofende! — Falo empurrando seu braço de leve.

— Quer que eu te acompanhe até a diretoria? — Ele pergunta.

— Você não estava apressado?

— Isso não importa agora... — Ele pega a minha mão e me puxa em direção contrária da diretoria.

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Um crime quase perfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora