— Aonde você estava?! — Escuto minha mãe perguntando assim que entro na cozinha.
— Na escola? — Jogo a mochila no chão e vou para a geladeira.
— Naomi já são 19:00 é claro que não estava na escola, onde estava? — Reviro os olhos pego a jarra de suco.
— Estava andando pela cidade. — procuro um copo e não encontro.
— Com o Nick?
— Não. — Ela para de cortar a cebola e me encara.
— Se não estava com o nick estava com quem?
— Com um assassino de meninas colegiais. — Falo bebendo o suco na jarra mesmo.
— Naomi... — Ela me repreende e eu dou risada.
— Estava com um amigo. — Falo guardando a jarra.
— Que amigo?
— O que aconteceu para estar tão interessada na minha vida?
Depois que meu pai abandonou minha mãe ela se fechou para o mundo e quando eu nasci se fechou para mim, na maioria das vezes eu via minha mãe passar a o dia inteiro deitada na cama e no resto da noite se embebedando e xingando meu pai, até que em um dia qualquer ela se levantou e decidiu não sofrer mais, criou uma empresa de segurança e colocou todas suas forças e vontade nessa empresa se esquecendo que tinha uma filha, agora que essa filha está quase indo embora de casa ela se preocupa.
Pego minha mochila do chão.
— Você nunca me fala da sua vida, o único amigo que conheço é o Nick e agora você me aparece com um novo amigo é claro que ficarei curiosa.
— Mãe é só um amigo não um matador de criancinhas.
Antes que ela possa falar alguma coisa ouço um barulho vindo do andar de cima.
— Me desculpe acabar com a nossa conversa em família mas parece que já chegou minha hora. — Dou um sorriso amarelo e corro para o andar de cima.
— Manda um beijo para o Nick e chama ele para jantar.
— Pode deixar.
Subo a escada de dois em dois degraus e paro um pouco para descansar.
— Essas escadas me matam.
Vou andando até o final do corredor e vejo a porta cheia de adesivos e frases rebeldes, abro a porta e vejo Dominick deitado na minha cama com um dos meus livros na mão e na outra sua xícara favorita do Batman.
— Minha mãe mandou um beijo. — falo tirando a blusa e jogando na cadeira.
— Onde você estava? — ele pergunta sério.
— Ela também te convidou para jantar. — Chuto meu tênis no canto.
— Você estava aonde? eu perguntei. — Ele tira os olhos do livro.
— Eu te falei sobre a serie maneira que eu encontrei na Netflix?
— Naomi você não me engana na onde você estava?
— Estava com um amigo, pronto falei.
— Você não tem amigos, o único sou eu. — Ele fecha o livro e me encara.
— Olha que novidade agora eu tenho !! — Vou ao meu guarda roupa e procuro outra blusa.
— E quem seria?
— Collins!! — Pego uma blusa com um ET na frente ela é bem grande.— Está vai servi.
— Pera você disse Collins tipo o Collins Madson?!
— É tipo o gostosão da escola.
— O que caralhos você estava fazendo com ele?
— Como eu disse estava andando com um amigo.
— Vocês não são amigo a única coisa que vocês tem em comum são a parte branca dos olhos.
— Descobri que temos mais coisas em comum? — Falo tirando a calça e colocando um shorts.
— E seria?
— Series criminais....
— Uaaau agora vocês podem matar alguém e ninguém descobrirá. — Reviro os olhos.
— Porque nunca fica feliz quando eu faço amigos novos? — me sento na cama.
— Porque você nunca faz amigos novos.... — Fico nervosa e pega sua caneca jogando ela pela janela. — Você está ficando louca era minha caneca favorita.. — Ele se apoia na janela e tenta ver onde a caneca caiu.
— Agora você tem vários pedacinhos dela. — Dou de ombros.
— Você é doente. — Ele começa a pular a janela se pendurando na arvore.
— Eu sei, me disse isso hoje de manhã. — Me ajeito na cama. — Não vai ficar pro jantar? — Falo abrindo um sorriso.
— Vá se ferrar Naomi. — Dou risada e vejo ele descendo pela arvore.
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
DEIXE SEU VOTO
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um crime quase perfeito
Teen Fiction[...] - Se você não estivesse gritando feito uma menininha eu teria pensado melhor. - Eu estava a ponto de morrer, queria o que? [...] A noite perfeita o garoto perfeito nada pode dar errado ou pode? Venha conhecer essa historia cheia de aventuras...