3ª parte - Bambam

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   - Amiga ele tá vindo.
   Sinto meu coração disparar e não sei o que fazer só quero sair correndo dali.
   - Bom dia Amber, bom dia S/N.
   - Bom dia Bambam. (Começamos a izemos juntas, mas a minha voz para no bom)
   - Você tem que falar com ele.
   - Nunca. Se quando ele passa por mim eu quase desmaio, imagina se eu falasse com ele. Eu ia ter um troço, infartar.
   - Não vai nada. Seja confiante mulher! Convida ele pro baile de primavera.
   - É quem disse que eu vou? Quem disse que ele vai dizer sim? Quem te garante que ele já não tem par?
   - Eu sei que ele não tem par, mas a Lola pretende chamar ele hoje.
   - Espero que se divirtam.
   - Ah S/N, eu não acredito que você vai deixar a Lola convidar o seu homem pro baile de primavera.
   - Ele não é meu homem. Ele é o cara mais amado dessa escola inteira, cada alma viva daqui conhece ele. Se ele ainda fosse arrogante dava pra arrumar um defeito, mas ele é muito simpático e tão carinhoso com as pessoas. (Digo mexendo no meu cabelo e suspiro no final)
   - Você é muito apaixonada. Devia chamar ele.
   - Eu não sei como.
   - Descubra até o fim do dia antes que a Lola entre em ação. (Minha amiga diz entrando na sala de aula dela)
   - Arrumar um jeito de chamar o Bambam pro baile de primavera, anotado.
   No meio da aula preciso sair para ir ao banheiro, ao sair escuto barulho de choro e uma ligação. Vou me guiando pelo barulho até que encontro Bambam sentado na escada que dá para o terraço.
   - Bambam? (Falo rápido e ele vira para mim com os olhos vermelhos)
   - S/N? O que faz aqui?
   - Escutei um barulho e vim ver quem era... o que houve?
   - Nada demais, é só que... minha avó foi para o hospital pela terceira vez no mês. Tenho muito medo que alguma coisa aconteça com ela, principalmente que ela morra.
   Me sento do seu lado devagar.
   - O que ela tem?
   - Alguma coisa no pulmão, não lembro o nome direito.
   - Não tenha medo.
   - Como não?
   - É difícil, eu sei. Mas quando você não tem medo você entende melhor as coisas.
   - Como assim?
   - Ter medo da morte é uma das piores coisas. É ruim imaginar que uma pessoa que você ama não vai mais estar perto de você, mas é o ciclo da vida. Acontece com todo mundo. Pensa que ela já cumpriu a missão dela aqui. Ela é carinhosa?
   - Sim, muito.
   - Ela ensinou alguma coisa pra você?
   - Praticamente tudo que eu sei.
   - Ela te deixou uma marca, te cativou. Você não vai mais esquecer ela, por nada. Você a ama?
   - Demais.
   - Ela te ama?
   - Demais.
   - Isso não vai mudar. Nunca. Mesmo que você a perca, não vai ser realmente uma perda. Ela vai estar viva para sempre bem aqui. (Aponto para o lado do peito onde se encontra o coração)
   - Vou tentar. Como fez pra pensar assim?
   - Já passei por muitas perdas. Até que eu percebi que o meu medo só me deixava pior, então não tenho mais medo da morte. A encaro apenas como "a parte que o corpo se vai".
   - Entendi. Obrigado por ficar aqui.
   - É sempre bom ficar com você. Quer ir lavar o rosto?
   - Vou.
   Ele vai ao banheiro e volta com o olho ainda inchado, mas parece melhor.
   - Está mais calmo?
   - Sim, obrigado. Por tudo mesmo.
   - Não foi nada. (Andamos devagar em direção a sua sala de aula)
   - Então... você vai com alguém ao baile de primavera?
   - Não. (Digo nervosa)
   - Hm... o que acha de ir comigo?
   - Acho ótimo.
   - Ótimo então. Até o fim da aula. (Ela da um sorriso meio fraco)
   - Até o fim da aula. (Assinto com a cabeça e sorrio de volta)
  

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