Donna agradeceu mentalmente por não precisar lidar com os pais que iriam adotar Piper, felizmente a assistente social tomou conta disso.
Quando Harvey soube que Donna iria ficar com a criança, ligou para Lily pedindo que a mãe providenciasse um mini cacto e entregasse na casa de Donna no dia em que ela recebesse alta do hospital. Lily estranhou a escolha do filho, mas entendeu não questionou.
Ao chegar do hospital com a filha no colo, Donna viu a planta no móvel da sala e pediu para que sua mãe a segurasse para ler o bilhete.
"Flores são muito clichê e requerem mais atenção.
Como você vai estar muito ocupada cuidando da sua pequena, achei mais fácil te dar algo que não seja too needy.
Espero poder visitá-las logo, I miss you, Don.
– Harvey."Donna riu com aquele bilhete. É claro que Harvey a daria algo diferente, típico dele.
As primeiras noites com Piper tinham sido um pesadelo para Donna. Ela não entendia o porquê a criança chorava sem parar, parecia que nada que fizesse era capaz de melhorar a situação.
Piper só pegava no sono quando Donna a deitava de bruços em cima de seu peito. Passavam praticamente todas as noites assim, mas Donna sentia medo de acabar deixando a filha cair, então mal descansava.
Maggie insistia em tentar ajudá-la, mas Donna não queria depender dos seus pais e preferia fazer tudo sozinha mesmo que errasse algumas vezes ou se atrapalhasse. Aos poucos foi pegando o jeito.
•••
— Hey! — Donna abriu a porta com um sorriso enorme e logo depois franziu a testa em confusão ao ver a quantidade de sacola que Harvey trazia consigo. — O que é tudo isso?
— Comprei algumas coisas para você e Piper. — Ele sorriu.
— "Algumas"? — Donna arqueou uma sobrancelha.
— Eu não sabia ao certo o que comprar, I mean, o que se dá para um bebê de dois meses? — Harvey justificou dando de ombros.
— Não precisava se incomodar com isso, Harvey. — Donna sorriu e abriu espaço para que ele entrasse.
— Acha mesmo que eu visitaria a pequena Piper pela primeira vez sem trazer nada para ela? — Harvey perguntou e colocou as sacolas no sofá e apontou para o pequeno cacto na mesa de centro. — Wow, it's still alive.
— Did you think I'd let it die?
— No, but I thought you might give it away. — Harvey deu de ombros.
— Well, I'm more sentimental than you think. — Donna deu um pequeno sorriso. — Eu adorei.
Um silêncio pairou entre eles.
— Então... — Harvey colocou a mão nos bolsos da calça. — Sinto muito não ter vindo antes, by the way. Parece que os professores daquela faculdade fazem alguma competição para ver quem mata os alunos de exaustão primeiro. — Donna riu.
— Don't worry about that. E veja pelo lado bom, pelo menos você está na faculdade. — Donna suspirou e sacudiu a cabeça. — Vem, vamos lá em cima pra você conhecê-la.
Donna o levou para seu quarto, que agora tinha um pequeno berço ao lado da cama, e sentou na beira da mesma com os braços apoiados na grade do berço. Observava a reação de Harvey ao ver a menina dormindo.
— Wow, she's so beautiful. — Harvey sussurrou e sorriu olhando para Donna, que retribuiu. — E tão pequenininha. — Ele passou a pontinha do dedo no bracinho da menina.
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