Break Point

819 32 351
                                    

— Oh Mark, posso te perguntar uma coisa? — Piper perguntou enquanto saltitava ao lado dele na rua.

— Você acabou de perguntar. — Mark brincou e ela revirou os olhos.

— Nãããão, outra coisa!

— Claro que pode. — Ele riu e ela parou de saltitar, olhando para ele séria.

— Cê tá triste porque você e a mamãe num vão mais casar?

Aquilo pegou Mark de surpresa e ele pensou um pouco antes de responder.

Well, terminar algo com alguém é sempre triste, mesmo que tudo acabe bem. Mas sua mãe tá feliz com o Harvey, né? Então podemos ficar felizes por ela. A pior parte para mim é não te ver mais todos os dias. Eu sinto sua falta, pequena.

— Eu também sinto... Mas a gente pode continuar se vendo, né? Como a gente tá fazendo agora.

— About that... — Piper olhou para ele quando notou seu tom de voz mudando. — Eu adoraria. — Ele deu um suspiro. — Mas acontece que eu vou me mudar... Para Chicago.

— O que?! Por quê? — Piper perguntou tristinha.

— Eu vivia indo pra lá por causa do meu trabalho né? — Ela assentiu. — Agora que eu não estou mais com a sua mãe, eu vou morar lá para não precisar viajar toda hora.

— Mas eu num quero que cê vá. — Piper cruzou os bracinhos e fez um biquinho, olhando para baixo.

— Oh, meu amor, não fica assim. — Mark parou e agachou para ficar na altura dela. — Eu vou sentir sua falta! Mas agora que você está com seu pai de verdade, eu duvido que vá sentir a minha.

Meu o que?! — Piper piscou algumas vezes, confusa.

— O seu pai... — Mark começou a dizer, mas estudou a confusão no rosto da menina. — Ops, eu não deveria... Deixa pra lá.

— Mark, cê sabe quem é meu papai? — Piper perguntou com os olhinhos cheios de expectativa.

Look, Piper, eu não devia ter me metido nesse assunto... Achei que você já soubesse... — Mark disse nervoso. — God, Donna's going to kill me.

— Me fala quem é! — A menina pediu aflita, com lágrimas começando a se formar nos olhos. — Por favor, Mark! Cê sabe o quanto eu quero saber dele...

— Piper... — Mark passou a mão no cabelo e suspirou, derrotado. — É melhor você conversar com a sua mãe sobre isso... It's not my place to say.

•••

— PIPEEEER! — Donna a gritou assim que chegou em casa do trabalho com Harvey, após dispensar a babá. Ela tirou seu casaco e a deixou a bolsa de lado enquanto Harvey tirava seu terno.

— Eu não sei se consigo fazer isso... — Harvey estava tão nervoso que se embolou para desfazer o nó da gravata. — Parece muito mais fácil na teoria, Don.  

Shh, calm down. — Ela disse se aproximando de Harvey antes de lhe dar um selinho. Ele relaxou um pouco e Donna passou a cuidar da gravata dele. — Vai dar tudo certo, você vai ver. We can do this. — Harvey assentiu e Donna deixou a gravata dele junto com seu terno enquanto gritava por Piper mais uma vez.

— O que aconteceu com a ideia de esperar ela se acostumar com o fato de estarmos juntos para contar? Eu gosto dessa ideia. Eu amo essa ideia!

— Harvey, she's fine, really. — Donna disse em uma voz calma e segurou as mãos dele. — Hoje de manhã Piper me perguntou se você ia se mudar para cá e quando eu disse que provavelmente sim, ela levou isso muito bem.

Love, Donna. Onde histórias criam vida. Descubra agora