Afire Love - Mabill

The Statue

capítulo reescrito

Mabel acordou ansiosa dessa vez para variar. Eram sete horas da manhã quando o alarme tocou ao lado de sua cama e ela levantou empolgada. Agora que sabia como a espada funcionava, sentia que seria mais fácil de achar o que estava procurando, e o fato de que era uma espada mágica que só respondia a ela, fazia-a acreditar que era especial de algum modo, o que dava ainda mais ânimo.

— Acorda, princesa — Mabel subiu na cama do irmão e começou a pular no pé do colchão — Hora de caçar!

— Que ânimo todo é esse? — perguntou o garoto sonolento em meio a um bocejo enquanto se espreguiçava na cama e sua irmã parava de pular.

Era estranho vê-la tão empolgada para caçar, uma vez que na maioria do tempo ela tinha que ir arrastada para floresta. Claro que ela sempre acabava se empolgando com isso – como acontece sempre –, mas convence-la de dar o primeiro passo nem sempre era fácil.

— Porque eu sinto que hoje é o dia! — ela transformou a pulseira em espada e pulou para o chão — A gente tem tudo o que precisamos para encontrar a coisa. É hoje, Dipper, eu estou sentindo!

Ele se levantou da cama, um pouco contagiado com a animação da irmã, e foi para o banheiro se trocar enquanto Mabel fazia o mesmo no quarto, descendo para o café logo em seguida.

Pelo menos dessa vez, Mabel notou, Stan e Ford não estavam cochichando em segredo.

Infelizmente, a manhã não foi tão produtiva quanto Mabel imaginava. Segundo o mapa, os pontos de acumulo de magia negra estavam muito perto um do outro e muito perto de onde estavam, e a não ser que quisessem entrar em encrenca feia, não podiam fazer muito por ali, portanto, acabaram passando a manhã ajudando a lojinha da cabana a vender coisas inúteis para turistas.

Durante a tarde, porém, as coisas correram um pouco mais... interessantes. Soos decidiu ficar um pouco na cabana, já que, teoricamente, era sua, então Stan dispensou Wendy, que pôde ir com eles para a floresta, dizendo que já não aguentava a monotonia da cidade.

— Sei lá, acho que depois que eu comecei a faculdade, fiquei acostumada a ter muita coisa para fazer — Wendy deu de ombros enquanto entravam na floresta — Depois de duas semanas de férias, eu já fico cansada de não fazer nada. E eu senti saudade de vocês me metendo em encrenca o tempo todo.

Enquanto os dois conversavam, um tanto distraídos, Mabel olhava seu entorno, com Aquamarine em sua forma de espada, brilhando cada vez mais.

— Ah, qual é — Dipper riu — Não foram tantas vezes assim!

A garota mais nova olhou por cima do ombro do irmão, encarando o mapa que ele segurava. Segundo o que ele indicava, estavam longe das maiores zonas de perigo, mas Aquamarine começava a emitir um brilho forte demais, Mabel podia até escutar um pequeno zumbido vindo da arma.

— Está falando sério?! Eu poderia citar umas dez!

Ela olhou para o lado leste, que era onde Aquamarine brilhava mais. Parecia que a espada queria que a garota seguisse por esse lado. Ao checar o mapa, podia ver um aviso bem a sua frente. Era um pequeno X vermelho. Eles haviam marcado aquela área como proibida.

— Ah é? Fala uma então?

— Sério? A loja de conveniência!

Se era uma área proibida e sua espada brilhava tanto quando apontada naquela direção, afirmando que estava infestada de magia negra, então por que Mabel sentia como se Aquamarine estivesse a puxando naquela direção?

— O quê? Aqueles fantasmas? — disse Dipper, avoado à curiosidade da irmã — Aquilo não foi nada.

— Nada?! A gente quase morreu!