Lago Atemporal - Pt. 2

338 30 4
                                    

— Isso que você acabou de falar não faz o menor sentido. A milhões de anos atrás o mundo-

— Não era nada do que você aprendeu na escola. — ele a interrompeu. — Há milhões de anos já existiam humanos exatamente como a gente, se evolução nenhuma. Onde você acha que o anime Naruto se passa? Na Terra, na época que todo mundo tinha magia. E uns milhares de anos depois se passa Avatar (o desenho, n os cara azul), onde nem todo mundo tem, mas todo mundo sabe que existe. Essas anomalias como o Lago Atemporal foram sendo extintas junto com a magia. Agora existe alguns poucos e quase ninguém das 7 bilhões de pessoas que vivem nesse mundo sabe sobre isso. Mas nessa época que a magia era comum, as pessoas costumavam usar Lagos Atemporais pra treinar qndo tinham pouco tempo pra se preparar pra uma batalha.

— Isso é doidera. Ontem eu descobri que Percy Jackson e Harry Potter são reais e hoje você tá falando que tudo que eu aprendi na escola é mentira, fora que Naruto e Avatar também são reais?

— Você quer ficar pensando nisso ou quer entrar no lago?

Ela deu de ombros e o seguiu em direção do lago de céu.

Mabel foi até a borda do lago, fez uma concha com a mão e pegou um pedaço do céu. Parecia mesmo água. Tinha a mesma densidade, e quando deixou aquilo escorrer pelas suas mãos, elas estavam molhadas. A única diferença entre água e aquele líquido era a cor. Sua mão tinha ficado com algumas gotas negras.

A garota entrou de vagar no lago morno. Ela sentia suas roupas molharem conforme ia mais fundo. Mabel finalmente mergulhou, mas algo chamou muito a sua atenção: ela não se sentia mais molhada. Ela podia se mexer como se estivesse fora d'água e quando tocou sua roupa, estava seca.

— Você pode respirar aqui também. — falou Bill. Sua voz não estava sendo abafada como normalmente acontece quando se está dentro de um lago.

Com cautela, Mabel parou de prender o ar e voltou a respirar. Ela trocou algumas palavras com ele sobre como aquilo não fazia o menor sentido e ele acabou dizendo que nada naquela cidade não fazia o menor sentido mesmo. Depois começaram a "nadar" sem rumo.

A sensação era realmente muito parecida com nadar em uma piscina. Seu longo cabelo estava espalhado em volta de sua cabeça e suas roupas estavam mais leves. Para se locomover era do mesmo jeito que nadar.

Os dois começaram a "voar" um atrás do outro, brincando e rindo. Quando se cansaram, voltaram para a superfície e quando o fizeram se sentiram molhados de novo. O cabelo de Mabel estava encharcado e puxado para trás, como o de Bill. Seus rostos também estavam molhados e eles sentiam as gotas de céu negras escorrendo pelos rostos e pingando dos cílios.

Enquanto a garota se indagava sobre como aquilo era incrível ao mesmo tempo que impossível, Bill a admirava. Ele sempre a achou bonita, mas naquela situação em especial, ela parecia uma deusa. Afrodite, para ser mais específico. A deusa da beleza. Seu cabelo castanho claro estava mais escuro por causa da água celeste negra. Seu rosto tinha algumas gotas também, mas o que mais o deixava intrigado era como ela parecia o próprio céu. As gotas que estavam em seu rosto e em seu cabelo não eram só aparte escura de um céu noturno, possuía também os pequenos pontos prateados. Ela tinha estrelas em seu próprio rosto.

— Que foi? — ela o perguntou, puxando-o de seu devaneio, quando percebeu que ele a encarava por muito tempo.

— Nada. É só que-

Bill não pôde terminar a frase pois foi interrompido por um ser das profundezas conhecido como Algini. Esses seres se camuflam com as algas por serem muito parecidos com elas. Eles costumam aparecer somente de noite no fundo do oceano. Eles tem a habilidade de esticar seus tentáculos de alga e agarrar qualquer coisa com uma força absurda. Uma coisa que Bill não sabia sobre Alginis era que eles podiam aparecer no céu de mar de uma clareira de um Lago Atemporal.

— Star, cuidado! — Bill a empurrou para baixo, afundando-a no lago de céu e se colocando no lugar dela quando viu as algas investindo contra eles, tentando capturá-los.

— Bill! — Mabel gritou seu nome quando voltou para a superfície e o viu sendo levado pro três algas gigantes.

Ele se acendeu em fogo, queimando os três tentáculos do Algini, mas logo, outros apareceram e começaram a lutar com ele, mas Bill não deixava nenhum sequer encostar nele. Ele sempre os queimava antes que pudessem.

Mas ele praguejou quando viu que um Algini tinha passado por ele sem perceber e agarrou Mabel, levando-a para o céu de mar.

A sensação de entrar lá era o oposto do lago de céu. Ela queria ter a oportunidade de aproveitar o momento, mas aquilo seria impossível considerando a situação que ela se encontrava.

Antes que pudesse entrar por completo, o mar de ponta cabeça causava a sensação de uma nuvem. Não a deixava molhada, mas sim úmida. Mas quando adentrou totalmente, se sentia num mar de verdade. Estava molhada e com certeza não podia respirar.

A garota tentou se debater e se soltar do monstro, mas ele era forte demais e quanto mais ela se esforçava para sair dali, mais apertada e sem ar ela se sentia. O tentáculo do menstro começou a envolver mais do que só a cintura, pegando o braço e juntando ao corpo, impedindo que ela pudesse se movimentar.

A última coisa que viu antes de desmaiar pela falta de ar que o Algini a causava foi Bill nadando com dificuldade para salvá-la e queimando alguns Alginis no caminho.

Quando acordou, estava de volta na floresta, com Bill ajoelhado ao seu lado deixando a mão sobre seu peito. Uma luz azul estava sendo emitida delas.

— Você acordou. Que bom. — ele recolheu as mãos e a ajudou a se sentar. — Está sentindo alguma dor?

— Um pouco nas costelas. — ela tocou o lugar onde o Algini a apertou mais forte. A garota levantou a blusa e viu hematomas no seu tronco. — Não conta pro Dipper.

— Claro. — ele a deitou na grama de novo e voltou a colocar as mãos pouco a cima do seu corpo, fazendo-as brilhar em azul de novo.

Lentamente, Mabel sentiu um pouco menos de dor. Ela sentia uma corrente refrescante percorrendo seu tronco, passando de vagar pelos lugares com os hematomas, deixando a garota mais confortável a cada segundo.

— O que você tá fazendo?

— É uma magia de cura. Eu não sou especialista nisso, mas sei o básico. — ele respondeu. Percebendo que a garota fez uma cara de desconforto, ele perguntou: — Tá incomodando?

— Não, é só... Eu não sei. Eu sinto que tem alguma coisa errada. Como seu eu tivesse perdido alguma coisa importante. — ela se levantou rapidamente e checou os bolsos da roupa molhada com medo de ter perdido o celular. Seu coração acelerou quando não sentiu nada.

— Procurando isso? — Bill tirou o celular do seu bolso e ela pegou agradecida. — Ele ainda funciona, se é isso que quer saber.

Ela olhou para o horário. Eram 11:28. Só tinham se passado dois minutos desde que ela olhou o celular da última vez, mesmo que parecia ter passado uma hora. Aquilo significava que ela ficou esses dois minutos desmaiada.

— Eu ainda sinto que tem alguma coisa errada... — ela não se sentia mais tão bem quanto costumava, não se sentia mais tão leve quando se recordava. Era como se ela tivesse sido... envenenada.

Vcs devem ter percebido que eu brisei bastante escrevendo esse capítulo. N sei da onde essa ideia surgiu, só sei que eu gostaria de ir pra um Lago Atemporal e nadar no mar de céu.
Enfim, oq vcs acham q aconteceu com a Mabel? Ela foi msm envenenada ou perdeu alguma coisa. Se ela perdeu msm, oq será q foi?
Tudo isso vcs vão descobrir no próximo capítulo.
Lov u ♥️
Beixoss

Afire Love - MabillOnde histórias criam vida. Descubra agora