Capítulo VII - I see your frown

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O dia amanheceu mais uma vez nublado em Londres. Acordei e percebi que Matt não estava em sua cama.

"Matt?"

"Tô no banheiro, Ce." Sorri ao ouvir o novo apelido.

Os minutos se passam, mas o baterista não saía do banho. Ele cantava algumas músicas que eu nunca tinha ouvido antes e fazia sons de batuque na parede e no box. "Maaatt? Matt, eu quero tomar banho, sai daí."

O chuveiro foi desligado enquanto soltava uma risada. "Eu nem demorei tanto assim, você que é apressada." Defendeu-se. Matthew jogou em meu rosto a toalha azul que segurava.

"Ugh, leva essa toalha daqui, haha." Eu ri e peguei algumas roupas e segui em direção ao banheiro ainda vaporoso.

Como estava frio, coloquei uma calça jeans escura, bota de cano alto e uma blusa de manga comprida, cinza. Assim que saí do banheiro, vi-o esperando.

"O que foi?"

"Alex quer saber se você não quer ver o ensaio da banda hoje."

"Eu posso levar minha câmera? Por favor." Estiquei a última palavra, olhando-o com olhos de cachorrinho.

"Sim, não precisa de drama, boba."

Peguei o objeto, e ele passou o braço sobre meu ombro, me levando à frente do hotel. Lá, uma van da banda nos esperava.

Fomos os últimos a chegar e todos nos olharam de forma estranha. Alex passou a mão por seu maxilar, tentando entender o que estava acontecendo.

"Algum problema?" Matt perguntou.

"Nenhum. Está na hora, galera. Entrem na van." Félix tentou amenizar o palpável clima tenso e confuso.

O ensaio foi incrível. Eu amei cada música que eles tocaram. Minhas favoritas eram as em estilo rock de garagem, quase punk, como Cigarette Smoker Fiona.

Algumas fotos ficaram tremidas graças a minha inquietude enquanto dançava, mas outras ficaram lindas. O único detalhe que me incomodou foi o cenho franzido de Alex o tempo todo.

"Certo, pessoal, chega por hoje. Vamos descansar. Cereja, se importa de buscar uma garrafa de whisky pra gente na sala ao lado? O Frigobar tá vazio." O assessor proferiu, chateado.

"Acha que ela consegue alcançar na prateleira?"

"Não sou tão baixa, Jamie." Retruquei e ele levantou suas mãos em forma de desculpas, rindo logo em seguida.

POV Alex

Cereja tem se aproximado muito dos outros. Ela ainda não falou comigo hoje, infelizmente. Passei o ensaio completamente pensativo, e a visão dela com Matt não saía da minha cabeça.

O que estava acontecendo comigo?

Precisava fumar. "Vou acender um cigarro, guardem whisky pra mim."

Encontrei um lugar que ela não iria me ver ao retornar, e acendi meu isqueiro dourado...

POV Cereja

Sobre não ser tão baixa? Retiro o que disse... A garrafa estava bem no alto e eu demorei séculos para conseguir pegar e voltar para a sala onde os meninos estavam.

"Voltei trazendo a preciosa bebida de vocês. Desculpa a demora."

Cadê o Alex?

Nick apareceu com copos e servia todo mundo: "Tava em um lugar alto né, você demorou muito..."

"Vocês viram como ela não é tão baixa pessoal?" Matt provocou.

Nesse momento, escutamos uma batida forte vinda do final do corredor. Sem pensar direito, com um sentimento ruim, corri pra ver o que havia acontecido.

"Oh meu Deus, sua mão... Por que você fez isso?" Não dava pra saber ao certo o que estava mais destruído: a parede ou mão de Alex.

Além das Fotografias - Alex Turner [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora