79-Reencontro

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Pov's Camélia

Empurrei a porta do salão e dei passagem para Ária entrar, antes de fechá-la.

- Camélia! - sorriu mamãe aliviada se aproximando e me abraçando. - Graças à Thor você chegou. Fiquei preocupada.

Ela se afastou e se assustou ao ver a asa de Ária.

- O que houve com ela? - questionou.

- O vento nos fez bater em uma casa. - respondi. - Parece que iremos ficar mais uns dias em Berk, até Ária melhorar.

- Pode ficar o tempo que quiser. - afirmou. - Deixa que eu cuido de Ária, agora vá lá com nossa família. Seu tio está pra enfartar.

Assenti, dando um beijo na sua bochecha e me aproximei da mesa onde estava minha família. Rose e Tio Soluço pareciam discutir.

- Eu sou maior de idade e nem moro mais com vocês! Eu tomo minhas próprias decisões! - relatou minha prima irritada e num tom firme.

- Mas é minha filha! Deve explicações a mim! - afirmou Tio Soluço revoltado.

- Não preciso da sua bênção. Quem está namorando Vincent sou eu! - rebateu Rose cruzando os braços.

- Não precisa da bênção de ninguém na verdade, já que resolveu manter isso em segredo. - ironizei, atraindo a atenção de todos.

- Camélia... eu... - disse ela nervosa.

- Poupe-me de suas explicações, eu não quero saber. - a cortei aborrecida. - Cuidado Rose, do jeito que você é rebelde, é até capaz de quebrar a lei berkiana.

Ela arregalou os olhos chocada.

- Camélia! - Jade se espantou.

- Ui! Botando as garrinhas de fora! - brincou Sophie.

- Eu posso até ser um amor de pessoa, mas traia minha confiança e me verão ficar pior que mamãe. - alertei séria. - Aproveite seu namoro com Vincent, Rose. Vamos ficar mais uns dias aqui.

Virei-me e então comecei a me afastar.

(...)

De madrugada...

- SONHO ON -

Eu estava de quatro em um chão cheio de pedras, toda machucada e com vários cortes em meu corpo.

Com lágrimas escorrendo pelo meu rosto, observei várias pessoas mortas ao redor, inclusive meus familiares.

Ouvi uma gargalhada, o que me fez erguer o olhar assustada.

Lá estava Drago, de braços abertos, rindo divertido e vitorioso. Atrás dele, uma silhueta de dragão, que abriu suas asas enormes, rugindo.

Foi então que Drago me encarou, com seus olhos negros.

- SONHO OFF -

- NÃO! MÃE! STOICO! PAI! - gritei desesperada.

- Camélia! Camélia, acorda!

Abri os olhos assustada, respirando ofegante e dando de cara com meus pais aflitos.

- Filha, o que você sonhou? - indagou meu pai preocupado.

As lágrimas escorreram pelo meu rosto. Por que agora?

- Drago... - sussurrei fazendo-os arregalar os olhos. - Eu sonhei com o Drago.

(...)

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