18-Ignorado

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Pov's Stoico

Quase não consegui dormir de tão pensativo e arrependido pelo que havia dito à minha mãe depois que soube da sua história.

Ela mandou construir os muros com medo que Drago nos fizesse mal. Eu sou um idiota!

Suspirei me levantando da cama.

Andei até a parede me encarando no espelho.

Eu sempre dormia somente com uma calça, sem camisa. Era bastante frio em Berk de noite, mas como nossos lençóis de cama eram feitos de peles de animais, servia muito bem para nos esquentar. E além do que, o frio não me incomodava por causa dos meus poderes.

Voltando minha atenção ao meu reflexo.

Eu era filho de uma grande mulher que não soube reconhecer, eu vou ter que me desculpar com ela.

(...)

No dia seguinte...

Depois de tomar banho (eu sei, milagre) e me arrumar, eu desci as escadas pronto para tomar café.

Quando cheguei perto da cozinha, avistei toda a minha família tomando café tranquilamente em silêncio, ignorando completamente minha presença.

Soltei um pigarro.

- Bom dia família. - sorri.

Ninguém me encarou ou falou nada.

- É... mãe, quais são as tarefas de hoje pra mim? - perguntei

Ela não me encarou, mas meu pai sim.

- Tem uns javalis que estão assustando os iaques nas montanhas, você vai espantá-los. - explicou. - E tem que levar Camélia e Rose com você

- Por quê? - questionei

- Tá todo mundo ocupado e só sobrou você pra cuidar delas. - respondeu

Agora que eu vou apanhar mesmo...

(...)

Eu voava pela floresta em Erick com Camélia na minha frente e Rose atrás.

Pousei onde não tinha nenhuma árvore.

- Desçam. - pedi

Elas desceram.

- Eu vou espantar os javalis, qualquer coisa, gritem. - declarei antes de decolar

Pov's Camélia

- Como se os javalis fossem vir atrás da gente. - ironizou Rose

- Nunca se sabe, javalis são animais selvagens. - dei de ombros

- Esqueceu o que ele falou para sua mãe? Que até você bateu nele? - questionou

- Claro que eu me lembro, mas devemos perdoar sempre. - declarei. - E além de tudo, ele é meu irmão.

- Você perdoa muito fácil Camélia. - ela revirou os olhos.

Ouvimos um barulho estranho de várias patas se batendo no chão.

Nos viramos assustadas vendo vários javalis saírem por entre as árvores e correrem em nossa direção.

- CORRE! - berrei começando a correr.

Corremos desesperadamente para conseguir fugir dos javalis.

Gritei quando tropecei numa pedra e cai no chão. Gemi quando senti meu tornozelo latejar.

Os javalis se aproximaram.

- CAMÉLIA! - berrou Rose desesperada.

- STOICO! - berrei

Os Netos de Stoico Onde histórias criam vida. Descubra agora