Os Netos de Stoico

23-Ciúmes

No dia seguinte...

Pov's Soluço

Adentrei a arena com Banguela que pousou com firmeza.

Arregalei os olhos retirando meu capacete não acreditado na visão em que eu me deparei.

O Heitor estava encostado na parede com um sorriso no rosto enquanto conversava com Astrid. Ela não enxergava, mas eu sabia muito bem o que ele estava fazendo e eu tinha certeza de que não era só "conversando".

Eu ficara alerta desde que Jade me avisou que percebeu o interesse de Heitor em Astrid. E eu não fiquei nada satisfeito com isso.

As mulheres casadas de Berk nunca eram paqueradas, isso era desrespeitoso, poderia levar até a morte. O único caso que teve foi o fato de Dagur ser obcecado por Seeylfe, mas aquele cara era um psicopata e pelo que me parecia, Heitor parecia ter sanidade.

Ele queria alguma coisa com a minha mulher e vou descobrir o que.

Meus pensamentos foram interrompidos com o rosnado de Banguela. Ele também não gostara nem um pouco da atitude de Heitor.

- Eu vi amigão - declarei tocando na sua cabeça para acalmá-lo - Fica aqui, eu já volto.

Desci de Banguela pisando com força no chão.

Suspirei tentando espalhar a raiva do meu corpo.

Querendo ou não, eu tinha o gênio forte dos Strondus, mas diferente do meu pai e de Seeylfe, eu sabia controlá-lo.

Quando percebi que estava preparado, me virei e caminhei em direção aos dois. Assim que me aproximei, eu enlacei a cintura de Astrid e a puxei pra meu corpo.

Ela me encarou surpresa, mas com as bochechas coradas. Depois de anos juntos, eu ainda causava as mesmas sensações de quando tínhamos 15 anos.

O tempo parece que passou e não deixou rastros. Astrid ficara mais bonita com o passar dos anos assim como Seeylfe. Eu me considero um homem muito sortudo por ter Astrid Hofferson como esposa.

Fechei os olhos colando meus lábios nos de Astrid.

Senti as mãos de minha esposa agarrar meus cabelos enquanto eu me permitia explorar sua boca e apertar sua cintura com firmeza.

Quando nos faltou fôlego, nos separamos nos encarando profundamente.

Sorri de lado fazendo-a corar outra vez.

Ela arfou deixando escapar um sorriso.

- Uau! - exclamou - Oi amor. Você está animado, hein?

- Vim buscar minha esposa para almoçar no grande salão - declarei - Vamos?

- Claro - respondeu - Vou preparar a Tempestade - me deu um selinho.

Ela tirou as mãos dos meus cabelos e se afastou.

Desfiz o meu sorriso e encarei Heitor com um olhar sério.

- Desde quando a minha esposa se tornou tão interessante pra você, Heitor? - questionei cerrando o punho.

Ele franziu a testa.

- Como assim? - perguntou confuso.

Ouvi os rosnados de Banguela aumentarem e estendi a mão para ele não atacar, mas sem tirar os olhos do Wood.

- Homens que conversam com mulheres casadas a sós sempre têm segundas intenções - comentei - Além do que, Astrid e Seeylfe são as mais bonitas da vila.

- O que isso tem a ver? - riu.

Segurei-o pelo colarinho da camisa.

- Eu sei o que está fazendo - rosnei - Fique longe da minha mulher.