24-Dor estranha no peito

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No dia seguinte...

Pov's Jade

Joguei o machado com mais força que mais uma vez acertou o alvo.

Desde ontem que eu estava pensando nas palavras de Stoico. Como ele sabe que está apaixonado? Mal conhece a Esther!

Bufei me aproximando do machado e o arrancando do boneco.

Ela pode ter um rostinho de anjo, mas tenho certeza de que deve ser um troll! Ainda vou descobrir o que ela quer com Stoico, alguma coisa tem aí no meio dessa besteira toda!

Quando voltei ao lugar, me virei pronta para lançar o machado novamente.

- Jade?

Virei-me para ver quem tinha me chamado: Minha mãe.

Ela tinha a expressão confusa e preocupada no rosto.

- Você está bem? - perguntou franzindo a testa.

Dei de ombros.

- Estou sim - respondi indiferente.

Ela arqueou a sobrancelha.

- Uma Hofferson só treina assim com machado quando está tensa - explicou - Como tem o sangue dos Hofferson, sei que algo está te incomodando. O que foi?

- Não é nada mãe - respondi prendendo meu machado nas minhas costas - Eu estou bem.

Virei-me subindo em Osman.

- É por causa do fato de Stoico ter dito que está apaixonado por Esther?

Ergui o olhar surpresa encarando-a.

- Quem foi que lhe falou isso? - questionei - Aposto que foram as gêmeas.

- Não, Jade - afirmou negando com a cabeça - Eu sou sua mãe e te conheço como ninguém.

Suspirei.

- Eu juro que estou bem - respondi - E afinal, por que eu me importaria com esse fato?

Curvei-me pra frente me agarrando a cela.

(...)

Entrei em casa com Osman saltitando ao meu redor.

- Tá bom comilão, já vai - avisei rindo de sua atitude.

Andei até o canto da cozinha pegando uma das inúmeras cestas que tinha ali.

Voltei para a sala e coloquei a cesta no chão. Osman nem esperou eu abrir e atacou a cesta.

Balancei a cabeça.

- Jade!

Rose e Camélia correram abraçando minhas pernas.

- Oi minhas lindas! - exclamei contente - Cadê as gêmeas e Leo?

- Estão descendo - respondeu Camélia com um sorriso enquanto mexia em seu dragão de pelúcia. Que fofa! - Jade, posso perguntar uma coisa?

Sorri.

- Claro - afirmei.

Ela abaixou o olhar antes de me encarar novamente.

- Você ama meu irmão?

Arregalei os olhos.

- Quem foi que te disse isso, Camélia? - perguntei incrédula.

Ela se virou para apontar para duas pestes na beira da escada: Sophie e Vitória.

Cerrei os dentes fechando o punho com força sentindo meu sangue ferver por todo o meu corpo.

Os Netos de Stoico Onde histórias criam vida. Descubra agora