Estranha e Confusa. Part 8

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Por incrível que pareça além de cuidar das pessoas do mundo todo e de procurar Lois Lane, Clark não demonstrava fadiga. Ele estava emburrado por ver Lana Lang o tempo todo em sua cola. Talvez em outro momento isso fosse tudo o que desejaria, mas atualmente a única pessoa que queria havia sumido dali sem deixar um bilhete ou qualquer rastro. Levantou da mesa deixando Martha Kent e Lana com a cara para o nada. Chegou ao celeiro e passou a arrumar todo aquele feno, tinha vontade de destroçar tudo aquilo, sentia uma força impulsiva tomar conta de si e a razão fugir. Em um milésimo de segundos havia feno por toda parte e nenhum sinal do filho dos Kent. Lana ficou irada com o sumiço do rapaz.

EM ALGUM LUGAR

— Como fugiu? Ela estava sob os SEUS CUIDADOS!

— Levem-no! -Ordenou aos outros capangas de terno e o rapaz de mais ou menos 36 anos foi puxado temendo pela sua própria sorte.

—Encontrem-na e avisem ao General!!!

FORA DE PEQUENÓPOLIS

Ao impulsionar havia ido tão rápido naquela carreira que estava no centro de uma cidade ao parecer estranha. Não sentia seu peito acelerar, tampouco seus pés ou o corpo cansar. Mas o que significava tudo aquilo? perguntava a si mesma. O que haviam feito? Como o seu pai permitiu tamanha barbárie? Decidiu explorar aquilo e foi aquém, estava estupefata consigo mesma. Um misto de terror e satisfação a dominava por completo.

Naquele exato momento lágrimas percorreram seu rosto ao lembrar do moreno nada boyzinho ou magnata. Dentre os seus braços sentia-se uma princesa. Única. Inigualável. Mas agora graças à seu pai e capangas se tornara uma aberração do planeta terra.
Caiu de joelhos ali diante da porta do celeiro, seu aroma, suas coisas deviam estar como sempre limpas e bem organizadas, mas o feno estava espalhado por toda parte, o que significava que ele sentia sua falta ou que por alguma razão deixara aquele lugar especial para os dois por esse tempo abandonado. Lembrou do quanto se amaram, de todos os soquinhos e "papos-cabeça" que fizeram com que os dois se amassem ainda mais.

A filha do General se escondeu quando ouviu barulho na porta da simples casa e se frustrou quando deparou-se com a imagem de Lana Lang saindo daquele que por alguns dias foi o seu lar. Sentia vontade de estrangular aquela "cow" seca, mas antes disso sentiu sua cabeça dar uma volta e disparou para longe dali, sequer viu quem estava com a namoradinha de adolescência de C.K. Fugiu o mais longe que suas pernas alcançaram, mas sua vontade era sumir do mapa talvez entregar-se a Lex e ao seu Pai fosse uma forma disso.

Mil e uma possibilidades foram friamente estudadas, mas a vida não vem com um manual de instruções e menos com um mapa, ela vem cheia de lições e tufões. Lois decidiu agir por impulso, por sina ou escolha, quem sabe? O certo é que para tudo há uma consequência e no tempo certo todos pagam-na.

Um mês se passou e Alexander Luthor estava furioso assim como o General, nem um rastro de Lois Lane e o que o magnata menos entendia era como ela conseguia se esconder depois dos procedimentos que haviam feito na jovem. Havia vigilância 24 horas na fazenda dos Kent, na casa de Chloe Sullivan e nada. Só tinha um jeito de Lois aparecer e Lex estava tão obcecado que iria aproveitá-la, por o General em Xeque-Mate.

Clark seguia em frente do jeito que conseguia, infeliz. Amargurado e cada dia mais disperso. Jor-El lhe dispensara dos treinamentos por que mesmo sendo uma máquina sabia que o seu unigênito não tinha condições de aprender sobre os seus poderes quando permanecia com o seu pensamento naquela humana. Sermões só piorava seu comportamento agora arredio e fazê-lo raciocinar estava fora de cogitação. Sua alma e sua mente estavam longe da realidade.

A Fuga De Lois LaneOnde histórias criam vida. Descubra agora