O Estranho Pode Ser Bom. Part 9

79 4 1
                                    

METRÓPOLIS

—Esse cara tem agido e ainda não consegui identificá-lo! -Bufou diante das câmeras cheias de imagens borradas e jornais que falavam de um possível vigilante,

—Vai ver o cara curte "Esconde-esconde". -Brincou Flash.

—Não sei por quê se preocupa até agora ele mostrou estar do nosso lado. -Retorquiu Dinah.

—Isso é uma afronta e não vou tolerar que um desconhecido estrague tudo o que conquistamos. -Afirmou em um tom grave Oliver.

—Afronta ao seu ego. -Disparou ríspida Dinah.

Oliver a olhou furioso e instintivamente a ignorou, ali havia muitos assuntos inacabados e não era segredo que ambos viviam se estranhando por haver um envolvimento amoroso. Cada um saiu para assumir seu disfarce e a ronda ficou por conta de Oliver e Dinah.

--

Lane estava sentada no alto do prédio do Jornal, estava mais habilidosa embora não tivesse domínio de tudo o que lhe acontecia. Queria saber como "ele" estava? como se sentia? mas aparecer significava arriscar a vida dele e a de todos ao seu redor. Ouvira muitas coisas durante esse mês que ficou como uma ratinha se escondendo em todo buraco que via que estava fora de gerar suspeita. Mais um Sábado ia embora sem que pudesse aproveitar como antes: festas, bares, cinema, as lutas e os filmes na sala que acabavam no quarto com C.K tornando-a a pessoa mais feliz do mundo. Estava tão distante que não percebeu a sombra que estava bem ao seu lado, um arrepio tomou conta do seu corpo e sentiu como até os pelos do seu braço se eriçavam, não era frio nem medo talvez uma intuição.

Sentira seu peito apertar e aquelas benditas cólicas que faziam com que praguejasse. Uma dorzinha de cabeça vez ou outra. Seu seio dolorido indicava que provavelmente estaria de TPM em alguns dias.

—O que faz aqui? se pensa em se suicidar escolheu uma péssima noite. -Advertiu Dinah arisca como sempre.

—Ainda que fosse o que diz, não lhe diz respeito, fofa. -Retorquiu Lois.

—Olha, Zangadinha, é melhor ir para casa ficar debaixo do cobertor com sua mãezinha contando historinhas de Contos de Fadas. -Falou a mulher Canário que sem saber ganhara antipatia por aquela jovem. Estava sendo bastante grossa, mas precisava ser firme.

—Por quê não cala a sua bocarra, pintinho amarelinho?! -Avisou emburrada.

Uma lágrima atrevida escorria pela sua face e não sabia o motivo daquilo. Limpou o rosto disfarçadamente, encarou a figura feminina e passou ao lado da Canário para descer as escadas como qualquer pessoa normal. Foi nesse instante que algo surpreendente aconteceu, a mulher que parecia incomodada com sua presença agora queria mantê-la ali. Provavelmente era uma louca.

—Não vá agora! -Exclamou quase ordenando.

—E por que eu te daria ouvidos, Yellow Bird?

—Por que precisa da minha ajuda para se proteger. -Afirmou acenando para baixo aonde ficava a porta de entrada do Jornal.

Lois viu aquele movimento de homens bem equipados e armados adentrando o prédio, assustada quis fugir, mas Canário a impediu segurando-a.
Um misto de emoções transbordaram na mente da filha do General. Ouvia a voz dele, parecia estar coordenando aquela operação. Tinha quase certeza de que ela era a caça. Em pouco tempo suas pernas fraquejaram e ficou desorientada, havia algo muito diferente nos últimos dias. Tentava respirar fundo, no entanto, seu peito ainda apertava.

—Onde você está, bonequinho acochado? -Indagava ao vento.

—O quê? -Perguntou LL quando a viu abrir a boca e dela um som insuportável.

A Fuga De Lois LaneOnde histórias criam vida. Descubra agora