A Fuga De Lois Lane

Segredo revelado. Part 11

A vida é cheia de mistérios e o destino ao mesmo tempo que é construído por nós, é também moldado por experiências que muitas vezes nãos escolhemos viver. Lá estavam Oliver Queen e Lois Lane, era hora de dizer-lhe a verdade e talvez fosse como fogo abrasador.

-Por que está tão sério? há alguma coisa que queira me contar, Mr. Sensação de Metrópolis. -Tentava brincar Lois. Era a única forma de aliviar aquela tensão que sentia.

-Obrigada pelo elogio, fico até sem graça com essa nomeação inesperada. Mas... o motivo pelo qual eu te trouxe aqui "Pernas", eu posso te chamar assim? Rsrsrsrs.

-OK! Sério mesmo que fez isso? andou admirando minhas pernas? seu maníaco. Rsrsrs.

-Que bom que estamos nos entendendo, por que com o seu estado você irá precisar da minha, quer dizer, da nossa ajuda?! -Articulou com dificuldade.

-Sobre que estado se refere? -Indagou muito curiosa e preocupada.

-Você não... não notou? Lois você, você está... -Tentava falar aquela palavra e não saia.

-Oliver fala de uma vez ou vou arrancar o que há entre suas calças! -Ameaçou impaciente.

-Você está grávida! -Disse rápido e tomando um gole da sua bebida.

-O.... Co... mo? O q-u-e? Ah, M-e-u D-e-u-s! -Exclamou em choque.

Naquele instante calculou seu período e percebeu que estava atrasada. Ela e Clark. Eles estavam tão apaixonados, tão cheios de tesão e tão conectados que haviam criado outra vida.
Seria essa a reconstrução da vida de Lane?
Estava assustada sim, mas por um momento olhou para o teto e pediu àquela Força poderosa e invisível que muitos negavam e em certos momentos até ela, que pudesse viver aquele momento da sua vida plenamente.
Ela se entregou a Clark por amor. Pediu que aquele indefeso ser vivo que trazia dentro de si pudesse desfrutar do milagre do amor. Sentiu uma energia se deparar com a sua, era Oliver tocando sua mão. O homem loiro estava preocupado. Lois sorriu para ele. Uma lágrima selvagem descia por sua bochecha e ele passou o polegar para enxugá-la e ninguém notar, afinal, Lois Lane era durona e independente. Era para ser um momento inesquecível e nostálgico, mas como dizem por aí "Nem tudo são flores"...

-Lois? Então foi por ele que me deixou? Foi embora para ficar com outro? Por quê simplesmente não disse que eu era apenas uma distração? Você falava da Lana, mas agiu pelas minhas costas! -Disparou o moreno alto e musculoso num tom rancoroso. Estava possesso desde que entrara no café com sua mãe.

-Clark? -Sua cabeça confusa parecia dar voltas, rezava para que aquilo fosse uma alucinação ou uma pegadinha do seu mundo dos sonhos. Mas a voz de Oliver agora a trazia de volta.

-Desculpe, rapaz, mas precisamos ir embora. -Afirmou inocente tentando livrar a pele da amiga.

-Quem é você? -Questionou franzindo a testa e com cara de poucos amigos. A voz agora era intimidante. Estava realmente enciumado. Possesso com aquela cena que vira desde seu primeiro passo dentro do Café.
Martha surgiu atrás dele e também ficara admirada com toda aquela situação. Ninguém sabia no que iria dar, mas provavelmente alguém sairia machucado senão todos.

-Clark Joseph Kent?! -Chamou Martha Kent segurando-o pelo ombro.

Lois estava imóvel naquela cadeira, era muita novidade para assimilar em tão pouco tempo.
Sua cabeça iria explodir se não saísse dali rápido. Mas como faria isso sem se entregar?
Para piorar Oliver Levantou-se e iria acará-lo. Sua cabeça poderia estar divida, mas seu coração permanecia com ELE.
Mas não podia colocá-lo em perigo, ele seria um alvo fácil para Lex e o General. Tampouco queria que CK perdesse sua inocência e sua alma bondosa.
O destino estava jogando as suas cartas e era hora de ser racional. Pensar. Raciocinar estava difícil com o homem da sua vida ali. Impossível por que dentro de si havia algo dele também. Não queria encará-lo por isso o mirava de soslaio.

-Sou tão burro assim Lois? Sou tão ruim que não mereço uma tentativa de explicação? Devo ser um tolo. -Perguntava agora mais brando. Mantinha sua feição séria e estava muito magoado.

- Nós não temos a menor chance de ficar juntos. -Confessou tristonha com a voz embargada.

- Porque? Porque arrumou um riquinho para se divertir? -Inquiriu furioso levando uma bofetada em seguida.

Lois saiu e quanto mais passos dava mais sentia que se distanciava daquele amor que dava razão ao seu viver. Que fizera parte de seus projetos. Oliver a seguia e quase chegou a tocá-la, porém quando chegaram na porta e ninguém mais podia notar, ela desaparecera como a velocidade da luz.

-Lois? Lois? -Bradou Oliver em frente, e, logo notou que a Senhora que estava com CK estava agora sozinha lá dentro. Era tudo muito estranho.

NA FORTALEZA DA SOLIDÃO

Clark chegou com Lois nos braços. Estava muito frio naquele "Castelo" de cristais de gelo. Ela batia o queixo de frio, seus lábios estavam roxos e assim que ele a colocou no chão cruzou os braços na esperança de se auto aquecer.

- O que estamos fazendo aqui? -Questionou ansiosa.

Naquele momento Jor-El se manifestou

Por que a trouxe aqui, Kal-El? O lugar dessa humana não é aqui.

-Peço que respeite este momento e me deixe ser quem sou se me considera como filho.

-Quem é esse cara? -Indagou atônica. Eita dia cheio de novidades.

-É uma espécie de computador de onde vim. Nele meu pai deixou gravadas instruções ao longo do tempo para me guiar e cumprir meu destino. -Explicou com a certeza de que aquela mulher iria compreendê-lo.

-Ah, legal! Não nasci para virar picolé, garotão, então fala logo o que tá acontecendo ou irei embora nem que seja deslizando na neve! -Ameaçou com cara de poucos amigos.

Clark sumiu e apareceu com uma manta para Lois e um Cappuccino e duas rosquinhas. Tentando iniciar aquela conversação.

-Como você... Espera! Acho que não posso mais chamar você de "Garotão". -Falou embarbascada.

-Lois eu sabia que iria entender. -Revelou sentindo alívio e contentamento. Quando ele se aproximou no entanto, Lane deu alguns passos para trás.

-Você é um afetado pela chuva de meteoros? Quais habilidades têm exatamente? Quem sabe desse segredo além de mim? Lana? Chloe? e quem mais? -Questionou curiosa.

-Eu não sou um afetado. Tenho visão de raio-X, super velocidade, superforça e ... -Informou tímido e aliviado.

-Volta! Como assim visão raio X? -Indagou curiosa e se tapando.

-Oh, não, não se preocupe eu só a utilizo em ocasiões necessárias. -Articulou risonho.

-Eu sabia que havia algo especial em você, quer dizer, você nunca teve uma dor sequer, nem uma febre ou gripe... Espera. A porta do celeiro? -Indagou ao final boquiaberta e CK confirmou com um gesto de sim com a cabeça.

Lois não disse nada. Ele a encarava amedrontado com a revelação que estava fazendo e pedia aos céus que ela o compreendesse. Quando estava solto dentre seus devaneios seus lábios foram capturados e então um beijo profundo e cheio de amor, paixão, carinho e prazer preencheu-lhe a alma.
Era a forma de Lane agradecer por aquele gesto concreto de amor, pela confiança que ele depositara nela. Mas havia algo mais, ambos de olhos fechados e uma lágrima descia pela face da loira. Não havia alegria ou tristeza, era um misto de emoções lançadas ao Universo. Passaram dois minutos brincando com a língua e os lábios um do outro até que ela buscou ar. Eles estavam ruborizados, mas Kal-El ouvia os batimentos cardíacos dela, sentia sua respiração e o hálito de menta bem pertinho de si. A filha do General estava distinta e podia-se sentir uma pontinha de tristeza até que o momento nostálgico se rompeu.

-É fantástico, quer dizer, você é metade homem e metade Alien. Nunca esqueça que é essa sua parte bondosa que o torna especial e único. Você encontrou os melhores pais adotivos do mundo e eu invejo essa parte da sua vida... -Irrompeu Clark.

-O que... -Foi interrompido e dispôs-se a ouvi-la.

-Nós não podemos ficar juntos. Como você falou eu estou com Oliver Queen, sinto muito, Clark, mas a nossa relação foi apenas uma brincadeira. Imagina, eu, Lois Lane namorando um granjeiro? essa relação estava fadada ao fracasso, Clark. -Articulou fria e de forma ligeira deixando o rapaz boquiaberto e imóvel por alguns instantes. O amor pode anestesiar, mas a dor queima, maltrata e mata aos poucos.