Hospital. Part 3

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Quando as coisas estão ruins, a gente costuma dizer que elas não podem piorar, com um pouco de sorte e bom humor talvez o melhor aconteça ou não. C.K parecia estar no mundo da lua. Foi quando um uma loira de altura mediana se aproximou e ficou defronte ao rapaz que ele voltou do satélite.

—Alguma notícia da minha prima? –Inquiriu preocupada.

—Não quiseram dizer nada por não sermos da família. –Disse a senhora Kent.

—Tudo bem, eu vou falar com o médico. –Afirmou e saiu prontamente.

O jovem de cabelos negros e olhos azuis caminhava de um lado para o outro do corredor. Se brincasse ele estava prestes a fazer um buraco no chão. Quando Chloe voltou estava mais serena. A jornalista da High School Smallville se aproximou, tocou o ombro do amigo e ele abatido a encarou.

—Não se preocupe Clark, a Lois está bem. Acho que você merece ser o primeiro a vê-la?! –Diz tentando animá-lo e tirar o peso da culpa de suas costas. Ele esboçou um sorriso de orelha a orelha e Martha sentiu um alívio.

—Obrigado, Chloe. –Replicou timidamente antes de adentrar e ir ao quarto onde estava Lane. Martha e Chloe continuaram a conversar.

Clark abriu a porta e pensava milhões de vezes na primeira palavra que ia dizer. Não sabia se começava pelo nome da moça, se pedia desculpas por não ter ajudado mais (e ele podia se não fosse tão medroso quanto a revelar seu segredo) ou simplesmente ficar calado e esperar a jovem começar a tagarelar, afinal, Lois era uma espécie de rádio 24 horas. Era irritante. Mas ele não conseguia rechaçar a jovem.

—Lois eu... –Falou até levantar a cabeça e ver a cama vazia. O quarto estava em perfeita ordem, exceto pela cama desarrumada. – Ela Fugiu. Tenho que achar aquela maluca! –Pensou e saiu buscando por todos os lados até que parou e começou a ouvir muitas vozes, em seguida imaginou apenas a voz de Lane e como se estivessem conectados ele ouviu as batidas aceleradas de um coração. Era ela!

Clark seguiu o som que o levou até o elevador. Pessoas passavam de um lado para o outro. Enfermeiras e médicos caminhavam rápido para atender uma emergência. Em meio a toda aquela confusão estava Lois Lane pressionando sem parar o botão de descer. Finalmente as portas abrem e ela entra, há alguém atrás, mas ele caminha normalmente. Se xinga mentalmente por não ter conseguido nada para vestir, estava seminua com aquela bata de hospital.

—Participar de um desfile com essa roupa de hospital não vai resultar em nada além de uma série de assédios. –Comentou Kal-El debochado.

—Cla...r...ck? Como você? –girou os olhos impaciente e replicou. –A roupa pode não ser sexy, mas não há nada melhor que alguns homens babando por uma mulher e o conteúdo debaixo dessa bata sem graça é de 1ª, caipira. –Afirma dando uma piscadela.

—Você não pode sair daqui ainda, Lois! –Exclamou exaltado.

Algo ali tinha ativado uma emoção diferente no kryptoniano. Sentia seu estômago queimar. Sua garganta estava por expulsar uma série de desaforos àquela turista atrevida.

—Eu não posso ficar aqui, Clarkie! –Contestou orgulhosa e libertina.

—Não! –Puxou-a pelo antebraço assim que a porta abriu e ela deu um passo para sair. Engoliu a seco ao ver as costas nuas e as curvas bem delineadas da loira. Outro fato raro acontecia ali, acabava de sentir uma ereção.

—Clark? –Sentiu os braços do homem a envolver ao entrarem um médico e dois assistentes. Eles apertaram o botão para o subsolo. Enquanto isso, a loura sentia um volume contra seu quadril. Estava em choque.

Os homens não fizeram nada além de olhar para as pernas de Lois e depois para o rosto masculino que parecia sacar aqueles olhares indevidos. No subsolo se encontrava a garagem e os homens saíram de dentro do elevador sussurrando e sorrindo.

—Auch! –Rezingou baixinho ao sentir os braços grossos circundarem sua cintura e atingir o machucado.

Ele a virou para si e os dois sentiram a respiração um do outro. Os olhos esverdeados daquela humana viajavam no mais íntimo do viajante, talvez ela pudesse ver sua alma. Não houve espera, seus lábios se encontraram devagar e em seguida foram passeando um pelo outro. Um beijo molhado. A pele quente dela transmitia aquela energia benéfica para o corpo dele. Kent mordiscou os lábios com gosto de menta e cigarro, ela correspondeu ao beijo e sentiu a mão dele caminhar por sua espinha dorsal até seus ombros desnudos. Um gemido espontâneo saiu da boca de Lane deixando CK excitado e medroso diante do descontrole emocional. Seus impulsos eram mais fortes que qualquer regra ou moral ensinada pelos seus pais. Sentia-se vivo com ela em seus braços. "Sentia que não queria que aquele elevador abrisse nunca mais", mas seu pensamento foi interrompido quando a prima de Chloe se afastou e deu-lhe uma bofetada.

—Não sou um tipo qualquer e é melhor esquecer que existo! –Bradou Lane furiosa e saiu ao abrir as portas do elevador cujo CK havia travado. Ele correu atrás. Precisava desfazer o "mal" entendido.

—Até que enfim! –Disse uma voz confusa para si mesma ao se deparar com aqueles dois em pleno ar de "guerra". Ambos não deram a menor atenção e continuaram discutindo. A figura saiu de cena deixando-os ali para resolverem seus conflitos.

—Dá para você parar? Você não tem como sair daqui vestida assim e sem um carro pra te levar para casa.

—NÃO! O que isso importa Clark Kent? Que casa? EU NÃO TENHO CASA! –Esbravejou nervosa.

—Tá bom, eu não ia interferir, mas é que você está seduzindo o cara das câmeras de segurança do Hospital. Será que dá para voltar para o quarto e parar de fazer birra?! –Articula o jovem impaciente.

—VÊ SE LIMPA OS OUVIDOS, Garoto. Eu não vou voltar! –Brada e segue em frente.

Clark pega Lois no colo e tem a intenção de voltar para o quarto do hospital com a moça. Os dois trocam olhares por alguns segundos e Lane não para de resmungar e só não dá mais socos no rapaz de porte atlético por que está ferida e isso a machucaria. Ela sentia um incomodo com aquela presença.
Ele a intimidava. Não acreditava no amor, mas em paixonites. Em aventuras. Seu coração batia forte. Sua respiração parecia mais agitada e seus olhos não desgrudavam dele. Quando chegaram ao corredor onde estava localizado o quarto de Lois tiveram várias surpresas...

—Clark???

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A Fuga De Lois LaneOnde histórias criam vida. Descubra agora