02 | Alvo

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— E então? — Kihyun indagou. Cruzou os braços ao suspirar e encarar o mais novo.

— E então o quê?

— Você não vai dizer nada? — Kihyun perguntou, com uma certa ironia na voz — algo como "É bom te ver de novo, Kihyunnie!", ou "Há quanto tempo não nos vemos!" — cerrou os olhos para Changkyun, que insistia em concentrar-se para ler o jornal.

— É bom te ver, Kihyunnie — Changkyun disse ao dobrar o jornal e o pôr na mesa. Envolveu dois dedos na asa da xícara e levou a porcelana à boca — como tem passado? — Changkyun fez uma careta pelo chá ter um gosto mais amargo que o normal.

— Não é para fazer de conta que se importa também — Kihyun disse e rolou os olhos — sei que está se segurando para não perguntar sobre essa manchete — Kihyun apontou para o jornal — ande logo. Pergunte.

Os olhos de Changkyun brilharam.

— Tem novos crimes? — Changkyun indagou. Kihyun riu baixinho ao assentir — posso o ajudar?

— É proibido alguém de fora ver o que temos — Kihyun suspirou — mas estamos realmente desesperados.

— Isso significa que precisa da minha ajuda de novo?

— Não se ache demais — Kihyun murmurou — vamos para meu escritório. Os documentos estão lá.

Changkyun assentiu e ambos levantaram-se das cadeiras. O mais novo pegou as duas xícaras e as levou para dentro da casa, as deixando dentro da pia. Kihyun tratou de pegar o jornal e andou até seu escritório.
Assim que o de fios castanho-escuros adentrou a enorme sala, Kihyun entregou-o uma pasta.
Changkyun não tardou para abrí-la e olhar, fascinado, as imagens. Dispersou as fotos pela mesa de centro e examinou cada uma.

— Jack sempre mata usando os mesmos métodos — Kihyun disse ao se sentar — e sempre tem essa marca nas vítimas.

— Os dois "X"?

— Basicamente — Kihyun respondeu.

Changkyun deu outra olhada, essa mais atenta e perspicaz: o esperado de um dos melhores alunos da Oxford.

— Pelos cortes, ele não é um cirurgião. Então já excluímos a possibilidade de ele estar na área hospitalar.

— Pensei o mesmo — Kihyun contorceu os lábios — achou algo diferente?

— Ainda não — Changkyun torceu o nariz e jogou uma das fotos na mesa para pegar outra. Semicerrou os olhos e sobrancelhas — Kihyun...

— O quê?

— Essa foto está diferente — Changkyun disse lentamente, ainda observando cada detalhe do cadáver.

— O que está dizendo? — Kihyun puxou a imagem da mão de Changkyun e a encarou.

[...]

— Fiquei sabendo que tem um criminoso novo na cidade — o mais alto disse. Deu um sorriso sádico para Minhyuk, que suspirou de tédio — pelo menos está levando as suspeitas direto para você.

— Eu não teria tanta certeza disso, Hyungwon.

— Você não é cuidadoso, Minhyuk — Hyungwon rebateu — está sempre deixando aquelas marcas nos rostos das vítimas. Uma hora ou outra, eles vão descobrir o significado.

Minhyuk riu alto.

— Eles são burros — o de fios brancos murmurou.

— A polícia se prende aos mínimos detalhes — Hyunwoo falou ao sentar-se ao lado de Minhyuk — tome cuidado, de qualquer forma.

— Hyunwoo tem razão — Hoseok cruzou as pernas — nós quatro somos suspeitos. Sejam inteligentes pelo menos uma vez na vida.

Minhyuk suspirou.

— Só fiquem fora do meu caminho — Minhyuk ditou e rolou os olhos.

— Vocês devem dar um jeito nos investigadores.

— Eu só preciso de um nome, Hyungwon — Minhyuk disse e sorriu em seguida.

O mais alto pôs uma foto na mesa. Deslizou seus dedos pela foto, e por baixo, outra surgiu.

— Quem é esse? — Minhyuk apontou para o da esquerda, com bochechas fartas.

— Lee Jooheon — Hoseok respondeu-o — seu próximo alvo.

WITNESS 「 Joohyuk 」Onde histórias criam vida. Descubra agora