— O quê? — Kihyun indagou alto, afastando o rosto do colchão e se levantou, pronto para roubar a pasta das mãos de Jooheon — deixe-me ver! — bradou Kihyun assim que o Lee ergueu a pasta e ela ficou longe do alcance de Yoo.
— Eu vou explicar, acalme-se — Jooheon disse, enrolou a pasta e a usou para dar um tabefe na testa de um Kihyun eufórico.
Kihyun tocou a cabeça e semicerrou os olhos, voltando para próximo de Changkyun, que o puxou pela cintura, para que se sentasse mais perto.
— São números dos baralhos de Tarot.
— Quê?
— Começou com os mamelucos. O baralho deles entrou na Europa no século 14 se não me engano. Os livros que li diziam que surgiram na Itália e se popularizou na França. Alguns donos do baralho utilizavam com caráter divinatório.
— E isso deu origem ao que chamamos de Ciganos hoje, não é? — o Lim indagou.
— Não exatamente. Tem culturas que dão nomes diferentes, mas isso não vem ao caso — Jooheon se sentou no sofá e passou a mão pelos fios bagunçados — isso não foi bem visto na Igreja, afinal, eles sempre queriam poder absoluto. Uns foram acusados de bruxaria, e queimados. Mas um fato curioso é que quem mais fazia uso desse baralho era a classe alta. Por muito tempo, as cartas de tarô permaneceram um privilégio dessas classes, e alguns sermões do século 14 advertiam para o mal existente nas cartas. A maioria dos governos civis geralmente não condenava as cartas de tarô nos seus primórdios — Jooheon mostrou o pacote médio e o pôs na mesa à sua frente — mas percebemos que o uso dessas cartas acabou recebendo um significado diferente — o investigador referiu-se às inúmeras mortes nas fogueiras — cada um tem um significado, e Jack se baseia nesses números para marcar suas vítimas.
Kihyun estava boquiaberto.
— Como conseguiu essa informação? — perguntou Changkyun.
— Tinha algo me incomodando desde o primeiro corpo. Essa marca de Jack, "XX" — fez as aspas com os dedos — não tinha nenhum nexo lógico nela. Mas com os acontecimentos dos últimos dias, eu havia me esquecido de as procurar. Felizmente, arrumei tempo e cá estou.
— O que cada uma significa?
— Algumas partes estão em latim, outras em francês. Então chamei os profissionais do departamento de línguas para ajudar. Amanhã já vamos conseguir descobrir alguma coisa.
— Posso ver a carta com o tal "XX"? — Kihyun perguntou. Jooheon deu de ombros, e retirou a carta do baralho. A entregou para o amigo e cruzou os braços — isso é medonho.
Jooheon riu.
— O desenho é realmente medonho mesmo — murmurou Lee. Changkyun retirou a carta dos dedos de Kihyun para a examinar — podem ficar com o baralho, mas não esqueçam de levá-lo para a delegacia amanhã.
Os dois assentiram.
— E... continuem o que estavam... fazendo... — Jooheon saiu do quarto, deixando Kihyun e Changkyun sozinhos; e extremante envergonhados.
Mas essa vergonha logo sumiu quando Changkyun tomou os lábios de Kihyun outra vez.
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WITNESS 「 Joohyuk 」
FanfictionInglaterra, século 19. A verdade sobre Jack, o Estripador. "- A ponte de Londres está caindo, está caindo, está caindo - Minhyuk cantarolava; aproximou-se do homem encostado à parede e, lenta e superficialmente, cortou seu pescoço de ponta à ponta...