12 | Motivos

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— Vamos focar, Chang — disse Kihyun.

— Certo, certo. Vamos pensar: por quê Jack atacaria Minhyuk?

Kihyun suspirou.

— Será que ele tem antecedentes criminais? Pode ter se envolvido com Jack ou algo do tipo.

— Podemos averiguar na delegacia. Ainda tem a identidade dele, certo?

Kihyun assentiu. Lim levantou-se e correu até a entrada, vestiu seu casaco e chamou Kihyun com um aceno de cabeça.

— Vamos logo, Kihyun!

Yoo rolou os olhos; não queria sair tão cedo de casa. Vendo que o amigo não desistiria, deu-se por vencido e pediu para que esperasse cinco minutos, para que ele pudesse se trocar.

[...]

— 200 metros — murmurou Minhyuk enquanto afiava a flecha. Ele não gostava muito de armas de fogo, as achava muito... bárbaras — 100 metros — observou atento sua vítima. Em seguida, posicionou a flecha no arco e semicerrou os olhos — 50 metros — esticou a corda — nos vemos no inferno, Gabriel.

E deixou que a flecha cortasse o caminho. Bingo, bem no meio da testa. Minhyuk riria, se não fosse tão trágico.
Gabriel era um atendente do bar favorito de Hyungwon. Em uma noite, ameaçou garotinhas que voltavam do colégio, e chegou a assediar uma. Lee não o parou, afinal, ele precisava de motivos para matar aquele energúmeno.

O relógio da torre badalava as 22:00. Já era hora de voltar para a casa de Jooheon, caso contrário, o detetive sentiria sua "falta".
Antes de dar meia volta, Minhyuk observou os policiais e suas sirenes aproximarem-se. Vieram mais rápido dessa vez, pensou.

Precisava se livrar o mais rápido possível desses homens.

Minhyuk guardou o arco na maleta média que levara e desceu do telhado da mansão de um gordo rico qualquer, com cuidado para não fazer barulho e ser descoberto.
Quando pousou no chão, vestiu a máscara preta e começou a andar pela rua, averiguando se havia alguém próximo.

— Yoo! Que bom que veio — um dos guardas exclamou. Minhyuk escondeu-se no estreito beco e engoliu em seco. O que Kihyun estava fazendo ali? E pior, se Kihyun estava ali, significava que seu cão farejador também estava: Changkyun era um perigo. Minhyuk precisava o aniquilar.

— Eu ouvi na cidade sobre outro corpo — Kihyun disse ao se aproximar. Lim foi barrado pelos policiais — ele está comigo — referiu-se ao amigo, que foi permitido a passagem — foi Jack?

— Com certeza. Temos sinais de estrangulamento aqui — apontou para o pescoço do rapaz — e a típica marca de Jack — mostrou os dois "X" — ele trata as vítimas como gado, as assusta e as leva para o abate. É um verdadeiro animal.

Minhyuk apertou os punhos e retirou uma flecha da maleta, seguida de seu arco. O posicionou verticalmente — já que essa posição lhe era mais viável quando estava naquele beco e era possível ter uma visão limpa de Kihyun e Changkyun.

Vocês são os verdadeiros animais — sussurrou e deixou que a flecha penetrasse pela escuridão rumo ao coração de Changkyun.

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não me matem

WITNESS 「 Joohyuk 」Onde histórias criam vida. Descubra agora