07 | Guarde um segredo

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Jooheon bateu à porta do quarto e ouviu um "pode entrar" de uma voz feminina.
Deu um sorriso tímido para Minhyuk, que devolveu o ato. A enfermeira terminou de trocar a faixa do pescoço de Minhyuk e deixou-os a sós.

— Então... — Jooheon começou — eu trouxe essas flores — mostrou o buquê.

— São todas brancas — Minhyuk disse e riu. Jooheon arregalou os olhos ao perceber — está tão preocupado com a cor de meu cabelo assim?

Jooheon encheu um dos vasos de plantas com água e as pôs dentro.

— Devo admitir que é uma cor diferente — se sentou à beira da cama — mas fica estranhamente bem em você.

Minhyuk abaixou a cabeça ao corar.

— Obrigado — sussurrou. Jooheon molhou os lábios e respirou fundo antes de tomar coragem para falar.

— O que aconteceu ontem?

Minhyuk engoliu em seco.

— Eu sei que deve ter sido uma péssima experiência para você — Jooheon disse às pressas — mas você é um dos únicos sobreviventes de Jack, e...

— Jack? — Minhyuk arqueou uma das sobrancelhas — quem é Jack?

— Você não leu o jornal?

— Eu vim da zona rural. Meus pais acharam que seria melhor se eu estudasse na capital — suspirou — eu cheguei há alguns dias, ainda estava arrumando as coisas da mudança no prédio.

Jooheon observou o olhar melancólico em Minhyuk, que certamente teria inúmeras mágoas guardadas.

— Ontem eu havia passado o dia na biblioteca — disse — e tinha um homem estranho, com capuz do outro lado da rua. Era como se... — suspirou — era como se ele estivesse me esperando.

Minhyuk contorceu os lábios.

— E então ele me seguiu até meu carro. Eu me embaralhei para pegar as chaves e fui surpreendido por pancadas no carro — disse — e então simplesmente acelerei, e pensei que ele tinha desistido. Mas ele não o fez.

Jooheon inconscientemente tocou a mão de Minhyuk e sentiu a lágrima salgada do outro pousar em sua pele.

— Eu não vi seu rosto, eu estava ocupado demais sendo esfaqueado — riu sem vontade — e tentei fugir, mesmo já convencido de que eu morreria em breve.

— E então te encontramos — Jooheon disse.

A porta foi aberta e dela surgiu um Changkyun enraivecido.

— Por quê diabos não nos esperou? — indagou e semicerrou os olhos.

— Não comecem — Kihyun disse e bufou. Aquela cena fez Minhyuk rir fraco. Jooheon se lembrou de sua mão sobre a do garoto e a retirou velozmente — está melhor, Minhyuk?

— Estou — disse — não totalmente, porém melhor.

Kihyun sorriu.

— Seus pais sabem que está aqui?

— Acho que não — disse — e é melhor que não saibam.

— Por quê?

— Eles podem vir me buscar. E eu não quero sair de Londres para ser trancafiado em casa novamente.

Jooheon suspirou e Minhyuk tocou a mão do outro.

— Prometam que não vão contar para ninguém da minha família — Minhyuk segurou uma lágrima ao murmurar — por favor.

Jooheon sobrepôs sua mão a dele e deu-o um sorriso.

— Prometemos.

Minhyuk secou a lágrima que ousou cair e olhou para os três, sorrindo em agradecimento.

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aiai, esse Minhyuk não toma jeito

WITNESS 「 Joohyuk 」Onde histórias criam vida. Descubra agora