"Todo Mundo é um Pouco Maluco" - (Eddie Kreezer)

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Allya está nos anos 80, na sua cidadezinha interiorana e tranquila no Texas, onde nada acontece... até que ela vê aquele forasteiro desconhecido e extremamente lindo e sexy... mas, a timidez de Allya não vai deixá-la chegar no boy; porém, para sua sorte, ela tem uma amiga sem-vergonha (sem-vergonha no bom sentido, kkk, tipo, que não tem vergonha de chegar em desconhecidos) e que vai dar um help, fazendo o boy notá-la. Agora eu vi vantagem!

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ISSO É UM REQUEST! Olha aí mais um pedido de tia Allya, minha gente! Ela nem é apaixonada pelo caubói, magina, quase nada, só tem os quatro pneus (mais o estepe) arriados por ele, e mais pneus tivesse, mais estariam arriados.

Tia Allya, desculpa a demora com esse aqui, mas né, eu já te falei, eu estava meio em dúvida quanto ao papel da amiga no desenrolar dos acontecimentos, kkk, eu pensei muita bobagem, deve ter um mr. Kreezer dentro de mim, só pode, kkk, mas enfim, gente, Allya mandou falar que é suave. Bjo.

Ah, e podem imaginar que Missy sou euzinha, porque na verdade é mesmo, kkkkkk ;)

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A verdade era que Allya mal podia acreditar em seus olhos. Com os cotovelos apoiados sobre a mesa e o rosto nas palmas das mãos, ela olhava para a mesa de bilhar adiante quase sem piscar os olhos, esquecida da bebida com o canudinho largado dentro na frente dela, vez ou outra deixando escapar um suspiro que parecia quase um suspiro apaixonado. E reparando no jeito de Allya, a amiga dela, sentada ao seu lado, bebericando do próprio copo, acabou falando baixinho:

- Allya, vai lá logo. Dá um oi pro cara, o que é que custa?

Como que se saindo de um encantamento, Allya sobressaltou-se, piscando os olhos e quase derrubando seu copo:

- Não, Missy, não, deixa... deixa pra lá.

Missy estalou a língua, chateada, balançando de leve a cabeça, e Allya novamente tornou a olhar o forasteiro que estava jogando bilhar, e que parecia estar vencendo a partida: Ele era muito alto e magro, mas do tipo magro definido. E em seus sonhos Allya podia apostar que por baixo da camisa branca que ele vestia havia um belo tanquinho, e só de pensar isso, ela suspirava de novo. Ele usava um jeans escuro e justo, um cinto com uma fivela grande e na cabeça um chapéu preto de caubói ao qual, retirando uma vez ou outra para coçar os cabelos, deixou Allya ver que estes eram loiro-escuros e brilhantes. E ele tinha olhos verdes de expressão atenta, e o rosto pontilhado de sardas, e aquela boca... Allya suspirou de novo. Aquela boca enorme e linda... E quando ele sorria? Ou quando limpava os lábios na manga da camisa após beber? Ou quando segurava o cigarro no canto dos lábios e fazia-o balançar enquanto pensava, analisando o jogo? Allya deu outro suspiro. Que homem perfeito! Ah, se ela tivesse um assim... Se ela tivesse coragem de chegar nele e dar pelo menos um olá, se ele a notasse. Allya suspirou mais uma vez.

Largando o copo em cima da mesa, Missy cruzou os braços e, ao contrário de Allya, ao menos tentando disfarçar, ela olhou o forasteiro por um tempo antes de dizer:

- Quem será ele, Allya? Eu tenho certeza que nunca vi ele por aqui.

- Eu também tenho certeza que não. Eu me lembraria se o tivesse visto. Como... - Allya suspirou de novo - Como eu poderia esquecer?

- Nossa, você está caidinha por ele - Missy falou, olhando para a amiga e achando graça.

- Ah, mas e como não estar, Missy? Olha só para ele!

Confissões - Eddie Redmayne's Contos & PreferencesOnde histórias criam vida. Descubra agora