Continuação... Balem!

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*Recadinho pra sister*

Olha lá, sister, é literalmente "ficção científica", como tu diz... Kkkkkkkkk socorro, alguém! :D

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(Continuação...)

Realmente exausta depois da viagem de pé no ônibus, Dale finalmente entrou na sala de sua casa, jogando a mochila no chão assim que fechou à porta, com um suspiro de alívio, e jogou-se sentada por um instante no sofá. Não que a sua faculdade de design fosse-lhe um suplício ou um sofrimento, pelo contrário, era um sonho que ela estava realizando, mas Dale estava muito cansada. Seu emprego exigia demais dela, e os estudos também, de forma que Dale às vezes pensava em jogar tudo para o alto, pois, como Brian mesmo havia-lhe dito, a vida não era só trabalho e estudo... Mas, para Dale... a verdade é que sempre havia sido. Nunca em sua vida havia acontecido nada de diferente, de emocionante. Essa era a verdade. A vida dela era sem graça. E por extensão, Dale acabava achando-se sem graça também.

Com esses pensamentos tristes, Dale ergueu-se do sofá e foi até a cozinha, onde colocou no fogão um pouco de leite para esquentar e duas fatias de pão na torradeira e, assim que colocou seu "jantar" sobre a mesa, Dale sentou-se, abrindo um livro que estava sobre ela para ler ainda um pouco antes de dormir, enquanto passava manteiga numa das torradas. Tristemente ela ergueu os olhos castanhos para o relógio de parede, vendo que já passava da meia-noite, e com os olhos cansados, Dale esfregou o rosto com uma das mãos, antes de apoiá-lo em ambas com os cotovelos sobre a mesa. E na verdade não demorou muito até que ela cochilasse, alí mesmo sentada onde estava.

E só acordou quando o teto desabou logo adiante. Sim, literalmente, parte do teto da cozinha desabou e, assustada, Dale acordou num sobressalto, tombando para trás, caindo com a cadeira em que estava sentada de costas no chão, onde ficou, sem saber direito o que estava acontecendo. E logo seus olhos, que não podiam acreditar no que viam, depararam-se com uma estranha luz azulada que infiltrou-se pelo buraco aberto no teto, que de repente aumentou de tamanho, e assim que a luz atingiu as coisas sobre a mesa, em pânico Dale viu seu livro, o prato e a xícara com o leite começarem a flutuar diante de seus olhos, e petrificada, ela ficou onde estava, sem conseguir gritar. Mas o grito retido em sua garganta escapou quando, através da luz e do buraco no teto Dale avistou cair diante de si um ser de pesadelo, um enorme lagarto de 3 metros de altura, vestindo uma jaqueta preta; e gritando a jovem tentou erguer-se do chão, mas as pernas tremiam-lhe tanto que Dale simplesmente não conseguiu pôr-se de pé, enquanto via a criatura esmagando à mesa sob seus pés gigantescos, antes de soltar um rosnado, abrindo na direção dela a boca grande ornada terrivelmente por uma fila de dentes pontiagudos. E agarrando-se à pia, tentando erguer-se, Dale gritou novamente de pavor ao que viu-o dar um passo na direção dela.

Agora, eram os estilhaços da mesa que flutuavam no ar, calmamente envolvidos pelo clarão suave e brilhante da luz azulada, e Dale, como pôde, pegou de sobre a pia uma faca, que foi a primeira coisa que viu diante de si, erguendo-a para o monstro que abateu-se sobre ela com a pata estendida. Tremendo de medo Dale cortou-o, fazendo-lhe um talho na jaqueta e na pele escamosa do braço, mas o ser pareceu não importar-se, agarrando-a pelo cabelo comprido e muito preto e liso com as garras, virando-a de costas como se Dale fosse uma boneca. E assim que, com a outra pata, ele a atingiu na nuca com o que parecia uma pistola, o mundo ficou negro diante de Dale, que não viu mais nada.

*

Com uma terrível dor de cabeça Dale despertou numa cama macia, mas estava tão desnorteada que por alguns instantes não teve como pensar a respeito de que não sabia onde estava, e apenas, de rosto franzido, virou-se sobre a cama, gemendo, até que enfim abrisse os olhos e, saltando, fosse bater com a cabeça na alta cabeceira entalhada, falando baixinho:

Confissões - Eddie Redmayne's Contos & PreferencesOnde histórias criam vida. Descubra agora