THE MIRACLE (Imagine Jungkook)

Capítulo 4

Em casa, já pronta para ir dormir, ponho-me dentro da cama, começando por pensar no que o Jungkook disse. Mesmo que ele tinha dito aquilo como é que eu sei que ele não está simplesmente a brincar comigo? Ou pior... Quer alguma coisa em troca? Eu sei que não sou a pessoa mais social, carinhosa, afetiva, amorosa.... Ok! Sinceramente acabo de perceber que não tenho nenhum tipo de emoções afetivas, mas uma coisa eu tenho, intuição e eu sei que ele definitivamente não me ajudou sem razão alguma.....

No meio da noite, por volta das 4 da manhã, acordo transtornada pelo sonho que tive, um sonho esquisito, onde duas crianças brincavam num jardim muito felizes como se tivessem num mundo só deles e que só se viam um ao outro. No entanto o menino parece confessar o seu amor á menina:

-O amor que sinto por ti é muito mais que meras palavras, muito mais que sentimentos, ele é o chão onde eu acento os pés antes do mundo desabar á minha volta.

Em seguida a mesma acaba por aceitar esse seu amor incondicional, sendo assim, o menino que deu o seu primeiro passo ao confessar-se, dá também o seu segundo beijando a menina.

Decido esquecer o sonho porque como sempre, podia estar a fazer um "filme" onde ninguém me pediu para fazer e resolvo voltar a dormir.

De manhã, levanto-me da cama e começo-me a vestir, preparando-me para a escola.

Depois de pronta, desço as escadas onde vão dar á cozinha, avistando a empregada que para mim considero uma mãe porque apesar de não ser a minha mãe biológica foi ela que esteve comigo nos momentos mais importantes na vida de uma criança que a minha mãe biológica por parte da ciência não esteve, como por exemplo, os meus primeiros passos, as minhas primeiras palavras, os meus primeiros dentes e claro a fase da puberdade.

Ao descer as escadas distraída nos meus pensamentos, tropeço dando o sinal que estou presente na cozinha.

Ela vira-se confirmando a minha presença e diz:

- Bom dia, filha. O pequeno almoço já está pronto.

- ‎Bom dia. Ainda bem estou com uma fome do diabo.

- ‎Hope, não se diz isso á mesa. E qual é a tua idea de andares sempre de preto? Não tens outras cores no armário para explorar?

- ‎Ja é hora de as pessoas aceitarem da maneira que eu me visto. Vocês não tem nada que opinar, sou eu que estou a vestir, é para mim que as pessoas vão olhar, não é para vocês.

- ‎É só a minha opinião....

- ‎Mas ninguém te a pediu!

- ‎Ok... Vamos falar de outra coisa... Dormiste bem???

- ‎Nem me perguntes nada em relação a esta noite. Mesmo tendo o sonho mais esquisito que tive em toda a minha vida, não consegui dormir á pala disso.

- ‎Mas conta lá o que sonhaste pode ser que eu te ajude...

Enquanto comia o pequeno almoço contava lhe o tinha acontecido no sonho, ficando ela com uma cara nostálgica lembrando-se de alguma coisa:

- Quando eres pequena costumavas brincar com um menino...Mas espera os teus pais não te contaram que tu perdeste a memória logo após que esse menino foi embora?

- ‎Eu perdi a memória? E espera lá, qual menino? - foi aí que senti que o sonho que eu tive não foi apenas um simples e esquisito sonho mas sim a realidade por detrás de tudo isto.