Amanheceu como um dia qualquer e para ele nada mudara, tentou sair e ver a rua com tantas pessoas trocando de caras, havia tanta dor latente em seus olhos negros, na sua face de anjo maldito, ele se sentia o Judas e odiava tudo que o oprimia em nome de Deus
Tinha todo o direito de ser maldito, de ver seus dias e sonhos serem corrompidos Era a face tristonha desses tempos frios de gente triste, das alegações de amor fudido
Da porta deu meia volta, recolheu um pouco dos gritos e da revolta, tomou um Gim, um café amargo que não deveria ter fim, respirou fundo e saiu para encarar o dia enquanto respirasse essa seria sua rotina, sorriu pra o jornaleiro, pegou um exemplar de "O APANHADOR NO CAMPO DE CENTEIO" caminhou cabisbaixo para encarar um novo dia.
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O INFERNO DE EXISTIR
Short StoryMemórias e observações de um homem atormentado por fatos da vida e do passado transcreve suas lembranças, raiva e desesperança no amanhã que se anuncia cada vez mais sem brilho.