AMANHACER

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O dia nascia lento naquele manhã fria de setembro, antes de abrir os olhos sentiu o aroma do café que sua mãe fazia, na verdade não acordou porque não tinha pregado os olhos a noite toda com a mente e o coração em luta não conseguiu dormir, leu tantos trechos de livros, sorria, parava, refletia, as vezes escrevia, criava tons sobre tantas cores, sobre suas dores, improváveis e tão lindos amores, era um pandemônio de possibilidades e emoções absurdas
Madrugada que se fazia fria, por vezes chorava enquanto escrevia, fazia tanto tempo que não ficava assim, que não expulsava dela tantas coisas em formas de palavras que se transformavam freneticamente em versos, sua tempestade só se acalmou quando sentiu o aroma embriagante do café de Dona Antônia, o semblante sereno de sua mãe com o copo do café fumegante Por alguns minutos fez ela sorrir.

O INFERNO DE EXISTIROnde histórias criam vida. Descubra agora