Capítulo 1 - Parte 4

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— Margareth! Amor

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— Margareth! Amor... querida! — Disse Jones, ficando de joelhos, chorando. Estendeu a mão para tentar pegá-la, em vão — Eu te amo... — Virou-se para ele o homem, era mais alto e mais bonito que Jones. Olhos penetrantes e um sorriso debochado estampado de um lado ao outro de seu rosto, segurou a mão de Margareth e beijou-lhe a testa. A abraçou de lado. Margareth não o olhava, sequer virava o rosto para ele — Margareth... você é minha mulher, sem você eu não vivo!

— Sua mulher? Como assim, sua mulher? Ela nunca foi sua... mas, veja pelo lado bom, agora, eu posso dar a ela quantos filhos quiser. — A imagem masculina ria do pobre coitado que se arrastava de joelhos — Coisa que você nunca fez... Jones.

— Margareth! Por favor... Margareth! — Gritou Jones, caindo no chão, se sentindo fraco e sem vontade de viver. Ele passou a terra lamacenta pelo rosto e corpo.

Margareth finalmente virou. Não tinha olhos ou nariz. Apenas um enorme vazio e a boca, que sorria de forma debochada, como se gozasse da cara de Jones.

— Oh querido... — a voz dela era fria como o inverno — eu teria te amado se você não fosse tão... você... eu tenho repulsa de você, Jones... — Margareth esbanjava nojo — e a sua incapacidade de me dar filhos me dá ódio! Apodreça no inferno... querido.

Naquele momento, Jones viu sua esposa indo embora junto com aquele outro homem. Sumindo entre as plantações. Logo, uma mão tocou seu ombro direito, ele ergueu o rosto e viu uma mulher. Muito bonita, com cabelos longos, lisos pele meio avermelhada. Nariz fino e lábios grossos. Olhos escuros, negros. Roupas cerimoniais, uma túnica longa, que arrastava pelo chão e estava ficando sujo de lama na barra. Um rosto sereno e um sorriso de oportunista.

— Não chore, meu menino esperto, pois eu te ajudarei. — Ela estendeu a mão pra ele e continuou sorrindo — Você merece mais...

— Quem é você? — Perguntou aturdido.

— Tereza. Eu sou a Bruxa das Profundezas... Tereza. — Sorriu, tocando o rosto dele — E você, é o Deep. O meu campeão, o elo mais forte.

Jones levantou e ficou frente a frente com Tereza. Notou que o cenário havia mudado. Agora estavam num enorme salão, escuro, feito de pedras pretas, chão de uma substância transparente, e ainda assim escurecida, diamantina escura. Pilares esculpidos com pedras negras em quatro cantos e cinco fazendo uma forma circular no meio do salão. Tinha uma única tocha em cada parede e o fogo era muito fraco, baixo, deixando o lugar ainda mais sombrio do que parecia ser. No centro do círculo formado pelos pilares havia uma grande formação rochosa, começava estreita e com várias rachaduras e conforme ia crescendo, as rachaduras se tornavam superficiais. Tinha o tamanho de um corpo humano grande. Muitos símbolos foram desenhados sobre a parte reta com algumas irregularidades. Jones não entendia nada, mas os símbolos ele conhecia. Eram símbolos de sacrifício satânicos, de bruxaria negra. Magia maldita. Ele deu um passo atrás. Tereza parecia querer desaparecer como uma névoa, a imagem falhava ou era a visão de Jones que estava embaçada.

JACK - Livro Um [COMPLETA]Onde histórias criam vida. Descubra agora