Capítulo 10 - Parte 5

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Margareth tremeu dos pés a cabeça ao ouvir o tom de voz alterado de seu marido que antes era tão calmo e tão sereno

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Margareth tremeu dos pés a cabeça ao ouvir o tom de voz alterado de seu marido que antes era tão calmo e tão sereno. Ela não sabia e nem conseguia explicar ou pensar em uma explicação plausível para o que lhe acontecia quando via aquele maldito homem chamado Raphael, capitão de Santa Maria. Ela sentia medo de Jones pela primeira vez na vida e era um sentimento que não queria sentir nunca mais, pois a culpa que a martirizava já era mais do que o suficiente.

— Amor... — Ela caiu de joelhos aos pés dele, o encarando, sentia as lágrimas quentes escorrerem de seu rosto como nunca — Perdoa-me! — Margareth segurou as pernas de Jones, encostando a testa no joelho do mesmo, esperando uma palavra vir, nem que fosse de ódio.

Jones pegou sua esposa do chão, a segurando pelos braços e a sacudiu, a jogando no chão quando ela tentou continuar com seu pedido de desculpas, que para Jones, era mais do que falso e ineficaz naquelas circunstâncias.

— PERDOAR? — Ele gritou, irritado — ACHA QUE DEVERIA TE PERDOAR POR ME TRAIR EM MINHA PRÓPRIA CASA? — Ela tentou segurar a mão dele, mas recebeu mais uma tapa, dessa vez, caindo no chão e não mais levantando, apoiando-se em seus antebraços para não ficar com o rosto no assoalho frio — Você... Margareth... como foste capaz de pisar no único homem que te amou e te salvou tantas vezes daquilo que tu chamava de pai?

Margareth encarava Jones, o via, agora, como um carrasco e não mais como seu marido. Ela não ousou erguer-se do chão mais uma vez, porém ainda pensava em uma forma de obter perdão, ficando em silêncio e parando de tentar se defender, ela entendia agora que era culpada, sabia de seu erro fatal, mas existia uma razão, inúmeras... contudo nenhuma dessas razões era plausível para Jones. Um homem cético jamais acreditaria em bruxaria mesmo tendo presenciado a mesma tantas vezes.

Jones, por outro lado, já abria o guarda roupas e começava a tirar as coisas de Margareth, jogando tudo sobre ela, arremessando os objetos para todos os lados, quebrando os perfumes e os cremes que tinha dado de presente a ela durante o pouco tempo que precisaram para se restabelecerem de volta nos Campos de Vérnia. Quando terminou de esvaziar o armário, prateleiras, gavetas e até cômodas onde haviam os pertences da mulher, foi até ela mais uma vez, a erguendo do chão com violência e a jogando contra a parede mais próxima.

— Jones... — A bela mulher tentou pedir para que parasse, mas fechou seus olhos e se encolheu, com medo de apanhar mais.

— SAIA DESSE QUARTO! LEVE SUAS COISAS PARA BEM LONGE DAQUI! — Ele abriu a porta, a colocando para fora com empurrões — SE QUER SER UMA PUTA, MERETRIZ, ASSIM SERÁ, MAS NÃO NA MINHA CASA!

— Leonardo, querido, eu... — Margareth tentou falar, mas o marido começou a enxotar os pertences dela de dentro do quarto, em seguida fechando a porta e trancando Margareth para o lado de fora.

Margareth só conseguia ouvir os xingamentos, gritos de ódio e o barulho de coisas sendo arremessadas e quebradas conta as paredes e o chão. No momento seguinte, sangue escorreu pelas pernas de Margareth e ela caiu no chão, sentindo uma dor inebriante no baixo ventre, que sugava suas forças.

As empregadas que foram ver o que aconteceu no quarto, querendo saber se Margareth ainda estava viva após tanto estardalhaço, foram as mesmas que acudiram a senhora da casa, levando-a para um quarto do outro lado daquele mesmo andar. A mais velha, que já tinha tido filhos, sabia que o sangue não era do período menstrual da senhora e sim de outro tipo de período, que durava mais mais do que cinco ou sete dias.

Margareth recebeu um remédio caseiro para a dor que sentia e sangrou ainda mais. Alguns pedaços também vieram junto com o sangue. E as empregadas se entreolhavam conturbadas, tentando não evidenciarem a preocupação e o medo pela senhoria da casa.

— Margareth, senhora... — A mais velha, após a patroa estar deitada e limpa, segurou sua mão para lhe dar a notícia.

— Diga... — Margareth falou lentamente, como se não estivesse ali.

— Perdeste o filho que carregava no ventre, senhora. — A mais velha segurou mais firme a mão de Margareth, a fim de confortá-la — Lamento. — A empregada levantou, fazendo uma reverência e saiu do quarto junto com as demais, deixando Margareth sozinha para sofrer em paz.

— Filho? — Margareth começou a lagrimar ainda mais, começando a entender o que tinha acontecido de verdade — Eu perdi meu filho...

— Filho? — Margareth começou a lagrimar ainda mais, começando a entender o que tinha acontecido de verdade — Eu perdi meu filho

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Uma última observação: O livro será dividido em três partes por seu tamanho exorbitante, tanto aqui quanto no momento de publicação oficial (2k e bolinha), portanto, este será o último capítulo. Daqui mais ou menos um ano, iniciaremos os trabalhos novamente em um livro novo, com direito a capa e sinopse novos! Até lá! Beijokas!

JACK - Livro Um [COMPLETA]Onde histórias criam vida. Descubra agora