Henrique: Me desculpe Leandra.
Leandra: NÃO ME CHAME ASSIM ME OUVIU? NUNCA MAIS!!
Ela gritou saindo do carro batendo a porta, pegou o primeiro táxi que viu e entrou, eles estavam em algum estacionamento qualquer, pois Leandra queria saber logo toda a verdade e não podia esperar mais.
Henrique apenas observou para ver onde ela ia mas não a seguiu, baixou a cabeça no volante e ficou ali arrependido, e pensando em Eugênia.
Ela não iria perdoa-lo nunca!
Ele respirou fundo e deu partida no carro indo para a empresa, ligou para Eugênia pelo viva voz do carro, para avisar que já tinha deixado Dalila na escola e para saber como estavam as coisas, se Leandra tinha chegado e se Eugênia já odiava ele.
Tinha muito medo disso acontecer, sabia que estava muito próximo esse momento.
Eugenia: Amor, você tem certeza que está bem?
Ela estava sentada em sua mesa.
Eugênia era uma grande advogada, e gostava de trabalhar para mulheres, defendia com unhas e dentes os direitos delas como mães, esposas, ou em caso de divórcio e violências de todo tipo, fosse sexual, física ou psicológica.
Algumas vezes ao ano, ela dedicava um pouco de seu tempo e suas habilidades para ajudar algumas famílias de forma gratuita, com doações ou até mesmo com seu serviço de advogada.
Henrique tinha orgulho da mulher que tinha escolhido como esposa, a conheceu quando uma de suas sócias da empresa tinha contratado os serviços de Eugênia para dar entrada no divórcio difícil que ela estava passando, o marido a perseguia, não queria assinar a papelada e dificultava a divisão da guarda do filho ainda pequeno.
Eles se conheceram nos corredores da grande empresa de vendas e compras de ações que Henrique tinha herdado do pai, junto a Otávio.
Eugênia conhecia Otávio bem antes de conhecer Henrique, chegaram a ter um breve "relacionamento", mas Eugênia não se sentia confortável com algumas atitudes possessivas de Otávio, então, preferiu não levar adiante, e no processo de divórcio da sócia de Henrique, ela conheceu o grande amor de sua vida.
E todas essas lembranças atordoavam Henrique, doía o fato de que a partir daquele dia, ele viveria só dessas bonitas lembranças desses longos anos em que estava casado com a única mulher que ele amou na vida, com a única que ele pôde contar, confiar, e com quem formou uma família e essa mulher aceitou com o coração cheio de amor a ele e ao pequeno Mário.
Que ela ama como se fosse dela.
Ainda a caminho da empresa, ele mordia os lábios nervoso enquanto umas lágrimas molhavam seu rosto e seus lábios.
Eugênia: Amor? Está aí? Henrique, responde!
Henrique: Eu... eu, Estou bem minha vida.
Eugênia: O que aconteceu? Você está tão estranho.
Ele apertou os olhos e parou o carro no sinal fechado.
Respirou fundo afrouxando um pouco a gravata que o sufocava e a respondeu com a voz cortada.
Henrique: Eu só estou preocupado meu amor, não é nada demais.
Eugênia: Com o quê? Algum problema com nossos filhos? O Mário aprontou de novo?
Ela se levantou já tensa.
Henrique: Não, não é nada com nossos filhos, mais tarde irei na escola do Ricardo para resolver aquela questão dele, tudo bem?
Eugênia: Tudo bem amor, me dê notícias então.
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Memórias de Amores - TDA
Chick-LitEla, perdida na profundidade de sua memória vazia, a quase um ano não se lembrava de nada nem ninguém, depois de uma grande tragédia em sua vida perfeita... Ele um "viúvo" amargurado e desiludido da ideia do amor e da felicidade... "Preciso saber qu...