Uns meses atrás em uma praça...
Eugênia e Henrique caminhavam de mãos dadas em uma praça, enquanto observavam Dalila brincando com algumas coleguinhas que encontrou, ela ia em todos os brinquedos que tinha por lá, era um lugar lindo, com grama sintética, brinquedos variados, barracas de vendedores com suas mercadorias de doces, salgados, pipocas, bebidas para adultos e crianças... Era um ambiente perfeito para passear em um lindo dia de sol, compraram algodão doce e se sentaram no banco e sempre de olho em Dalila.
Eugênia dava na boca do marido e ele mordia o dedo dela com malícia enquanto a olhava nos olhos.
Henrique: Você está linda hoje, sabia?
Repousou a mão na perna dela que estava uma por cima da outra.
Eugênia sorriu lindamente, amava ouvir os elogios do marido, mesmo sendo repetidas vezes ao dia.
Eugênia: Meu amor, você já me disse isso umas trinta vezes.
Eles riram e deram um selinho.
No meio dos assuntos, eles estavam distraídos por alguns minutos, Henrique contava com orgulho um grande contrato que tinha fechado, mesmo sem o irmão ter autorizado. Eugênia o apoiava em tudo eles tinham uma relação perfeita antes de tudo acontecer. Aquele momento na praça, foi o último que eles tiveram em família e como um casal feliz.
Ali mesmo, em poucos metros de distância, Otávio estava dentro de seu carro preto de luxo, parado em um sinal fechado, observava com nojo, inveja e raiva a felicidade deles e jurou para si mesmo que iria acabar com ela.
E enquanto Eugênia e Henrique estavam se curtindo, Dalila segurava um saco de algodão doce rosinha e conversava com uma mulher que estava sentada no chão, no pé de uma árvore grande.
A mulher estava vestida com uma longa camisola branca, que aparentemente era de um hospital, seu cabelo estava todo enrolado dentro de uma faixa perfeitamente em volta de sua cabeça, ela segurava uma bolsa de soro com alguns tubos pequenos ligados em seu braço.
Dalila: Está com fome moça?
A mulher olhou Dalila e sorriu, estava assustada.
- Um pouco!
Falou rouca.
Dalila: Tome, é docinho do gudão e é bem osinha.
Ela partiu um pedaço e deu a mulher, a mesma pegou e comeu com vontade, fechou os olhos sentindo o pedaço derreter em sua boca, suspirou e olhou a pequena novamente.
Em um só movimento, Henrique puxou Dalila para seu colo, logo olhou para trás buscando Eugênia que chegava ofegante e tocou as costas da filha ao se aproximar.
Eugênia: Por que você saiu do parquinho Dalila? O papai e eu já conversamos com você sobre isso não foi?
Falou dura, porém assustada.
Momentos atrás o coração deles tinham disparados quando não viram Dalila dentro do cercado do parquinho onde estavam as outras crianças.
Dalila: Ela ta com fominha mamãe...
Falou toda chorosa.
Henrique: Se fizer isso de novo vai levar uma surra menina.
Olhou bravo para Dalila.
Eugênia: Calma amor, olha, ela só veio dar de comer a ela.
Eugênia sentiu os olhos arderem com as lágrimas ao olhar aquela mulher ali, ferida, suja e jogada no chão, os pés estavam feridos, parecia que tinha andado a dias sem parar até chegar ali naquela praça.
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Memórias de Amores - TDA
Genç Kız EdebiyatıEla, perdida na profundidade de sua memória vazia, a quase um ano não se lembrava de nada nem ninguém, depois de uma grande tragédia em sua vida perfeita... Ele um "viúvo" amargurado e desiludido da ideia do amor e da felicidade... "Preciso saber qu...