De Volta Para Casa #RevelaçãoMaster2018

Capítulo 1

- Hannah?

- Oi. - Encarei seus olhos cor de chocolate.

- Você nunca vai me esquecer, não é? - sorri.

- Não. Eu prometo não esquecer você se você prometer não me esquecer também.

- Eu prometo. - ficamos em silêncio sentados na grama brincando com um graveto.

- Hannah! - olhei para trás. - Hannah, minha filha. Estamos esperando você.

Não respondi minha mãe por que estava começando a chorar.

- Tchau Hannah, vou sentir sua falta. - o abracei. Ele também estava chorando. - Vamos ser amigos sempre.

- Sempre. - me afastei dele. - Tchau Alex. - deixei um rápido beijo em sua bochecha antes de ir correndo para o carro.

Meu pai ligou o carro e deu a partida. Me soltei do cinto e me ajoelhei no banco do carro olhando pela janela.

Eu não sabia se ele estava lá, más ele estava, parado olhando para o carro chorando e quando me viu começou a correr gritando o meu nome.

Coloquei a mão no vidro do carro e o vi parar de correr antes de minha mãe me prender novamente no cinto.

- Não esquece de mim Alex. - sussurrei para mim mesma enquanto eu me afastava mais r mais da minha casa.

♠

Abro os olhos.

Meu rosto estava molhado como na maioria das vezes em que tive esse sonho, mas nos últimos dias tem piorado muito. Só que especialmente desde que eu descobri que voltaríamos para casa.

Me sentei na cama e sequei minhas lágrimas. Voltaríamos para casa e o dia havia chegado.

Peguei o frasco de remédio do lado da cama, tirei um cumprido e tomei junto com a água que estava do lado.

Me levantei e fui tomar um banho. Demorei um pouco e quando saí coloquei uma camisa, uma calça jeans, um tênis e uma blusa de frio, já que estava um pouco nublado.

Optei por deixar meus cabelos soltos e desci para ver meus pais.

Minha mãe estava terminando de colocar algumas coisas da cozinha em uma caixa, mais parou quando me viu.

- Filha, que bom que acordou. O seu café está no microondas.

Fui até ele e tirei de dentro o meu prato com omelete e bacon.
Peguei um copo de suco de maracujá que ainda estava na geladeira e me sentei no balcão, já que os bancos não estavam mais lá.

- Onde está o papai? - ela parou o que estava fazendo e me olhou.

Uma mecha de seu cabelo preto estava solta, más ela logo a colocou de volta em seu lugar.

Seus cabelos são pretos e anelados, seus olhos verdes eram totalmente o oposto dos meus que eram cor de mel. Meu cabelo já foi anelado, agora ele é liso na raiz e tem cacho nas pontas, a única coisa em que somos parecidas é no formato do nariz, tirando isso eu sou a imagem cuspida e escarrada de meu pai.

- Está colocando algumas caixas dentro do carro.

- Tá, o caminhão já chegou?