Capítulo 24

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Abro os olhos com dificuldade. Meu peito ainda queima e mal consigo enxergar.

Tento levantar minha mão, más meu corpo está tão pesado que não consigo.

Tem alguma coisa no meu rosto. Alguma coisa fria.

Forço minha visão a melhorar e olho ao redor.

Estou no hospital. Mas não o meu hospital.

As paredes brancas do quarto dão uma aparência fria e nada confortável ao lugar.

Um dos aparelhos apita no mesmo momento em que senti uma pontada na cabeça.

Minha visão se encheu de pontos pretos e meu peito queimou mais ainda.

Fechei os olhos.

– Como você está se sentindo?

Suspirei e ajeitei o catéter no meu nariz.

De acordo com os exames, eu não tenho mais capacidade de respirar sozinha, então vou ter que usar um catéter e carregar um cilindro de oxigênio pra todo lugar.

Eu dormir por quase doze horas e meus pais passaram a noite inteira na recepção.

Não sei se o Alex ficou sabendo, e sinceramente, espero que não.

– Eu não sei mãe. – ela levantou uma sobrancelha – Meu peito aida queima um pouco.

– O médico disse que isso vai passar com o tempo. É só até você se acostumar.

Assenti e olhei para minhas mãos.

A aliança que o Alex me deu ainda estava ali, o que era um milagre, já que eles sempre tiravam tudo.

– Você tem visita. – levantei a cabeça rápido.

– Visita? – olhei para minha mãe que sorria maliciosamente – Quem está aí?

– Você vai ver. – ela sorriu abertamente e apertou minha mão antes de se levantar.

Não demorou muito para que a porta se abrisse, revelando a cabeleira escura que eu acariciei noite passada.

– Alex... – ele correu até mim e me abraçou. – Como soube que eu estava aqui?

Ele se afastou e se sentou na minha cama. Seu rosto estava cansado e ele tinha olheiras, como se não dormisse a noite inteira.

– Seus pais avisaram a Manuela o que tinha acontecido e ela me avisou. – ele passou a mão no meu rosto, más se deteve no catéter – Você está bem?

– Estou. – segurei sua mão e a apertei de leve, sentindo sua aliança – Como você está?

– Eu estou bem – ele sorriu – Quem devia estar preocupado aqui era eu e não você.

Sorri.

– Há quanto tempo está aqui?

– Vim ontem assim que a Manu me avisou, más só me deixaram entrar hoje de manhã.

Suspirei.

– Você passou a noite aqui? – ele sorriu sem jeito – Não precisava ter ficado.

Abaixei a cabeça, mas  ele ergueu meu queixo.

– Ei, é claro que precisava. – ele me soltou e se sentou ao meu lado na cama – Eu te amo Hannah, e sempre vou estar ao seu lado.

De Volta Para Casa     #RevelaçãoMaster2018Onde histórias criam vida. Descubra agora