Capítulo 20

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Sabe aquele momento em que você está entre duas pessoas que se encaram como se quisessem pular no pescoço uma da outra? Então.

Michael e Alex estão se encarando a exatos dez minutos, e estou pensando seriamente em prender os dois antes que se ataquem.

– Michael, por que não vamos lá pra fora um pouco? Tenho que lhe mostrar algo. – minha prima o puxou antes mesmo de obter a resposta.

Teria que agradecer depois.

– Alex? – chamei e ele me olhou. – Está tudo bem?

Perguntinha mais caprichada essa a minha, francamente. Mas foi o que me ocorreu.

– Está sim Hannah, só estou um pouco cansado. – assenti e segurei sua mão.

Como sempre ele sorriu e me deu um beijo na bochecha.

Sorri fraco. Há mais ou menos uma hora comecei a me sentir indisposta, mas agora o cançaso está começando a me afetar mais.

Escondi o rosto em seu ombro e sinto seu rosto virar em minha direção.

– Ei... O que foi? – com o polegar ele virou meu rosto para frente, me colocando diante de seus olhos. – O que houve?

Neguei com a cabeça e sorri fraco outra vez.

– Eu também só estou cansada, nada de mais.

Ele assentiu e depositou um beijo no topo da minha testa.

Fechei os olhos novamente voltando a enterrar meu rosto em seu ombro,  mas dessa vez ele se ajeitou no sofá, passando seu braço por trás das minhas costas e deixando que eu apoiasse minha cabeça em seu peito.

Por mais que não fosse minha cama aquele era o lugar que eu mais queria estar naquele momento.

O som de seu coração, as vozes das pessoas a minha volta, sua respiração... Tudo foi ficando cada vez mais longe.

Mesmo estando de olhos fechados a luz do Sol me trouxe de volta. 

Me mexo na cama, e por um momento tenho a sensação de estar sendo observada.

Com um pouco de dificuldade abro os olhos e não encontro ninguém.

Olho em volta e vejo que o motivo da luz entrar no quarto e porque as cortinas estão abertas.

Suspiro e fecho os olhos novamente.

A última coisa que me lembro são as batidas do coração do Alex.

Sinto minhas bochechas ficando quentes só de pensar na possibilidade de que ele tenha me trago para o quarto.

Não. Meu pai não permitiria... Ou será que sim?

Ainda de olhos fechados, cubro o rosto com as mãos.

Minha cabeça lateja como se estivesse acordando depois de uma noite bêbada e acordasse com ressaca.

Sinto um leve peso extra sob meu corpo e antes que eu abro os olhos, algo como uma lixa molhada passa em meu rosto.

Me sento rapidamente assustada, empurrando acidentalmente um filhotinho de cachorro que caí sentado nos pés da cama.

Levo uma das mãos ao coração, assustada.

De Volta Para Casa     #RevelaçãoMaster2018Onde histórias criam vida. Descubra agora