Capítulo 16

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O cheiro de pipoca e algodão doce entrava em minhas narinas, fazendo com que mais uma vez, eu tivesse a sensação de voltar no tempo.

- Qual você escolhe? - perguntou o homem da barraca, apontando para os alvos há minha frente.

- O do meio. - ele assentiu e deu licença.

Mirei e atirei.

Acertei de primeira e quase gritei por ter co seguido, já que minha mira era péssima.

- Parabéns! - me parabenizou Alex. O abracei apertado e ele retribuiu. - Sua mira é bem melhor que a minha.

- Nem sempre. - nos afastamos e coloquei uma mecha minha de cabelo atrás da orelha. - Na verdade, essa foi a primeira vez.

Ele sorriu e eu também.

- Aqui menina. - peguei meu prêmio com o homem da barraca e agradeci.

Ele era um lindo urso grande. O abracei e voltamos a andar pelo parque.

Era o mesmo parque onde a mãe dele tirou aquela foto da casa dele, e ele nem percebeu que andávamos em direção a casa dos espelhos.

Até que ele parou, sua respiração pesou e seu olhar congelou no brinquedo há nossa frente.

- Alex? - ele não me olhou. - Podemos ir em outro lugar...

- Não precisa Hannah. - ele me olhou e sorriu forçado. - Aliás, não tenho medo de espelhos.

Sorri forçado e segurei sua mão.

Alex

Desde que eu tinha voltado não fui ao parque ou a nenhum lugar que me lembrasse do meu passado.

Por isso não fui a nenhum lugar que eu costumava ir com a Hannah e agora que isso mudou tenho medo de voltar a ficar daquela maneira.

A Hannah não sabe o que aconteceu com a minha mãe e acho que é melhor assim, pelo menos ela não me julgaria.

A única que sabia era a Keith, más faz tanto tempo que nem sei se ela ainda se lembra. Espero que não.

Ela segurou minha mão e entramos na casa.

Menti quando disse que não tinha medo de espelhos. Eles mostram o que os outros não podem ver e sinceramente tenho muito medo de ver.

Entramos na casa e não olhei para os lados, apenas para frente.

Acho que ela pensou que era porque me lembrava minha mãe, o que em parte era verdade.

Mas do que eu estava reclamando? A ideia de vir aqui foi minha, eu tinha mais é que aguentar e parar de reclamar.

Sinti seu olhar sobre mim quando saímos e durante todo o percurso.

Coloquei um sorriso na cara e me virei para ela quando parou, mas ela estava com os olhos fechados e respirando pesadamente.

Desfiz o sorriso e andei rápido até ela.

- Hannah, você está bem? - ela assentiu mas continuou com os olhos fechados. A levei até um banco próximo e a coloquei lá. - O que você comeu?

- Nada. - ela me olhou, seus olhos cor de mel... Não era pra isso! Balancei a cabeca e voltei minha atenção para ela. - Só o café da manhã e não faz muito tempo.

Era verdade, não fazia muito tempo que ela tinha comido algo.

Ainda com os olhos abertos ela tombou para o lado e eu a amparei.

- Você está tão mal acostumada assim? - brinquei com a intenção de fazê-lá rir e consegui. - Espere aqui, vou trazer sua bolsa.

Ela segurou minha mão mas soltei com um sorriso, a deixando lá.

Fui até o meu carro e peguei a bolsa dela, junto com um comprimido para dor de cabeca e tontura.

Assim que eu me virei dei de cara com meu primo parado a alguns metros de mim. Uma menina segurava sua mão, ela não devia ter no mínimo dois ou três anos.

Ele me olhou e sorriu fraco mas eu continuei serio.

- Olá primo. - cumprimentou, não o respondi. - Filha, esse é o seu primo.

Arregalei os olhos.

- Filha? - minha voz saiu um pouco rouca.

Ele sorriu e a menininha correu até mim. Me abaixei e a peguei no colo.

- Sim Alex, essa é minha filha. - seus olhos brilharam e não entendi como ele tinha uma filha e quem seria a maluca de ficar com ele.

- Qual o nome dela? - ele sorriu outra vez.

- Hannah. - o olhei espantado.

- Não sabia que tinha uma filha e muito menos que tinha se casado. - acrescentei apos olhar em sua mão. - Quem é a mãe dela?

- Dalila. - levantei as sombrancelhas.

Ela corria atrás do meu primo desde que eu me conheço como gente e me adimira muito ela ter continuado correndo atrás dele depois que ele foi preso.

- Então ela continuou correndo atrás de você? - a menininha agora mexia no meu cabelo.

- Ela foi a única pessoa que ficou do meu lado. - o sorriso desapareceu. - Bolsa bonita.

Estiquei meu pescoço e olhei a bolsa na minha mão, me lembrando da Hannah.

- É da Hannah. - coloquei a menina no chão e disse para que voltasse para o pai. - Tenho ir.

Passei por ele mas senti sua mão no meu braco, me segurando.

- Cuide dela. - senti vontade de socar a cara dele. Quem ele pensa que é para mandar eu cuidar dela? - Ela não merece passar pelo que passou outra vez.

- Agora posso protegê-la, e ninguém irá encostar a mão nela.

Ele me soltou rapidamente e eu voltei a andar.

mais um capítulo. Espero de coração que estejam gostando ^_^

Sei que devo um pedido de desculpas por esse capítulo ter ficado meio fraquinho.
É que os outros estavam escritos a um tempo e essa semana estou um pouco sem inspiração, por conta de uma decepção😔
Más jajá estou melhor.
Tchauzinho

De Volta Para Casa     #RevelaçãoMaster2018Onde histórias criam vida. Descubra agora