Existiam muitos modos de passar o verão e Sasuke, com certeza, não esperava que Konoha fosse o que o aguardava. Tudo bem, vinha se metendo em algumas confusões, mas ser obrigado a passar um tempo com a ex madrasta não estava em seus planos. Muito me...
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Não era exatamente daquele jeito que Sasuke esperava passar o verão.
Dentro do táxi, brincando com o pedaço de papel com o endereço da casa de sua mãe postiça, o moreno ainda se lembrava da carranca do pai e daquele tom decepcionado de quem não sabe mais o que fazer.
"Vai passar um tempo em Konoha com Kushina", ele disse.
E Sasuke não sabia se devia rir ou chorar. Não era que fosse atrás de confusão, mas ele sempre acabava enrolado em situações ruins. A maioria era culpa de Suigetsu, porque o amigo albino era um tremendo arruaceiro, mas não era má pessoa. Só era... Agitado demais. Era comum que ele convencesse a ele, Juugo e Karin a fazer alguma idiotice, mas como poderia abandoná-lo? Parecia sempre tão divertido.
Algumas vezes era, mesmo. Outras nem tanto e sempre acabava encrencado. Mesmo assim, mantinha aquela expressão austera e impassível, como se nada o alcançasse. Era um dom herdado do pai e do irmão. Aquilo, no entanto, só o fazia parecer mais culpado e menos arrependido de todas as coisas que vinha fazendo naquele último ano, na visão de Fugaku.
Mesmo assim, Sasuke não achou que o pai o mandaria pra longe. Caramba, foi falar com a ex mulher sobre aquelas besteiras. O garoto não podia acreditar. Seu pai não parecia disposto a voltar atrás com a decisão, mesmo que Sasuke tenha demorado até o último segundo pra fazer as malas. Tentou recorrer a Itachi, porque sabia que o irmão era apegado a si tanto quanto ele próprio se sentia em relação ao mais velho, mas mesmo ele parecia decepcionado com as confusões que o mais novo vinha aprontando.
Foi com um suspiro resignado que deixou o táxi, porque estava cansado da carranca que exibia na despedida e durante quase todo o caminho até ali. Já estava em Konoha, já não tinha pra onde correr nem por quem gritar socorro. Teria que se acostumar a essa nova realidade.
Puxou duas malas grandes e uma menor do porta-malas e parou na calçada, olhando a fachada da casa. Era um laranja clarinho, com alguns acabamentos brancos ao redor das janelas do primeiro e segundo andar. A porta de madeira escura foi aberta num rompante e Sasuke tentou se preparar para o que viria em seguida.
Não adiantou muita coisa.
Kushina praticamente correu ao encontro do Uchiha, agarrando-lhe os ombros num abraço apertado. Sasuke ergueu uma das mãos, tentando afrouxar o aperto em seu pescoço, mas aquela mulher era forte. Sim, ele sabia disso. Ainda se lembrava muito bem.
— Ah, meu amor – a ruiva finalmente se afastou um pouco, com as duas mãos sobre os ombros do rapaz – Você está tão grande. Tão bonito.
Sasuke ergueu um pouco os cantos da boca num sorriso contido. Podia estar realmente chateado com o alvoroço causado pelo pai, mas não podia negar sentir falta do carinho de Kushina.