Existiam muitos modos de passar o verão e Sasuke, com certeza, não esperava que Konoha fosse o que o aguardava. Tudo bem, vinha se metendo em algumas confusões, mas ser obrigado a passar um tempo com a ex madrasta não estava em seus planos. Muito me...
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Era normal que num dia de folga, Kushina quisesse ficar em casa.
No entanto, não conseguia tal coisa depois da noite anterior. Decidiu ligar para Tsunade e seguir para a casa da loira durante a tarde, notando que Naruto não havia descido para tomar café antes de sair. Gaara mandou uma mensagem para a ruiva pouco tempo depois, avisando que o filho estava lá. Provavelmente, foi um pedido do próprio Naruto para não preocupá-la, mas ainda sem vontade de falar com ela.
A Senju não se importou com a visita, ainda recebendo alguma ajuda com doações feitas para a creche no fim do ano. Conversaram pouco até que Tsunade decidiu fazer um pouco de chá e serví-las. Os olhos azuis de Kushina pareciam ter perdido algo no chão, já que ela estava com a cabeça baixa desde que chegara e a voz alta junto ao sorriso também não estava presente.
Certo que já havia alguns meses que os sorrisos da Uzumaki não estavam mais do mesmo jeito, mas aquele estado de espírito era, certamente, mais assustador.
— O que houve agora? - a loira perguntou, tomando um pouco de chá.
Fez uma careta antes de se abaixar e abrir a porta do armário tirando de lá uma garrafa de saquê.
— Hum? - a ruiva perguntou, perdida.
Os pensamentos ainda estavam longe, lembrando-se da conversa na noite anterior.
— O que houve com você, criança? - perguntou de novo a Senju.
Kushina suspirou, movendo a xícara entre os dedos.
— Discuti com Naruto ontem à noite.
Tsunade observou a mulher mais jovem morder o lábio e, a notar que ela não sabia como continuar, tomou um gole da bebida alcoólica antes de dizer.
— Estava demorando até que um de vocês explodisse.
Kushina ergueu o olhar para a mais velha.
— Como?
— Vocês dois têm o sangue quente Uzumaki correndo nas veias. Estão agindo feito dois moribundos há meses. Era óbvio que em algum momento iriam explodir com as coisas entaladas na garganta.
— Ele gritou comigo – a ruiva apertou a xícara – Em qualquer outro momento eu teria arrancado aqueles dentinhos dele, mas...
— Mas... - outro gole.
Tsunade podia jurar que sabia a resposta.
— Eu não sei mais o que pensar.
A Senju alisou o próprio braço antes de procurar o isqueiro e os cigarros no bolso das roupas. Estava preparada para ouvir Kushina porque durante todos aqueles meses, ela apenas guardou o que sentia pra si, esperando até que tudo ficasse bem outra vez.