A Frieza da Poderosa

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Eu nem acredito que esse filho da puta tá de volta depois de tanto tempo, depois de tudo... Vem tantas coisas na cabeça, tantas lembranças boas e ruins, tantas ilusões que caíram sobre a minha cabeça e me deram a maior rasteira que eu nunca pensei em tomar na vida. Você não entendeu foi nada, né? Já é, vou explicar bem do começo! Quando eu tinha 17 anos, mesmo sendo nova, eu trabalhava como balconista em uma escola de artes, pra ajudar na renda de casa e comprar as minhas coisas. Foi lá que eu conheci ele, Naruto. Eu não sabia nada dele quase, só sabia que ele tinha 19 anos e era aluno do curso de desenho, aliás ele é um ótimo desenhista e cartunista, não vou negar, mas sobrenome, de onde vinha, essas coisas, eu não sabia nada, eu só queria saber que eu gostava dele e pensava que ele gostava de mim também, ó a iludida que eu era. Nós começamos a namorar, toda semana ele me dava uma flor, todo dia era aquele chamego, tá ligado? Ele dizia que me amava e eu acreditava, era burra pra caralho. Nisso de eu acreditar nele, eu mentia pro meu pai, dizia que ia dormir na casa de uma amiga e ia dormir num quartinho que ele tinha alugado no bairro, nisso, eu, idiota, acabei dando pra ele, achava que era o homem da minha vida, que ele era diferente, especial, esses melaço todo, foi ai que eu fodi, em todos os sentidos da palavra, mas pelo menos o sexo era bom. Se bem que muitos dos problemas que eu tenho hoje teriam sido evitados se eu tivesse mandado ele usar uma camisinha, mas é como eu falei, eu era burra, burra demais pra trepar sem camisinha, sem remédio e ainda deixei o filho da puta gozar dentro. Foi tipo jogar roleta russa com 5 bala no tambor. Eu ja esperava que se rolasse de eu engravidar meu pai ia me jogar na rua, ele fez isso com a Hanabi, a minha irmã de 14 anos, só não bateu nela porque o namorado dela, o Kono, não deixou, só pegou ela e as coisas dela e levou pra longe, imagina o que não ia fazer comigo, que ja tinha 17 anos na cara? Eu só não esperava que o cara que no dia anterior tava sorrindo pra mim, beijando a minha barriga e dizendo que tava feliz que ia ter um moleque ia sumir. Ainda me lembro daquele dia horrível, o início da minha desgraca.

"Quando eu contei pro meu pai, eu mal acabei de falar a frase "papai, eu to gravida" e ele já deu na minha cara, sinto a quentura no rosto até hoje.
— Já não bastava aquela putinha, você também foi se embrenhar na cama de qualquer macho folgado! - até aí eu ainda não sabia da real sobre o Naruto, ainda defendi.
— O Naruto vai assumir, papai, eu falei com ele ontem... - eu realmente achava isso, iludida!
— Eu não quero saber, eu não tenho filha puta! Vai ser marmita de vagabundo na rua! - ele me agarrou pelos cabelos e tacou pra fora, com uma bolsa que eu já tinha feito. - Já tava preparada né, vagabunda, você e a putinha da Hanabi são iguais à puta da sua mãe! - isso me magoou. Minha mãe morreu num acidente, quando tava fugindo da cidade... Com o meu tio! Depois disso o papai se tornou muito rígido com a gente, dizia que já não bastava ser corno dentro de casa, não queria "filhote de quenga em casa", sobrou até pro meu primo, o Neji, que mesmo sem culpa de nada foi pra rua, mas se não me engano ele foi adotado rápido por um casal de vizinhos. Eu chorei bastante, uma vizinha me ajudou a levantar, me deu um prato de comida e algum dinheiro, dizendo que torcia que desse tudo certo pra mim e o meu bebê, mas que algo dizia a ela que com o pai do bebê nada ia sair bem. Eu fiquei com muito medo do que ela falou, na hora senti um arrepio na espinha, peguei o telefone rápido pra carvalho, nunca liguei tão rápido na vida pra alguém.
— Naruto, eu preciso falar com o Naruto... - eu liguei pra ele e só dava caixa postal, o coração foi ficando cada vez mais acelerado, eu sentia cada vez mais desespero e vontade de chorar. Quando atenderam: - Naruto...
— Não ligue nunca mais para o meu filho, você não passa de uma vagabunda interesseira! - esse era o pai do Naruto, que eu só fui saber quem era depois. Já tava escurecendo, por sorte eu sabia de uma casa abandonada onde eu ia poder dormir, mas nesse dia eu não dormi, eu só chorei, chorei como nunca mais vou chorar de novo."

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