Capítulo 8

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Nicolas narrando:

Depois que a outra lá foi embora de casa, Júlia ficou no meu ouvido falando que era minha culpa.

O problema é que as pessoas acham que uma tranza é muita coisa, dou valor a isso não, mas nem foi só uma tranza pô.

Mas também não foi amor.

Amo nem a mim mesmo direito imagine os outros.

Depois de almoçar na pensão ficamos batendo um lero lá enquanto eu irritava a Luana.

Quando eu ouvi os fogos lá olhei pra Bruno e depois pra Luana que comia calmamente batata frita enquanto todo mundo tava louco querendo se proteger, até a amiga dela, é doida mesmo.

Eu, Bruno e uns vapores que tavam lá saímos correndo pra luta mandei fechar a pensão e fiz uma oração rápida e partiu luta.

Meus pensamentos foram parar na Júlia, fui matando os vermes azul e fui subindo pra casa, quando cheguei bati na porta toque secreto e ela fez o dela,suspirei aliviado e ela falou " Fica bem, te amo." Respondi qualquer coisa e continuei a matar os verme.

Fui descendo pra um beco até ver um corpo conhecido, tu tá zoando comigo né?

Luana narrando:

Quando todo mundo começou a correr até a Cams, eu fiquei lá comendo minha batata calmamente, me diz como essas pessoas moram na favela e tem medo de invasão?

Na verdade eu sempre gostei de armas, Bruno me ensinou a atirar depois de eu pedir muito, depois que eles saíram eu ouvi um grito de uma criança,sem pensar duas vezes sai correndo escutando gritos da Camila e outros vapores.

Olhei pro lado e era invasão dos azul,peguei a arma de um deles que tava no chão e recarreguei, fui seguindo o choro até entrar em um beco, quando eu vi era um menino que aparentava ter uns 3 anos chorando, cheguei perto dele e peguei na mão dele que se assustou,pedi pra ele fazer silêncio e peguei ele no colo.

Nicolas: Luana? - Sussurrou olhando pra mim, quando eu olhei pra trás vi um policial com a arma apontada pra ele,não pensei duas vezes e atirei pegando em cheio na cabeça dele.

Ele me olhou assustado e o menino me abraçou e começou a  chorar no meu colo.

Ouvi os fogos e dei graças a Deus, fim da invasão, sai sem olhar pra trás e fui indo pra casa com cautela,as vezes ainda tinha uns vermes vivo.

Cheguei em casa bem e agradeci mentalmente, coloquei o menino no chão que me olhava assustado.

Lua: Tudo bem? Eu não vou te fazer mal, prometo.- Ele olhou pra mim e estendeu o dedo mindinho.

Entrelacei nossos dedos e sorri.

Leo: Meu nome é Leonardo, e o seu? -Ele sorri amigavelmente.

Lua:Luana,mas me chama de Lua.

Leo: Igual a Lua lá de cima?

Lua:Sim- sorri. - Vamos tomar banho pra comer, to com fome e você?

Leo: Também - Sorri e peguei a mão do mesmo subindo as escadas.

Antes fui no quarto no Bruno e peguei uma blusa, ficava enorme nele mas era o quê tinha.

Dei banho nele e ajeitei ele, ele me disse que o pai dele morreu nessa invasão,por isso ele tava sozinho, disse também que não tinha mais ninguém.

Ele tinha 5 anos mas tinha mais mentalidade que eu.

Desci as escadas com ele no meu colo conversando com o mesmo gargalhando muito, quando eu olhei pra frente pensei que era uma rebelião.

O Dono Do Morro ( EM REVISÃO/ MUDANÇAS)Onde histórias criam vida. Descubra agora