Acordei assustada, assim que eu abri os olhos me arrependi pela claridade que invadiu a sala.
Lua:Eu não morri.- Sussurrei de olhos fechados.
Bruno: Lua? - A voz de dele ecoou pela sala
Abri os olhos devagar, assim que me acostumei com a luz abri os olhos visualizando meu amigo/irmão.
Bruno: Vou chamar o tiozinho,calma.- Ele saiu.
Eu sentia uma dor absurda na minha barriga, mas a dor maior ainda era no coração.
Fechei os olhos respirando fundo, passei a mão no cabelo e comecei a chorar
Lua:Vai demorar tanto a crescer.- Me lamentei.
Logo o médico e o Bruno entraram no quarto, Bruno veio pra o meu lado segurando a mão minha mão.
Med: Como se sente?
Lua:Com dor,muita dor na barriga.- Coloquei a mão aonde doía.
Med: É porque você quase teve um aborto espontâneo, vai doer mas já já passa.- Parei de prestar atenção quando ele falou a palavra " Aborto."
Lua: Como assim aborto? - Bruno me ajudou a sentar na cama.
Médico:Não sabia que está grávida?
Pera, eu grávida? De novo? Me lembrei do meu sonho, da Júlia daquela menininha, agora tudo faz sentido.
Neguei com a cabeça.
Médico: Pois sim, a senhora está de 3 meses de gestação,bem próximo de completar o 4.
Neguei com a cabeça colocando a mão na boca, não era possível, ei grávida de uma pessoa que queria me matar?
Médico: Vou deixar vocês a sós, o soro vai fazer a dor passar.
Assim que ele saiu olhei pra Bruno que me olhava sério,abracei ele e comecei a chorar.
Bruno: O que tu vai fazer agora?
Milhares de coisas se passaram pela minha cabeça, desde ir até o Nk e contar pra ele até o aborto. Depois de um tempo achei a solução.
Lua: Vou sair daqui.-Ele me olhou.- Minha mãe tem casas espalhados por ai, ela disse que tudo era meu também.
Bruno: Você não pode, ele é o pai Luana,tem o direito.
Lua:Ah ele é o pai.-Sorri irônica.-Você não escutou? Eu quase tive um aborto espontâneo,por culpa do pai dessa criança.
As lágrimas desceram sem permissão.
Bruno: E o Kauã?
Lua: Eu dou um jeito de pegar ele. Eu só preciso sair daqui.- Ele rolou os olhos.
Bruno: Vou resolver isso pra tu.- Sorri fraco.
[...]
Kauã: Vamos andar nisso mamãe? - Apontou para o avião.
Lua:Sim meu amor.- Ele sorriu feliz.
Ele voltou a brincar com seu carrinho e eu olhei para todas aquelas pessoas me olhando com cara de choro, revirei os olhos.
Cams: Você não quer ficar mesmo? - Neguei.
Lua: Eu preciso de um tempo pra mim gente, eu preciso de um tempo só nosso.- Apontei para Kauã e minha barriga.- Eu já disse, será só alguns meses, vocês sempre podem ir lá me ver.
Camila se jogou no meu colo me abraçando, drama queen.
Escutei o meu vôo sendo chamado e olhei novamente pra todos sorrindo.
Lua: Bruno,espero que quando eu voltar você já esteja com umas pretendentes pra eu escolher uma.-Abracei ele.- Espero que você cuida bem dessa piranha, que quando eu voltar tenho mais um gurizinho pra essa família.- Abracei Caio.- Não vou fala com você porque você vou ver sempre.- Falei pra minha mãe.- Não fica triste, sempre vou estar presente meu anjo.- Abracei Camila que chorava.
Cams: Amo você demais peixe.- Meu vôo foi chamado mais uma vez.
Lua: Espero vocês lá, nem que seja só nas datas comemorativas.
Kauã: Eu vou trazer muitoos presentes pra você titia.
Depois do Kauã falar com todos e eu me despedir mais uma vez seguimos para o embarque.
Não,não é o fim! Sei que a minha história está apenas começando, sei que se for pra ser vai ser.
Se for pra ser não importa se eu me mudar de cidade ou de país, não importa se eu mudar meu nome ou pintar meu cabelo, se for pra ser vai ser.
Não adianta fugir, tudo tem seu tempo. Vou aproveitar o máximo meus filhos, vou me aproveitar o máximo.
Não importa quantas bocas eu beije, quantas pessoas eu namore, se eu me casar,não importa.
Estava escrito, ou melhor, tinha que acontecer.
Maktub!
{Segunda temporada já disponível, yeah! 💜}
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O Dono Do Morro ( EM REVISÃO/ MUDANÇAS)
RomanceLuana Ferraz, é uma garota de 17 anos que mora com seu tio no morro da Rocinha, e desde cedo vem sendo abusada como forma de "pagamento". Cansada de viver em meio disso, ela decide falar com a única pessoa que pode ajuda-lá, o dono do morro, vulgo...