Capítulo 30

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Nicolas narrando

Essa história tá ficando calma demais!

Tem algo muito errado nisso, eu preciso descobrir.

Já se passaram 7 meses e os aliado do Jh não atacaram, nem uma invasão mandaram.

Mó neurose isso, tão querendo me endoidar, apesar de tudo eu preciso manter a calma e deixar isso o mais longe da minha família.

Tava na laje botando o balão pra subir olhando a vista que o meu morro tinha, apesar do sol quente muitos crias jogando bola, outros indo pra escola, umas tiazinhas varrendo a porta de casa e assim vai.

Minha coroa deveria está orgulhosa de mim, apesar das minhas escolhas nunca levantei a mão pra uma mulher de respeito.

Diferente do meu pai, que era drogado e bêbado. Sempre que chegava em casa ia bater na minha mãe, eu tinha uns 13 anos, sabia que se eu tentasse impedir ia sobrar pra mim.

O verme bateu tanto na coroa que ela nem andar conseguia, e daí ele começou a querer dinheiro pra beber e fumar, e quem trabalhava era minha mãe lá.

Ele me obrigou a começar a participar dos corres do morro, comecei como vaporzinho qualquer mas fui subindo, nos progressos.

Quando fiz meus 15 anos ele me bateu, no dia do meu aniversário, por mim não ter conseguido grana, depois de me bater ele foi pra cima da minha mãe, bateu nela até ela morrer, ele matou ela na minha frente.

Meu sangue ferveu na hora, peguei a arma que eu tinha ganhado do Largato, antigo dono do morro e fui pra cima dele, ele me chamou de fraco covarde e disse que eu não conseguiria.

Flashback on

-Você não vai conseguir, você é um fraco, um ninguém. - Falou rindo com deboche

-Eu não sou fraco, fraco é você, seu covarde.- Atirei em seu pé

-Você vai morrer garoto, igual a vadia da sua mãe.- Olhei pra minha mãe morta no chão e algumas lágrimas escaparam.

-Eu tenho ódio de você.- Dito isso e atirei na sua cabeça.

Sem temor nenhum, ele matou a minha coroa, a minha base tá ligado? Esse é o proceder!

Flashback off

Bruno: Qual foi irmão, tá viajando aí.- Chegou sentando do meu lado.

Nicolas: Precisamos pegar os aliados do Jh de supresa.

Bruno: Pô deixa quieto irmão, deixa eles colar, nós somos mais fortes pô.- Olhei pra ele de relance e me calei.

Fiquei rodando meu olhos até que eles pararam na pracinha, Luana conversando com VT rindo, meus sangue ferveu na hora.

Peguei meu celular e liguei pra ela.

Lua: Oi amor.- saiu de perto do VT

Nicolas: Tu ta aonde Luana? .- Perguntei grosso

Lua: Vim na praça com o Kauã, aconteceu alguma coisa ?

Nicolas: Tu tá com quem ? .- Nesse momento Camila chegou pegando Kauã no carrinho.

Lua:Tava conversando com o Vinicius, esperando a Cams.- Explicou.

Nicolas: Beleza, tô de olho. Vacila não.

Continuei observando eles, VT saiu de perto e passei o raidinho pra ele colar na boca, fiz o toque com o Bruno e sai tragando um cigarro em direção a boca.

Vinicius: Qual foi chefe ? .- Perguntou entrando na salinha.

Nicolas: Vou mandar o papo retão tá ligado? Não quero tu de conversa com minha mulher beleza? Se eu pegar tu prepara a cova.-  Falei normalmente.

Vinicius: Suave.- Soltou um riso debochado.

Nicolas: Rala - Apontei pra porta.

Ele saiu sorrindo e eu estranhei,doido pra levar pipoco.
Continuei ali separando as drogas e olhando o caderno das contas, depois de tudo feito fui conferir o arsenal das armas e fui colocar os corres do baile em dia.

Quando deu 16h terminei tudo, deixei a boca no comando do Jacaré e fui andando pra casa, passei pela casa da Júlia e me bateu uma saudades da porra dela, não tinha coragem de entrar ali.

Deixei uma lágrima solitária rolar mas logo me recompus,continuei caminhando pra casa com a cara fechada, assim que coloquei os pés pra dentro de casa vi uma cena que me deu um ódio do caralho.

Nicolas: QUE CARALHO É ESSE AQUI PORRA ? .- Ela olhou assustada pra mim e ele nem se moveu.

Nicolas: Qual foi ? Tá me tirando pô? Minha favela caralho.- Ela me olhou com medo e ele me olhou com ódio.

O Dono Do Morro ( EM REVISÃO/ MUDANÇAS)Onde histórias criam vida. Descubra agora