capítulo 19

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Luana narrando

Corri pro banheiro colocando o almoço pra foram, lavei minha boca e escovei o dentes e me olhei no espelho me perguntando o quê era que estava acontecendo comigo, peguei uma pastilha de menta e coloquei na boca, peguei meu celular e minha arma colando na cintura.

Sim, eu ganhei uma arma do Polegar, depois daquele dia ele sempre me chama pra matar x9,piranha e coisas assim.

Fui pra pensão andando mesmo,quando cheguei lá sentei no colo do meu moreno e beijei ele.

Karol: Ieieie infiel.- Chegou lá cantando com suas amiguinhas.

Lua: Nossa felicidade incomoda muita gente nego.- Nós sorrimos e nos beijamos de novo.

Karol: Felicidade de pobre dura pouco.- Atentou mais uma vez.

Lua: Ainda bem que sou pobre no dinheiro, mas muito rica em amor! Diferente de você né, atentanda?

Ela me encarou com nojo e eu continuei beijando Nicolas ignorando todos ali, ficamos trocando idéia e logo ouvimos fogos.

A muito tempo não acontecia invasão, Nicolas me olhou e logo entendi, Karol nos olhou com cara de deboche e eu logo estranhei, corri com Nicolas pra boca atirando, era o morro rival, o jacarezinho.

Nicolas: Você precisa ficar aqui.- Falou enquanto vestia o colete e pegava as armas, neguei com a cabeça.

Lua: Não Nicolas, me deixa ir por favor. - implorei já chorando.

Nicolas: Ô nega, complica não.- Passou a mão na cabeça.- Fica bem certo? Me promete que vai ficar bem Luana.

Lua: Eu vou tentar.

Nicolas: Você vai conseguir.- Me deu um beijo rápido e foi saindo.

Lua: Nicolas.- Ele olhou pra trás.- Eu amo você.

Corri até ele beijando novamente, ele saiu e eu tranquei a porta e me sentei chorando, arrumei forças e fui até os coletes colocando um debaixo da blusa, peguei mais uma pistola e coloquei na cintura, por precaução.

Me sentei ali nervosa balançando a perna,logo ouvi alguém tentando abri a porta.

-Abre essa porra,nós tem que pegar a fiel dele caralho.- Dei um pulo do sofá e peguei uma Ak.47 e corri pra trás da porta, agradeço aos meninos que sempre me treinaram.

Quando a porta se abriu vi três pessoas ali, atirei nos três na cabeça e continuei atrás da porta, quando vi que não tinha mais ninguém sai da salinha, sabia que era errado mas algo pedia pra mim ir.

Fui encostando nos becos e logo ouvi gritos, eu reconheço esses gritos de longe, encostei na parede com o coração na mão e o cú trancado, beirei a parede e pude ver o Nicolas,Bruno e mais 1 vapor de joelhos no chão enquanto armas estavam apontadas pra eles.

Parei pra pensar, olhei pra todo lado e não via nada, até que olhei para meu lado esquerdo e vi um muro que dá pra uma laje, agradeci a Deus e pulei aquele muro com um esforço enorme.

Fui agachada até ter visão deles de frente para os meninos, a favela rival tava de costas, Nicolas foi o primeiro a me olhar e eu pedi silêncio e pra disfarçar.

-Cadê a puta da tua fiel caralho? - Perguntou um deles chutando um balde de lixo.

Nicolas: Não sei .- o mesmo cara foi até ele e deu um chute na cara dele.

Tinha 5 caras do outro morro, até eu armava um esquema melhor, comecei a atirar, atirei em 4 deixando apenas o quê bateu em Nicolas vivo, ele correu até Nicolas e segurou ele apontando a arma.

-Se eu morrer, ele morre também. - Pensei um pouco e desci da laje correndo.

Lua: Solta ele, tu me quer não é?- Levantei a arma em forma de rendição e ele focou em mim.

-Solta essa arma princesa.- Olhei pra os meninos que negaram com a cabeça, eu larguei e ele me olhou com certo brilho no olho.

Lua: Pronto, solta ele.- fui me aproximando com as mãos em forma de rendição.

Ele deu um chute no Nicolas que caiu de joelhos e gemeu de dor.

-Vem até aqui e me beija, agora.- Olhei pra ele com nojo mas disfarcei.

Nicolas: NÃO LUANA.- Foi se levantar mas levou outro chute, tentei ser forte e não chorar mais.

Fui até ele com nojo e parei na frente dele, ele me puxou com agressividade colando nossas bocas ainda com a arma apontanda pra Nicolas,levei minha mão até a cintura e levei pra cabeça dele.

Ele abriu os olhos assustado, atirei sem dar tempo dele pensar e ele caiu de joelhos,senti os peso nas minhas pernas e eu quase cair no chão, mas fui segurada por Bruno. Abracei ele e comecei a chorar baixinho.

Sai dos braços dele e quando olhei pra mim frente vi quem eu menos queria ver, o Pedro, vi que ele ia atirar e corri pra frente do Nicolas.

Pedro: LUANA - Gritou assim que atirou, Bruno pegou a arma e apontou disparando nos seus joelhos.

Bati a cabeça no chão e fiquei um pouco inconsciente.

Nicolas: PORRA LUANA, TU COLOCOU A PORRA COLETE ERRADO.- Gritou e eu sorri fraco.

Senti alguém me pegando nos braços e minha visão ficando turva...

O Dono Do Morro ( EM REVISÃO/ MUDANÇAS)Onde histórias criam vida. Descubra agora