Capítulo 12

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Pedro: Vai Lua, vamos, vai ser legal.

Me virei pro outro lado me cobrindo.

Lua: Me deixa cobra.

Pedro: Se você for, eu compro o quê você quiser, fini, chocolates. Tudo.

Olhei pra ele e revirei os olhos, me levantei e ele me abraçou,chorei baixinho em seu ombro e ele fez carinho no meu cabelo.

Desde que o Leo foi embora minha felicidade foi junto,não saio do quarto mais, não durmo, não como direito e a única pessoa que consegue me fazer ter forças pra levantar de manhã é o Pedro.

Vou pra banheiro e tomo um banho demorado,saio e vou pra o closet, pego uma blusa de manga longa preta e uma calça leggin preta, pego meu tênis preto também e passo perfume,pego meu celular e desço igual uma tartaruga.

Nicolas,Bruno,Pedro, Júlia e Camila estavam aqui, olhei pra eles e revirei os olhos e fui em direção ao Pedro.

Lua: Vamos logo, por favor.

Camila me encarou e começou a falar.

Cams: Isso,esquece a melhor amiga aqui, troca ela, não fala mais com ela não, porquê quando você estiver precisando a trouxa não vai tá mais aqui, não precisa me perguntar se eu tô bem.

Lua:Sério isso Camila? Me falaram uma vez que ser melhor amiga é cuidar uma da outra, é ficar do lado e apoiar mesmo com dificuldades,é sorrir juntas e chorar também, mas me diz ai melhor, quantas vezes você foi lá no quarto pra perguntar se eu tava bem? Quantas vezes você me ofereceu um abraço? Diz aí,que eu saiba as únicas pessoas que se importaram comigo indo todo dia perguntar se eu tava bem,se eu precisava de algo foi o Bruno, Pedro e por incrível que pareça o Nicolas, mesmo eu dando patadas, pedindo pra eles saírem eles permaneceram. Então me desculpa não perguntar se você estava bem.

Ela ia abrir a boca pra falar mas calou, o celular do Pedro tocou e ele foi atender lá fora, Júlia e Camila saíram logo em seguida e eu me sentei no sofá me aconchegando nos braços de Nicolas e colocando minhas pernas no colo do Bruno.

Nicolas: O quê te faria feliz agora?

Olhei pra ele e pra Bruno e sorri sem mostrar os dentes.

Lua: Vocês deixarem eu participar dos corre.

Eles se olharam e depois olharam pra mim.

Bruno: Beleza.

Arqueei a sobrancelha e os olhei.

Lua: Vocês não podem me iludir.

Cruzei os braços e fiz bico,eles se olharam de novo.

Nicolas: Queremos você feliz.

Bruno: Já tem quase 2 meses que você não sai do quarto,sabe que dia é amanhã?

Nego.

Bruno: Dia 22 de dezembro Lua.

Peguei meu celular e olhei a data, realmente tinha passado muito tempo no quarto, como assim amanhã era meu aniversário e eu nem sabia?

Pedro: Lua, minha irmã ligou e disse que a minha mãe tá passando mal, preciso ir, desculpa. Deixa pra próxima.

Ele falou entrando na sala pegando a chave do carro e a carteira que tava encima da mesa, ele não deu tempo pra mim responder e já foi saindo, olhei pra os meninos que deram os ombros.

Lua: Vamos queridos.

Eles me olharam estranhos.

Nicolas: Pra onde louca?

Lua: Comprar as coisas para a minha pequena festa de 18, coisas pro natal e ano novo, eu preciso me distrair.

Eles se levantaram e deram um sorriso, revirei os olhos e fomos pro carro, Nicolas passou na boca pra olhar como tudo tava e seguimos pra um mercadinho.

Comprei muita bebida e muito salgadinhos e doces, fomos pra uma Padaria e pegamos um bolo de chocolate com morangos e muitos brigadeiros, depois fomos em uma loja de roupa, comprei um vestido cinza com uma listra branca dos lados pra minha festa, pro natal uma blusa vermelha quase vinho com um short jeans branco e pro ano novo um vestido branco.

Bruno pagou tudo e disse que era meu presente e Nicolas disse que meu presente está próximo,não entendi mas segui o baile.

Passamos em frente a uma joelheira e fiquei olhando os anéis enquanto os meninos olhavam os relógios.

Nicolas: Gostei desse.

Pegou um relógio da invicta, era lindo, ele me viu olhando os anéis e chegou perto de mim.

Nicolas: Escolhe um ai.

Olhei pra ele neguei, ele revirou os olhos deu o dedo, Bruno pegou um e fomos pro caixa pagar.

Quando chegamos lá,tinha uma mulher que aparentava ter uns 39 anos, ela olhou pros meninos e depois me olhou, ficou pálida e começou a vim em minha direção,permaneci imóvel enquanto ela se aproximava.

- Lu...Luana? - ia passar a mão no meu rosto mas eu desviei.

Lua:Quem és tu?

-Sua mãe.- Sussurrou baixinho enquanto me analisava. - Você cresceu.

Lua: Não pô,diminui.- Revirei os olhos - Minha mãe morreu pra mim, acho que uma pessoa que abandona a filha não merece o título de mãe.

Sai de perto dela e fui pra perto dos meninos que encaravam tudo aquilo calado,eles deixaram o dinheiro e fomos saindo dali.

-Sei que você nasceu amanhã, e que eu era muita nova pra cuidar de você, que seu pai morreu e me deixou sozinha, todo mês eu deposito dinheiro na sua conta, eu...

Ela ia continuar mas eu interrompi.

Lua: Quer fazer teatro de mãe agora? Faz mas faz sozinha, quando precisei de você, você não estava comigo, se você acha que o dinheiro irá substituir a falta que você me fez eu só te digo pra sentar e esperar. Passar bem.

O Dono Do Morro ( EM REVISÃO/ MUDANÇAS)Onde histórias criam vida. Descubra agora