Capítulo 35

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Acordo deitado em uma maca, meus olhos doem com a claridade da lâmpada sobre meu rosto. Olho para o lado, minha mãe está sentada, com o olhar vidrado, distante.

- Mãe... - falo com voz rouca.

Ela corre ao meu encontro.

- Judy - ela chora muito - desculpa, desculpa....eu fui uma idiota, burra, te coloquei em perigo...ah droga se algo tivesse acontecido...se algo pior tivesse acontecido...desculpa.

Ela chora sem parar em cima de mim, seu cabelos compridos estão esparramados sobre a cama. Olho pelo vidro que dá pra fora do quarto. Elle e Alissa estão encostadas na parede. Não vejo Renny. Lucas está lá, olhando para dentro do quarto....um leve sorriso surge em seus lábios, mas logo desaparecem, assim que Ren surge. Uma enfermeira alta e loira entra no quarto.

- Senhora Angelica Kent?

- Sim, sou eu - fala minha mãe.

- Me acompanhe uma minuto, precisamos que assine uma papelada e um policial à aguarda lá fora.

- Eu não vou deixar meu filho sozinho, nunca mais - ela me aperta.

- Mãe - falo - pode ir, eu estou bem e protegido.

Ela me olha suplicante, mas saí com a enfermeira.

Elle, Alissa, Renny e Lucas entram no quarto.

- Por que não contou pra gente? - a Alis é direta.

- Eu não...não sabia como...

- Você não confia na gente, droga? - ela está alterada - você sabe como eu ia ficar se aquele desgraçado fizesse algo...pior do que fez com você? Não somos suas amigas? A gente poderia ter te ajudado cara!

Ela fala isso, balança a cabeça e saí.

- Não liga Judy - fala a Elle - ela só ficou morta de preocupada de novo e com razão, ficou com medo de você morrer.

- Naquele momento, morrer seria o melhor.

- Nunca mais fale isso - resmunga o Lucas.

Eu o olho, ainda não trocou de roupas.

- Quanto tempo em dormi?

- Você apagou desde ontem - fala o Renny.

Lucas não foi embora, ele esteve o tempo todo aqui.

- Lucas? - falo.

- Oi...

- Vá pra casa descansar...você nem tomou banho ainda.

- Eu não...

- Por favor, vá.

Ele me pede com os olhos....se aproxima da minha cama, aperta minha mão de leve e beija minha testa, saindo em seguida.

Continuo conversando no modo automático com minha amiga e meu namorado. Mas minha cabeça está no Lucas e no que ele fez, se não tivesse ido lá...eu...eu nem quero pensar. Minha mãe volta.

- Filho, amanhã você recebe alta.

A Força do Amor - LIVRO 1 (Romance Gay)- CONCLUÍDO Onde histórias criam vida. Descubra agora