Prólogo

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                         Prólogo

A criatura de pele delicadamente verde e minúsculos olhos negros, movia-se com dificuldade sobre a alta relva do chão da floresta. Por alguns instantes apoiou sua cabeça arredondada contra o tronco de uma velha árvore tentando recuperar o fôlego, seus cabelos brancos agora banhados por seu sangue, eram como pétalas de rosas. Sobre o corpo magro, vestia uma túnica vermelha com uma flor amarela bordada na altura do peito. Estava gravemente ferido, mas não teria tempo para tratar suas feridas, caçado como um animal selvagem precisava continuar em frente. Por um segundo buscou apoio em alguns galhos de uma árvore para não cair, tentava reencontrar as forças. A dor era aguda, e ele sabia, seu ferimento era fatal.

Trazia nos braços um embrulho que segurava firme contra o corpo, de fato era algo tão importante que escolheu sacrificar sua vida por ele.

Respirou fundo e tomando impulso, caminhou por mais alguns metros, a visão de uma estrada lhe trouxe alivio e ansiedade, agora faltava pouco, só precisava chegar até a cerca que marcava o limite da floresta, e então sua jornada estaria completa.

Observou cauteloso alguns pássaros assustados levantarem voou de uma árvore, o chão atrás dele tremia ao ritmo da marcha de seus perseguidores.

Ouviu um zunido passar ao lado de sua cabeça, correu, mas não veloz o bastante, havia chegado ao limite, já não aguentava mais fugir. Sentiu um impacto como uma ferroada, e em seguida uma dor excruciante, uma flecha havia transpassado seu peito.

Sua visão escureceu, sua vida estava no fim, mas não antes de arremessar o fardo que carregava para o outro lado da cerca.

Ele sabia que seus perseguidores não poderiam ir além do limite da floresta, o futuro do seu povo estava lançado.

Á criatura fechou os olhos e deu seu último suspiro, uma brisa suave tocou o seu corpo, que após um brilho intenso tornou-se uma linda flor branca.

As seis criaturas corpulentas que o perseguiam aproximaram da flor urrando de raiva, amaldiçoando aos quatro ventos o ser que havia dado a vida pelo embrulho.

Uma delas tocou teimosamente a cerca tentando alcançar o pacote, mas caiu ali mesmo se contorcendo, e teve uma morte terrivelmente dolorosa e angustiante, que fez com que os outros se afastassem de medo, não queriam ter o mesmo fim.

- Maldito Floríndio! - Praguejou uma das criaturas, esmagando a flor com o pé.

- Devemos contar para o mestre? - Grunhiu o outro.

- Ficou louco? Ele mataria todos nós - esbravejou o que havia esmagado a flor.

- Esperar... Vamos esperar, até que algum nascido do ventre traga a caixa para nós. - Disse o mais forte entre eles, enquanto voltavam para o interior da floresta, até desaparecerem por completo.

E não viram, pois não poderiam ver mesmo se quisessem aquele momento, aquele exato momento em que aquele embrulho fora envolvido por pura magia, e como se nunca tivesse existido, desapareceu. E tudo que desaparece de algum lugar, reaparece em outro.



As Crônicas de Gaillardia As Crianças, o Unicórnio e o Bruxo (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora