O reencontro

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~*~

Pov Ana

Destranco a porta e abro.

- Saudades de mim Anastácia? - Ri de forma cínica na minha direção.

- Você!? - Exclamo extremamente surpresa em vê la ali.

- Você não acreditou que eu iria deixa los em paz realmente, não é mesmo?! - Começa a caminhar em minha direção devagar, enquanto recuo de mesmo modo.

- O que você quer? - Pergunto tentando parecer o mais desinibida possível.

Kate passa pela porta, e empurra a mesma com a ponta do salto vermelho de bico fino.

- Vim reivindicar o que é meu! - Anda a passos largos e bato com as costas na parede que divide a sala da cozinha.

- Muita presunção sua achar que tem algo aqui que te pertença! - Digo com o pouco de coragem que me domina.

Ela fica a uma pequena distância de mim, e ergue sua mão de encontro ao meu queixo. Aperta o me forçando a olha la.

- Ah tem, tem sim! - Aponta com a outra mão pra um quadro que sustenta uma foto minha e de Christian na mesinha de centro da sala. - Ele me pertence! - Faz movimentos circulares com o dedo indicador. - Essa vida me pertence! - Seu rosto começa a ficar vermelho conforme seu tom de voz vai subindo.

Começo a ficar nervosa, temendo pela vida da minha filha em primeiro lugar. Nunca desejei tanto que...

- Ana... Que diabos tá acontecendo aqui? - Christian fala abrindo a porta,  e correndo pra onde estamos.

Katherine rapidamente solta meu rosto, e olha pro pai da minha filha se fazendo de pobre coitada.

- Ela me ofendeu, e estava apenas pondo a em seu devido lugar. - Diz tentando livrar sua pele, mas sei que essa história não colou pra Christian, pois o mesmo fecha os olhos e começa a respirar fundo e descompassado, trincando a mandíbula diversas vezes.

- Vou te dar exatos 10 minutos pra sair daqui por bem, caso contrário, juro que não respondo por mim!- Fala quase gritando, e posso notar que sua ex noiva engole em seco com suas palavras.

- Nossa conversa ainda não acabou! - Ainda tem coragem de dizer olhando fixamente pra mim, e sai desfilando ate a porta.

- Se você chegar perto de Anastácia mais uma vez... - Christian começa a falar e Kate para com a mão na maçaneta.

- Você ainda não entendeu não é príncipe?! - Pergunta se virando um pouco e sorri. - Se você não é meu, não será de mais ninguém. E tudo que me impedir de conseguir o que quero, eu vou tirar da jogada. - Abre a porta e passa apenas metade do corpo. - Custe o que custar! - Ainda tem a ousadia de soltar um beijinho no ar e sai.

Respiro fundo, e passo as mãos em minha barriga tentando tranquilizar a pequena dentro de mim.

Fecho os olhos, e toda a tensão deixa meu corpo em forma de lágrimas.

Sinto braços envolvendo meu corpo, e um beijo sendo deixado em minha testa.

- Desculpa te deixar aqui sozinha pequena, nem sei te dizer como ela conseguiu burlar a segurança e Taylor, mas juro que vou descobrir e cabeças vão rolar. - Diz se abaixando um pouco pra erguer meu corpo, e me leva pro nosso quarto.

Me coloca na cama, e afofa o travesseiro para que me encoste nele. Se senta ao meu lado, e inclina um pouco para beijar minha barriga.

Nossa filha vai se acalmando, e começo a me acalmar.

Abro os olhos embaçados pelo recente choro, e vejo Christian deitado sob meu ventre. Ergo a mão e faço carinho em seus cabelos.

Volto a fechar os olhos, e sem perceber, caio num sono...

...

Acordo com carinhos em meu cabelo, e beijos da bochecha vindo em direção a boca.

- Você precisa comer princesa! - Diz com uma voz calma, empurrando pra mim uma bandeja cheia de comida. - Sorrio e me estico um pouco na cama, sentando em seguida.

- Como foi na casa do seus pais? - Pergunto tomando um gole do suco de laranja, e pegando um pedaço da maça. - Ele respira fundo.

- Tenso, mas foi necessário pra manter o que nos faz mal longe. A última coisa que você precisa é stress.- Sorri de canto de boca e sei que quer mudar de assunto.

Olho pra janela, e noto que já anoiteceu.

- Que horas são? - Pergunto desnorteada.

- Quase meia noite! - Cuspo todo o suco que tinha recém colocado na boca.

- Não acredito que dormi tanto! - Limpo a boca e ele esta gargalhando enquanto tenta se enchugar do banho que acabei de lhe da. - Desculpa amor! - Peço rindo e ele sorri largo, engatinhando ao meu encontro.

- Simplesmente amo quando me chama assim - Diz manhoso e me da um selinho. Olha no relógio, e volta a me olhar. - Hoje você faz oficialmente 7 meses. - Passa a mão por minha barriga.

- E isso quer dizer que devemos começar a agilizar cha de fraldas, quarto, book...- Só paro de falar quando noto que ele me observa todo bobo.

- Que foi? - Pergunto sem jeito.

- Simplesmente, não acredito que tenho essa vida com você! - Sorri largamente e ofereço um ainda maior de volta. - E não se preocupe, a madrinha louca que você convidou já tem tudo sob controle! - Rimos e continuamos a conversar sobre tudo relacionado a nossa filha, ate o sono chegar novamente.

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