Cha da pequena Grey

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Estamos perto de descobrir o nome da filha deles... Já tem palpites?

Estou demorando um pouco, por conta da correria mas faço o possível pra postar com a máxima frequência.

Até mais!💞

~*~
Pov Ana


Descemos as escadas de mãos dadas e já podemos ver de longe a casa cheia.

Optamos por algo mais casual, sem exagero.

Christian mantém no rosto um sorriso lindo, que seria capaz de iluminar essa festa inteira sozinho.

Mia nos vê de longe e vem saltitante dentro de um vestido rosa um pouco curto ate, mas que não chega a ser vulgar.

- A princesa da titia tá animada pra conhecer aqui fora? - Nem me cumprimenta e já se agacha na altura da minha barriga.

O chute de resposta é intenso que chega a doer, me fazendo respirar fundo.

- Não deixe minha filha elétrica Mia, coitada de Ana. - Christian repreende a irmã que se levanta.

- Perdão cunhada! - Me da um beijo estralado na bochecha. - Gostou da decoração? Esse dai fez questão do rosa! - Aponta pro irmão rindo.

- Claro que sim, minha bonequinha vai viver cercada de rosa. - Passa a mão pela minha barriga e nossa filha se mantém calminha.
Ele tem esse dom, de acalma lá sem precisar dizer nada.

Olho toda a casa cercada de balões, ursos e enfeites na tonalidade rosa, e só consigo pensar na minha filha vestida de Penélope charmosa.
Começo a rir do pensamento.

- Feliz meu amor? - Christian pergunta me tirando de meus devaneios.
- Você não imagina o quanto! - Ele me da apenas um selinho, e deixa um beijo em minha barriga.

Começamos a andar pela festa, cumprimentando a todos e agradecendo pela presença.

Não faz muito tempo que a festa começou, e a parte reservada aos presentes já está lotada. E olha, que os convidados são apenas familiares de Christian e seus colegas de empresa.

Me entristece saber que meus pais não poderam estar aqui nesse dia tão especial da minha vida

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Me entristece saber que meus pais não poderam estar aqui nesse dia tão especial da minha vida. Assim como não puderam em tantos outros...

Contar isso a Christian, a alguns dias atrás foi libertador, e tirou um grande peso do meu coração.


Flashback on

Virava de um lado a outro da cama, como dava, sem conseguir dormir.

Mais cedo, fui a uma loja comprar algumas roupas pro enxoval da minha pequena, quando vi uma cena que me deixou balançada: Um jovem garota grávida, sendo abraçada por um casal mais velho. Provavelmente seus pais ou sogros.

Aquilo me chamou atenção de uma forma que me deixou bastante balançada.
Voltei pra casa com aquilo na cabeça, talvez imaginando se fosse eu ali, com meus pais.

Após tomar um longo banho e comer, deitei na cama e fiquei olhando pro teto até Christian chegar.

Ele fez carinho em minha redonda barriga por um tempo, conversou um pouco com a filha e então o cansaço lhe venceu. Fiquei passando meus dedos por seus cabelos, mais minha cabeça estava naquele cena de horas antes.

Ligo a luz do abajur e respiro profundamente.
Permaneço de lado na cama, e choro baixinho, lembrando de quando era pequena.

Sinto um braço envolver minha cintura.

- O que você tem amor? - Pergunta preocupado, levantando a cabeça pra me olhar por cima do ombro.

- To sensível demais a algumas lembranças. - Minha voz sai embargada e baixa.

Ele me vira com cuidado, e me ajeito sentando na cama.

- E quer me contar do que se trata? - Sua mão vem pro meu rosto, e seu polegar limpa um lágrima antes que ela caia.

Ele é meu porto seguro, sem duvida. E sei que preciso contar tudo da minha vida pra ele, principalmente se pretendo ser a futura senhora Grey.

- Meus pais. - Os mencionar faz meus olhos encherem de água e a coragem de abrir a boca se esvai por alguns minutos.

Christian se aproxima mais de mim e me abraçado da maneira que a barriga deixa.

- Não precisa contar se não quiser amor. - Diz suavemente e fecho meus olhos.

Sei que preciso!

- Tá tudo bem! - Afirmo tomando um quantidade grande de ar. - Sou filha única, como deve imaginar e sempre fui bastante paparicada pelos meus pais. Quando já estava com meus 16 anos, comecei a ficar revoltada com a super proteção deles, e passei a me trancar com grande frequência no quarto, só saindo de lá quando eles já tinham ido pro trabalho. Meu pai Raymond era duro na queda, como o bom policial que era e fazia de tudo pra me proteger a todo custo. Já minha mãe, Carla era mais tranquila, deixando claro a boa enfermeira que era. Foram inúmeras as tentavas deles de me pôr na linha, e eu não queria. Na noite que antecedia meu aniversário de 17 anos, sai escondida pra uma festa com as amigas pra curtir. Meu pai rastreou meu celular, e veio atrás de mim com minha mãe debaixo de uma chuva forte. - O choro começa a ficar intenso e tento manter a calma pra continuar.- Ele perdeu o controle do carro enquanto tentava acompanhar o pontinho vermelho na tela indicando onde eu estava. O carro capotou várias vezes antes de cair num penhasco, já que nessa época morávamos numa cidadezinha mais afastada da Geórgia. Sai da festa no meio da madrugada, e estava no caminho de volta quando vi o acidente, meu coração se comprimiu e não sabia explicar por quê. Descemos do carro apenas por curiosidade e fomos olhar. Cheguei no momento exato em que tentavam salvar a vida da minha mãe. Corri pro seu lado e fiquei chorando sem parar, e ela só teve tempo de dizer que me amava num sussurro antes de morrer. - Os soluços já acompanham minha palavras e não consigo continuar.

- Oh meu amor, calma, calma.- Ele pede afagando meus cabelos e beijando minha cabeça. - Você era jovem e inconsequente e hoje é uma mulher forte que, tenho certeza que eles amam e admiram muito lá de cima. - Abraço ele forte agradecendo em gestos por existir.

- Não vi meu pai ate o dia do enterro dos dois. Estava desolada e sem chão e assim permaneci por dias. Fiquei com minha avó Lucinda, que também já morreu ate eu completar meus 18 anos e tomar as rédeas da minha vida. Desde minha avo me deixou quando eu tinha 20 anos, não tenho mais ninguém no mundo e venho me virando sozinha desde então. - Respiro já sentindo um alivio no meu peito por compartilhar isso com ele.

- Você venceu com as dificuldades e tenho muito orgulho de você! - Segura meu rosto entre as mãos e olha fundo nos meus olhos antes de me dá um beijo quente.

Flashback off

Limpo o canto dos olhos das possíveis lágrimas e sorrio ao sentir uma sensação boa no coração. Vejo Carrick indo na direção de Christian e Mia com um grande sorriso no rosto, sendo acompanhado por Elliot, que tem me servido quase que de guarda costas. Não dando tanta felicidade assim a Christian, que ainda tem um certo receio com ele.

A única que não pisou aqui foi Grace e isso ate me alivia um pouco, assim mantém a víbora de Katherine também longe daqui e da minha família.

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