XIII

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[Adrian]

A semana se passou e Regina já estava bem melhor, seu rosto era angelical, até lembrava um pouco a cantora americana Beyoncé, risos. Eu entrei no quarto pela última vez, para não voltar e conversar com ela, sobre a estadia na minha casa depois que saíssemos de lá, então, ela relutou um pouco, pois falei que morava sozinha, ela sentiu muito medo, pois estava com medo de perdê-la e acontecer algo de mal com ela então mesmo que ela confiasse em mim, ela estava com medo. Eu havia proposto algo para ela, que todos os segredos fossem contados e verdadeiros, com provas, então comecei dizendo que era policial, ela se sentiu com mais medo ainda, pois não queria ser presa, disse que tinha um cachorro, e provei aquilo, com uma foto mostrada no celular ela sorriu fraco mas deu para ganhar um pouco, mas em troca eu nem sabia o nome dela, então foi a primeira coisa que quis comprovar um início de uma amizade...

[Regina] "Meu nome é Regina, Walls."

Eu gostei do nome e confessei que era muito bonito o nome dela. Ela sorriu um pouco tímida, mas sorriu, menos mal. Eu entendia o que se passava na cabeça dela, era uma mistura de medo, pavor, de ser abusada novamente, então tive que usar minha cabeça para que ela se sentisse à vontade comigo e falar, conversar... Se passaram mais dois dias e o doutor Simone deu um comunicado à ela, dizendo que ela iria sair do hospital naquele dia, o semblante dela caiu na mesma hora, pois ela estava se sentia segura lá, mas tentei conversar com ela, mesmo que ela não me respondesse com palavras, mas o olhar dizia tudo. Pensei que ela estaria sem roupa alguma, e pedi que uma das enfermeiras que cuidava dela, pudesse emprestar uma roupa até nós sairmos de lá, para eu comprar. Regina ficou muito relutante até que prometi que ela poderia me matar se eu tentasse algo com ela, dei minha palavra!!

Concordando, aliviei minha tensão, e saímos do hospital, peguei os remédios, e entramos no carro, na porta de saída, pois o perigo era maior dela sair pela porta principal e algum criminoso que tinha ligações com o Álvaro, o El Terror, pudesse passar informações e reconhecê-la. Colocando-a no carro, dei a volta, e liguei a chave na ignição, onde íamos para casa, ficava um pouco longe do hospital, mas seguimos viagem. Tentei puxar assunto com ela, falando sobre ela, mas resposta nenhuma vinha, ela estava bem encolhida, com medo, mas repetia muitas vezes que não precisava daquilo, que estava segura comigo e uma resposta surpreendente veio:

[Regina] "Como posso confiar que você é um homem bom?" (Olhando friamente para Adrian)

[Adrian] "Se eu quisesse já teria matado ou feito algo mais pervertido desde o momento que saíssemos daquele hospital. Como posso provar algo para você? (Adrian olha para as roupas que estavam largas em Regina e ri estranhamente.) E outra, você está muito engraçada com essa roupa... risos."

Surpreendentemente ela riu junto comigo, acredito que aquela hora,ela não precisava de prova alguma. O riso me convenceu. Seguimos viagem e chegamos na minha casa, e durante a viagem ela havia escutado tudo o que eu expliquei ao delegado. Ela estava agora segura que eu a protegeria. Abri a porta da minha casa, Peppe estava solto pela casa, eu abro a deixando entrar primeiro apresentando a casa, quando Peppe veio em sua direção a cheirando e ela não estranhou ou sentiu medo algum nele, isso comprovava que ela seria bem vinda naquela casa, então ela começou a acariciar o nosso mascote, que já estava bem velho. Soltei dizendo para ficar à vontade em casa, que era a casa dela também, eu deixei os remédios dela em cima da minha cama, bagunçada, já que tenho uma alma desorganizada na vida.

Sentada no sofá comportadamente, pedi pra que ela fosse ao quarto ao meu encontro, ela me encontrou pelo som da minha voz, que ficou na porta e ainda com medo, compreensível, então apresentei o quarto dela, onde ela iria ficar, então ela disse um 'obrigada' tão baixo que nem tinha a ouvido. Então disse 'de nada' e me levantei da cama, falando que estava com fome, que iria fazer algo para comermos, eu passei ela pela porta e nos olhamos uns quatro segundos, seriamente, e logo após fui para a cozinha enquanto ela ficou na sala fazendo companhia pro Peppe. Então uns minutos se passaram, e estávamos lá na mesa da cozinha 'atacando' a comida que tinha feito, não falamos nada, e simplesmente comemos, já eram 14:00 horas e após o almoço, sentei na sala para falar algumas coisas com ela.

[Adrian] "Então, primeiro de tudo quero te dar boas vindas por que esta é a sua nova casa, e o Peppe pelo visto está muito feliz também por tê-la aqui em nosso lar. Mas quero que você saiba que teremos duas regras: a primeira, é que você não sairá desta casa, não porque quero te ter para mim, okay? (Ela balança a cabeça positivamente) e segundo, qualquer mas qualquer coisa mesmo, se estiver passando mal, é só me ligar ou me chamar tá? Caso eu estiver trabalhando. E se sinta bem aqui, é a ÚNICA coisa que quero que você sinta tá? Eu preciso comprar roupas para você, me diga o tamanho da sua roupa e sapato para que eu possa comprar..."

E depois daquilo ela consentiu e deve ter passado pela cabeça dela que eu era um anjo, porque depois que eu disse ela mudou comigo só não me contava o que eu deveria saber, pois havia um tempo certo para as palavras saírem...


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