IX

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[Regina fecha a porta do quarto, e suspira ao pular na cama e inicia uma pequena conversa com Adrian.]

[Regina] "Nunca estive tão concentrada para essa parte final... eu espero que corra tudo bem, com a permissão de Deus... Se chegamos aqui é porque tudo foi planejado por Ele, você não acha?"

[Adrian] "Eu não costumo a acreditar em alguma Divindade, mas pode parecer loucura, que tudo vem acontecendo para cooperar de algum jeito para salvar vidas, não religiosamente falando... (enquanto fala, ele vai tirando a camiseta polo e colocando uma branca mais leve) por incrível que pareça, mas você tem um dom, não sei, um desígnio para adoçar e a aliviar as dores das pessoas..."

[Regina] "Ah que isso, é uma forma de ajudar apenas quem se sente ameaçado de alguma forma, podem estar sofrendo bullying na escola, na faculdade... (falando, ela vai tirando sua blusa e sua calça e colocando uma camisola preta de seda) É questão de familiaridade, isso vem acontecendo em muitos lugares, abuso sexual não é apenas em um âmbito familiar, mas em qualquer outro... eu só estou aqui para encaminhá-las para fazer o que é certo, no tempo certo. Agora vamos dormir amor, eu te amo muito, mas eu tenho que fazer umas coisas amanhã de manhã para estarmos à noite... (estalo do beijo dos dois) "


***

DIA SEGUINTE... NOITE SEGUINTE...

[Regina]


Boa noite pessoal, antes de eu dar a minha cartada final eu gostaria de ressaltar uma coisa muito importante que tem sido me perguntada por meninos e meninas, se o abuso é exclusivamente para os que sofrem agressão por parte de marido e mulher ou pai ou mãe, mas eu respondo que não! A minha história está sendo contada, para servir de base, que qualquer relacionamento pode estar sofrendo abusos psicológicos (mentais), físicos e sexuais, em qualquer lugar, com qualquer pessoa, até a que menos você espera... Esse comunicado que tenho prazer de contar para vocês é isso gente. Qualquer coisa, podem ligar para o 911 e denunciar abuso, isso vai ajudar a vocês a serem fortes! Okay? (Faz sinal de okay)

Vamos continuar... Então o dia da minha morte como uma pessoa que se fez de boba, de capacho para admitir uma falcatrua daquela no apartamento, havia terminado, pois eles queriam me ver morta. E neste dia, eu estava incrivelmente falando com Jocelyn, minha melhor amiga, pois meu celular estava rastreado para Álvaro, que controlava até meu respirar. Conversamos e depois desliguei meu telefone, era umas 18:30h quando eu avistei no celular a hora. Meu amor por Álvaro, já se esfriou, pois os beijos as carícias não eram as mesmas, depois de tudo o que havia acontecido. Ele chegou em casa, surpreendentemente, estava em suas mãos um taco de golfe, bonito, tinham detalhes nele, perguntei de quem era, ele me respondeu que era de um amigo dele, pois havia mentido como sempre para mim, dizendo que iria jogar golfes com uns empresários que havia comprado umas drogas dele e ainda disse que iria levar a amante dele, dizendo que eu era mais insossa do que um dedo de sal temperado em uma comida boa. Eu já estava acostumada com aquilo, então me virei para ir para o quarto, quando a campainha tocou, meu sonho de ficar em paz naquele momento, se tornou um filme de terror...

Do quarto eu ouvia o som dos dois falando algo baixo, mas não imaginaria que seria algo tão horrendo assim, eles estavam vindo em direção ao meu quarto, eu tinha certeza porque o som do sapato sendo pisado no chão amadeirado denunciava, quando um susto eu levei com ele abrindo bruscamente a porta, quando de repente eu ouvi a seguinte frase:

[Álvaro] "Pode se despedir hoje do seu último dia de vida de surpresa, você pensa que eu não sei que você tá doidinha para contar para a Interpol, a Polícia Madrilenha de Narcóticos, e o mundo inteiro que eu vendo, rodo a droga e ainda transo com essa gostosa aqui? A única coisa que eu quero hoje, é pecar contra Deus e fazer Ele ver você sangrar de tanto que a gente vai te espancar! Você não vai estragar meu plano..."

Meu corpo gelou na hora, quando ele veio me dizer aquelas palavras e eu jurei, pensei em fração de segundos o resultado de obediência, do quanto eu fiz para que ele não me matasse, mas minha sentença de morte foi aquilo, ouvir aquelas palavras foi pior que as pancadas que ele me deu com aquela mulher... Os dois vieram com uma velocidade tão grande, que eu não havia percebido, então eles começaram a me bater, aquelas tacadas que me davam, me faziam pensar um milhão de vezes no que eu havia feito, toda aquela imagem dele me recebendo, dele fazendo aquela cena, mas só parei para me lembrar de uma coisa: aquele rapaz que havia esbarrado sem nenhuma intenção... Maluquice? Destino? Deus? Só podia ser a terceira opção. Então eu apaguei nesta cena, então não posso falar o que aconteceu, apenas Adrian, quando Álvaro foi preso, um pouco mais para frente, vocês vão saber o que de fato aconteceu com detalhes.

Acredito que quando eu estava apagada, meu pensamento me levava à um êxtase, eu não me sentia onde eu estava digo fisicamente era como se minha alma estivesse fora do corpo, presenciando leveza, não sei se acreditam em Deus, mas eu me senti completamente deste jeito, no Céu, mas em um vácuo de luz... Isso durou uns 40 minutos, quando eu estava completamente atordoada, e não havia noção do que havia acontecido. Agora, esta história vai ser continuada pelo Adrian, meu marido, que vai contar a história dele, de como me encontrou, ele fará uma breve apresentação da vida dele, risos. Recebam-o com palmas! (Aplausos e Regina o beija.)


Bom gente, esta história está interessante para você? Se sim, comente, vote é importante que o interesse seja uma prioridade neste livro! Beijocas e boa leitura do próximo capítulo.

MADRIDOnde histórias criam vida. Descubra agora